A China aprovou a habilitação de 183 novas empresas brasileiras de café para exportação, conforme decisão da Administração Aduaneira Geral anunciada no sábado (2). A medida, válida por cinco anos, foi divulgada pela Embaixada da China no Brasil e compartilhada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. No mesmo dia, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva impondo tarifa de 50% sobre o café brasileiro, que representa um terço do consumo anual americano, estimado em 25 milhões de sacas.
Atualmente, as exportações brasileiras de café para a China somam apenas 538 mil sacas no primeiro semestre de 2025, mas acordos com a rede Luckin Coffee projetam expansão. A Luckin, que já superou a Starbucks na China, firmou com a ApexBrasil a compra de 240 mil toneladas de café até 2029. O consumo per capita no país subiu de 16,7 xícaras/ano em 2023 para 22,22 em 2024, com previsão de alcançar 30 até o fim de 2025, demonstrando o potencial de crescimento frente à média mundial de 150 xícaras.
Além do café, a China habilitou 30 empresas brasileiras para exportação de gergelim e 46 para farinhas de aves e suínos, também com validade de cinco anos. Em meio às tensões comerciais com os EUA, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, reforçou a disposição do país em trabalhar com o Brasil, América Latina e Brics para defender o sistema multilateral de comércio baseado na OMC e proteger a justiça internacional.
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