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segunda-feira, 23 de maio de 2022

RÚSSIA X UCRÂNIA E O MUNDO (CVIII)

DIPLOMATA RUSSO DEMITE-SE

O diplomata russo, o veterano Boris Bondarev demitiu-se da delegação da ONU em Genebra, alegando que nunca teve "tanta vergonha do seu país como no dia da invasão da Ucrânia". O diplomata de 41 anos, no pedido de demissão, critica a "guerra agressiva desencadeada" pelo presidente russo, Vladimir Putin. Escreveu Bondarev: "Em 20 anos de carreira diplomática, vi diferentes reviravoltas na nossa política externa, mas nunca tive tanta vergonha do meu país como em 24 de fevereiro deste ano". A demissão do diplomata é rara se não inédita no corpo diplomático russo, considerando a repressão de Putin contra dissidentes com opiniões contrárias a do Kremilin.  

PRESIDENTES DA UCRÂNIA E RÚSSIA NA TIME

Os presidentes da Ucrânia, Voloymyr Zelensky e da Rússia, Vladimir Putin foram inseridos na lista da revista Time entre as 100 pessoas mais influentes do mundo, neste ano de 2022. O perfil do ucraniano coube ao presidente Joe Biden e do russo ao seu opositor Alexander Navalny, que está preso em uma colônia penal. Biden teceu elogios a Zelensky, considerando "um líder digno de sua bravura e resiliência". Também figuram na lista o comandante Valerii Zaluzhnyi e a jornalista Sevgil Musaieva.    

SOLDADO RUSSO É CONDENADO À PRISÃO PERPÉTUA

O soldado russo Vadim Chichimarin, 21 anos, que confessou ter matado o civil Oleksandr Chelipov, 62 anos, foi condenado ontem por um tribunal da Ucrânia à prisão perpétua, pela prática de crime de guerra. Segundo declarou o soldado, a execução deu-se por ordem de um superior russo, visando a possibilidade de ele revelar a posição das tropas na cidade. O juiz Serhii Agafonov escreveu na sentença: "Dado que o crime cometido é contra a paz, a segurança, a humanidade e a ordem jurídica internacional, o tribunal não vê a possibilidade de impor uma pena mais curta". O advogado do soldado disse que vai recorrer.  

MILITARES DA USINA VÃO SER JULGADOS EM DONETSK

O líder da autoproclamada República Popular de Donetsk, controlada pela Rússia, declarou que "está sendo preparado um tribunal internacional", na região separatista, para julgar os militares ucranianos que se renderam no complexo siderúrgico de Mariupol. A Rússia anunciou o total de 2.439 militares ucranianos que se renderam em Azovstal, última resistência da Ucrânia, na cidade portuária de Mariupol. Todos estão presos em Donetsk, muitos dos quais estão feridos em hospitais. Em Donetsk e em Lugansk vigora a pena de morte e os presos estarão sujeitos a receber essa punição. A Rússia poderá trocar os presos de Azovstal por detentos russos na Ucrânia.   

PRIMEIRA-DAMA UCRANIANA FALA NA OMS   

Olena Zelenska disse na Organização Mundial de Saúde, em reunião com todos os seus membros, que "nenhum ucraniano pode ter  a certeza de que acordará amanhã", enquanto a Rússia denuncia politização do órgão. Ela declarou que a guerra da Rússia "mostrou horrores que não poderíamos imaginar", praticados pelas forças russas na Ucrânia. Disse mais Zelenska: Na Ucrânia, "os médicos não podem ter a certeza de que as suas ambulâncias não serão bombardeadas".


UCRANIANOS RECUPERAM 150 CORPOS

Autoridades ucranianas declararam ter recuperado 150 corpos dos escombros em Kharkiv. A atuação foi de equipes de resgate do serviço estatal de emergências de Kharkiv, na limpeza dos escombros de 98 locais atingidos pelos bombardeamentos russos. Kharkiv é a segunda cidade mais importante do país e os russos, através de Kharkiv, pretendiam acesso às regiões pró-russas no Donbass. No trabalho de recuperação, dois socorristas morreram ao tentar apagar um incêndio, provocado pelos bombardeamentos, além de três especialistas em desminagem e outros sete que ficaram feridos.   

Salvador, 23 de maio de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados. 




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