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sábado, 16 de abril de 2022

RÚSSIA X UCRÂNIA E O MUNDO (LXXV)

MAIS CIVIS MORTOS 

A Polícia da Ucrânia noticiou ontem ter encontrado mais 900 corpos de civis mortos, em cidades e vilarejos, nos arredores de Kiev. A região permaneceu sob domínio das tropas russas até duas semanas atrás e os indícios mostram que os mortos foram "simplesmente executados" por soldados russos. Este número é o dobro do que foi contabilizado, logo que os carniceiros deixaram a região. Zelensky declarou ser difícil avaliar o número de civis mortos, porque ainda têm cidades bloqueadas pelos russos, a exemplo de Kherson e Mariupol. Entre os militares, segundo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, os russos mataram entre 2.500 e 3 mil soldados e cerca de 10 ficaram feridos.  

RÚSSIA VOLTA A ATACAR KIEV

Depois que as forças russas deixaram a região de Kiev, acreditava-se que a capital estaria livre dos estragos da guerra; todavia, não é o que se registra, porquanto o Kremlin atacou uma fábrica de mísseis. Esta reviravolta acontece depois que a Ucrânia destruiu o navio de guerra mais importante da Rússia; evidente que esse ataque russo constituiu retaliação ao naufrágio do Moskva. Vladimir Putin ficou sem seu carro-chefe e a ameaça russa à Ucrânia pelo mar torna-se mais difícil. Em comunicado, o ministro da Defesa russo declarou que "o número e a escala de ataques com mísseis a alvos em Kiev aumentarão em resposta a quaisquer ataques terroristas ou atos de sabotagem em território russo cometidos pelo regime nacionalista de Kiev".

RÚSSIA PRENDE JORNALISTA

A Justiça russa, que faz o que Vladimir Putin manda, determinou a prisão de um jornalista siberiano, ontem, porque escreveu que onze membros da polícia de choque russa recusaram-se a se juntar à campanha militar de Moscou na Ucrânia. O editor-chefe de um site na região siberiana de Khakassia, que se supõe seja o jornalista Mikhail Afanasyev, foi acusado de "divulgar deliberadamente informações falsas" sobre as forças armadas da Rússia. Se condenado, somente por essa imputação, poderá ser punido em 10 anos de cadeia. 

GENERAIS RUSSOS MORTOS

 O número de generais russos mortos na guerra da Ucrânia chama a atenção, porque sem precedentes. Desde o dia 24 de fevereiro, quando iniciaram os ataques russos contra a Ucrânia, ao menos 20 generais foram mortos em combate. Já perderam a vida na guerra o total de 18,5 mil soldados russos, até 5 de abril, bem acima dos 1.300 que Moscou reconhece, até o final de março. A ação dos soldados ucranianos causou a destruição de 670 tanques e 1.858 veículos blindados de combate, além de centenas de foguetes, mísseis, jatos, helicópteros, navios e drones. Segundo a BBC, além dos majores-generais mortos, existem ao menos 10 coronéis, 20 tenentes-coronéis, 31 majores e 155 oficiais subalternos. O jornal The Washington Post informa que os oficiais ucranianos estão atacando generais em tática de guerra indicada pela inteligência do país.  

SELO COM NAVIO NAUFRAGADO

Um selo com um soldado ucraniano mostrando o dedo do meio ao cruzador Moskva, destruído por dois mísseis, foi retratado e passou a ser disputado por colecionadores; em Kiev há filas para adquirir a imagem do soldado e da potente arma russa, usada em várias guerras, naufragado pelas forças ucranianas e que se tornou símbolo da resistência dos valorosos soldados da Ucrânia. O selo homenageia o soldado Roman Grybov, que, no primeiro dia da invasão russa, em serviço na Ilha da Cobra, no Mar Negro, com outros soldados, depois de ordem para renderem, xingou os militares russos, que se aproximavam do local que foi bombardeado. O Moskva tinha 186 metros de comprimento e pesava mais de 12 mil toneladas, era considerado o ícone do poderio militar e foi usado na guerra da Geórgia, em 2008, da Síria, em 2015, e em várias outras operações militares.  

Salvador, 16 de abril de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.  



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