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quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

MINISTRA VOTA PELA INCONSTITUCIONALIADE DO ORÇAMENTO SECRETO

A ministra Rosa Weber, relatora de Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental, propostos por partidos políticos, votou, ontem, 14/12, pela inconstitucionalidade do Orçamento-Geral da União, conhecido por "orçamento secreto". A magistrada entendeu que foram desrespeitados "os princípios da isonomia e da impessoalidade ao ocultar os parlamentares que requereram as despesas". Afirma que também violou a exigência de publicidade dos atos públicos. A ministra concedeu o "prazo de 90 dias para que os órgãos públicos executarem, nos exercícios financeiros de 2020 a 2022, despesas classificadas sob o indicador orçamentário RP9, divulguem dados referentes aos serviços, obras e compras feitas com tais recursos. O julgamento prosseguirá no Plenário da Corte na data de hoje, 15/12.   

Escreveu a ministra: "Não havendo como o Executivo contingenciar despesas oriundas das emendas individuais ou de bancadas estaduais, as emendas de relator tornaram-se o novo locus destinado às negociações reservadas à construção de base de apoio do governo no Congresso". A ministra propôs a seguine tese: "As emendas do relator geral do orçamento destinam-se exclusivamente à correção de erros e omissões nos termos do artigo 166, parágrafo 3º, inciso III, alínea "a" da Constituição Federal, vedada sua utilização indevida para o fim de criação de novas despesas ou de ampliação das programações previstas no projeto de lei orçamentária anual". 

 

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