O presidente francês, Emmanuel Macron, disse hoje que a Rússia vai promover mais ataques a fim de declarar vitória no próximo dia 9 de maio; as forças russas estarão concentradas nas zonas separatistas do Donbass a fim de proclamar a vitória, no dia da capitulação da Alemanha, na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio de 1945. O fato prende-se a que, na Rússia, o 9 de maio é dia nacional com paradas militares e Macron prevê essa artimanha de Vladimir Putin. O presidente francês informou sobre as dificuldades que a França, Grécia e Turquia estão enfrentando para organizar as operações humanitárias, face às posições russas.
SITUAÇÃO DE BORODYANKA É PIOR QUE BUTCHA
O presidente Volodymyr Zelensky declarou hoje que a situação em Borodyanka é "muito pior" do que em Butcha. Disse Zelensky: "Até agora, o Estado russo e o exército russo são a maior ameaça do planeta à liberdade, à segurança humana, ao conceito de direitos humanos. Depois de Bucha, isso tornou-se óbvio". Foram encontrados numa garagem em Gostomel, arredores de Kiev, 11 corpos mortos por tropas russas. Afirmou mais o presidente: "O que irá acontecer quando o mundo souber toda a verdade sobre o que os militares russos fizeram em Mariupol? Ali, em quase todas as ruas, está o que o mundo viu em Bucha e em outras cidades da região de Kiev após a retirada das tropas russas. A mesma crueldade. Os mesmos crimes terríveis." A procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, escreveu no Twitter que Borodianka "é a cidade mais destruída da região de Kiev" e há "evidências de crimes de guerra russos", face ao uso de bombas de fragmentação.
RÚSSIA PUNE AUSTRÁLIA
Depois que Camberra anunciou sanções financeiras e proibições de viagem para 65 russos, o presidente Vladimir Putin inseriu em "lista negra" o total de 228 australianos, incluindo o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros; estarão na "lista negra" de Putin os membros do Comitê de Segurança Nacional Australiano, a Câmara dos Deputados, o Senado e as assembleias legislativas regionais. Anteriormente, Camberra impôs sanções aos líderes e a quase todos os deputados russos.
Por outro lado, o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, declarou que o Ocidente já impôs mais de 6000 sanções contra o país, número sem precedentes, devida à invasão da Ucrânia. Declarou: "A pressão externa sobre o nosso país não abrandou por um único dia, mesmo durante a pandemia. Mas as sanções adicionais impostas este ano são realmente sem precedentes".
ZELENSKY FALA AOS CIPRIOTAS
Na fala do presidente ucraniano, por videoconferência, no Parlamento cipriota, Volodymyr Zelensky disse que "a República de Chipre tem ferramentas de pressão contra a Rússia. Fechem os portos aos navios russos e aos iates privados. Acabem com os "passaportes dourados" para russos".
HOSPITAIS DE LUGANSK DESTRUÍDOS
O governador da região de Lugansk, Sergey Gaidai, declarou que as "forças russas destruíram todas as instituições médicas e hospitais de Lugansk". Afirmou que "desde o início da guerra em grande escala entre a Rússia e a Ucrânia, todas as instituições médicas da nossa região foram bombardeadas".
RÚSSIA CONSIDERA ILEGAL SUA SUSPENSÃO
A Rússia considerou "ilegal" a suspensão do país do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, que contou com 93 votos a favor, mas de dois terços dos votantes. O vice-embaixador da Rússia na ONU, Gennady Kuzmin assegurou que a suspensão 'ilegítima e tem "motivação politica".
A comissária de direitos humanos, no parlamento ucraniano, Liudmyla Denisova, declarou que os russos estão recrutando força civis, prendendo homens que tentavam abandonar a zona sobre controle de Moscou, em Mariupol; afirmou que "segundo os residentes locais, os homens mobilizados serão utilizados como carne para canhão nos combates de rua na cidade para servir de escudo ao exército inimigo". A comissária disse que há clara violação ao art. 51 da Convenção de Genebra, que proíbe o recrutamento forçado em territórios ocupados.
Salvador, 8 de abril de 2022.
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