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sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

CARANDIRU, EM 1992; PROCESSO CONTINUA

BOLSONARO INDULTA PMs DE CARANDIRU

O presidente Jair Bolsonaro, no último indulto deste natal, concedeu perdão a agentes de segurança condenados pelos crimes cometidos no massacre de Carandiru, em São Paulo, no ano de 1992. Promtores asseguram que o indulto pode abranger os policiais militares e a defesa dos PMs já afirmaram que pedirão trancamento das ações, com base no indulto. O caso deu-se, em outubro/1992, quando presos do Pavilhão 9 do Carandiru, em São Paulo, promoveram rebelião; os PMs, comandados pelo coronel Ubiratan Guimarães enfrentou os revoltosos e terminou por assassinar 111 detentos. O processo teve movimentação bastante lenta e a pronúncia dos 116 envolvidos só aconteceu em 2010, mandando o julgamento para o Tribunal do Júri.   

O coronel Ubiratan Magalhães foi condenado, em 2001, pela Justiça de 1º grau na pena de 632 anos. Acontece que em 2002, o coronel foi eleito deputado estadual, ganhando o direito de foro especial, levando o processo para o Órgão Especial do Tribunal de Justiça, onde foi absolvido, sob fundamento de ter agido em estrito cumprimento da ordem e em legítima defesa; pouco tempo depois, em 2006, Ubiratan foi assassinado em sua casa. Com outros réus foi invocada a mesma tese que favoreceu o coronel e muitos também foram isentados do cometimento do crime. O caso continua e, ultimamente, 74 PMs foram condenados pelo Júri a penas que variam de 48 a 624 anos de prisão.  





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