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domingo, 27 de fevereiro de 2022

A GUERRA DO CARNICEIRO (II)

Na guerra instalada por Vladimir Putin, na Ucrânia, estão sendo usadas armas obsoletas, mas serve-se também de armamento ultra-moderno. Os coquetéis molotov e o ataque cibernético juntam-se contra os poderosos mísseis, pesados tanques e avançados aviões de guerra da Rússia. Enquanto o presidente ucraniano pede molotov, o mundo enfrenta o "carniceiro" russo com iniciativas de toda espécie, no campo financeiro, esportista, e outras alternativas inesperada pelo carniceiro russo. Os mísseis, tanques e aviões, oferecidos pelos Estados Unidos e pelos países europeus, são juntados à ajuda dos hackers que já tiraram do ar site oficial do governo russo, derrubaram ou degradaram dez sites ligados ao governo russo, incluindo o site do Kremlin. Na liderança deste machucho instrumento está o Anonymous.

O sanguinário líder russo, que já prendeu mais de 5 mil pessoas nas ruas de Moscou e de outras 48 cidades russas, em protesto contra a invasão imotivada, serve também de inovadora arma para destruir as vidas dos civis. São foguetes termobáricos, "que usam um grande vácuo, sugando todo o oxigênio a seu redor, explodindo em uma bola de fogo muito mais duradoura e intensa do que bombas convencionais". Chama-se TOS-1, criado entre 1970/80, usado na guerra do Afeganistão que usa explosivos. O carniceiro já começa a usar equipamentos destruidores no assalto à cidade de Kharkiv, que conta com 1.4 milhão de habitantes; foram travadas batalhas entre as forças russas e ucranianas mas a pressão sobre o verdugo é tão animadora e preocupante para a Rússia que já se observa recuo das forças do verdugo, nas ruas da segunda maior cidade do país. A prefeitura disse na rede social: "estamos resistindo ao inimigo".

Na capital, Kiev, a pressão diminuiu ontem, mas as forças russas intensificam com os bombardeios, sem entretanto ofensiva capaz de tomar a cidade, ao menos por enquanto, diante da reação heróica dos ucranianos; todavia, Kiev está cercada por forças russas. Os ucranianos com as milícias e civis receberam mais de 18 mil fuzis e atuam no centro da capital, cabendo aos militares a linha de frente. O presidente ucraniano aceitou diálogo com os russos, mas sem condições antecipadas. O desespero de Putin é mostrado pela ameaça de colocar em "alerta máximo suas forças de dissuasão nuclear", cenário não imaginado.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski aceitou negociar e o cessar fogo dependerá das condições pretendidas pela Rússia, inaceitável eventual rendição. O líder ucraniano não se cansa de agradecer à Europa, Estados Unidos, Canadá e outros países pela ajuda em armamentos, em recursos e medidas restritivas. A Ucrânia sente a fuga da população, já passa de 360 mil, temendo a morte pela perversa força russa, que inseriu como alvo os jardins de infância, os prédios residenciais, as ambulâncias, enfim o povo desarmado do país.

Enquanto isso, a solidariedade do mundo é contagiante: o Google bloqueou o sistema de monetização da imprensa estatal russa. Por outro lado, 14 países fecharam o espaço aéreo para aviões russos, mediante o seguinte comunicado: "Em resposta à guerra na Ucrânia, interrompemos a monetização dos veículos financiados pelo Estado russo em nossas plataformas". O bilionário Elon Musk possibilitou seu grupo SpaceX e ativou o serviço de internet via Satélite na Ucrânia, atendendo a pedido do governo ucraniano. 

O lamentável de todo esse cenário reside nas lideranças brasileiras, pois o presidente Jair Bolsonaro curte os feriados na praia em Guarujá, resistindo a pronunciar claramente contra o carniceiro; do outro lado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se compadece do sofrimento dos ucranianos e diz que a culpa das agressões deve ser atribuída ao governo americano, mesmo argumento usado por Cuba, Venezuela e Nicarágua. 

Guarajuba/Camaçari, 27 de fevereiro de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados. 





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