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sexta-feira, 15 de abril de 2022

RÚSSIA X UCRÂNIA E O MUNDO (LXXIV)

TRIBUNAL RUSSO MANOBRADO POR PUTIN

Um Tribunal russo condenou Lyubov Sobol à pena de seis meses de prisão, revogando as restrições à liberdade, anteriormente proclamadas. Sobol é opositora de Putin e admiradora de Alexei Navalny, que se encontra preso, porque opositor ao carniceiro. O governo de Vladimir Putin busca as pessoas que participaram de protestos contra a invasão russa, contra a prisão de Navalny e o Tribunal encarrega-se de aplicar-lhes penas.  

TROCA DE PRESOS

A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Irina Vereschchuk, assegurou, hoje, 14/4, que nova troca de prisioneiros foi combinada com a Rússia; informou que 30 ucranianos serão liberados, dentre os quais cinco oficiais, 17 soldados e oito civis.  

Maior derrota russa
RÚSSIA: ATAQUE OU INCOMPETÊNCIA

O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullifan, declarou ontem que o afundamento do cruzador antimísseis russo "é um grande golpe para a Rússia". Sullifan disse que a perda do navio é contada de formas diversas, sendo "uma história é que foi apenas incompetência, e a outra é que ele foram atacados.  E nem é um resultado particularmente bom para eles". Moscou ainda persiste na informação de que "a explosão foi causada por um incêndio", sem querer admitir que os mísseis ucranianos atingiram o cruzador.

O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelenskye, em manifestação divulgada pelas redes sociais, elogiou a bravura dos soldados de seu país com o naufrágio do cruzador Moskva, principal embarcação russa, e disse que "Ucrânia mostrou que os russos podem navegar para o fundo". Disse mais: "Eles nos deram no máximo cinco dias. (...) Mas não sabiam o quão corajosos os ucranianos são, o quanto valorizamos a liberdade e a possibilidade de viver do jeito que queremos". O Kremlin, inicialmente, negou o afundamento da embarcação, até admitir por outros motivos que não o real, ou seja, a atuação das forças ucranianas. 

NAVALNY PEDE "FRENTE DE INFORMAÇÃO"

Alexei Navalny, opositor do presidente Vladimir Putin e que está preso, convocou Joe Biden, Ursula von der Leyen, Mark Zuckerberg e Sundar Pichai, para "encontrar urgentemente uma solução para esmagar a propaganda de Putin usando o poder publicitário das mídias sociais"; ele assegura que é uma "mentira" do Kremlin, quando afirma que 75% da população apoia a guerra da Ucrânia. O governo russo já bloqueou o acesso ao Facebook, Twitter e Instagram. 

PROCURADORIA-GERAL ENUMERA CRIMES DE GUERRA

Em relatório, a Procuradoria-geral da Ucrânia enumerou 6.673 crimes de guerra praticados pelos russos, além de 3.040 crimes contra a segurança nacional e a morte de 198 crianças e 355 feridas. A Procuradoria explica que a maioria dos crimes envolve violação de leis internacionais. 

POUPAR ENERGIA PARA "IRRITAR PUTIN"

O ministro da Economia e vice-chanceler alemão, Robert Habeck, pediu hoje aos cidadãos do país para pouparem energia e "irritar Putin". A Alemanha já reduziu o gás russo em 40% e busca alternativas para acelerar a conversão das energias renováveis. Habeck informou que a Alemanha depende muito do gás importado, mas continuará procurando meios para evitar o consumo. Disse o vice-chanceler: "Se aquecer o seu apartamento e fechar as cortinas à noite, poupa até 5% de energia. E se baixarmos a temperatura ambiente em um grau, isso é cerca de 6%. Pode ser menos confortável, mas ainda não está frio". 

MOSCOW TIMES BLOQUEADO

O The Moscow Times informou hoje que o endereço IP do seu portal foi bloqueado pelo Roscomnadzor, sustentado em decisão da procuradoria russa de 12 de abril. A entidade é reguladora da comunicação social na Rússia, e depois de publicações sobre a guerra russa, veio o bloqueio do jornal, principal publicação russa em inglês, criada desde a queda da União Soviética. O The Moscow Times diz que não recebeu qualquer comunicação sobre o bloqueio e os mais afetados pela medida são clientes russos, as principais redes como a MTS e a Beeline.  

Salvador, 15 de abril de 2022.

                           Antonio Pessoa Cardoso
                            Pessoa Cardoso Advogados.




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