Enquanto o Brasil caminha para aumentar o número de deputados, a quase totalidade dos países, no mundo, trabalha para manter ou diminuir o número de representantes. Alemanha, Itália e Japão, reduziram a quantidade de parlamentares. Há dois anos, em 2023, a Alemanha promoveu reforma eleitoral e fixou o número de deputados no Bundestag em 630, quando era 736 em 2021. A Itália, em 2020, por referendo constitucional, diminuiu a quantidade de representantes na Câmara de 630 para 400 cadeiras. O Japão seguiu caminho diferente, diminuindo seus representantes entre os anos de 2014 e 2017. Passou de 480 para 475, em 2014, e para 465 em 2017. Na França, discute-se a diminuição de parlamentares de 577 para 404 e, em Portugal, debate-se para reduzir de 230 para 150 deputados. Com 513 deputados, o Brasil já é o sétimo país com maior número de representantes na Câmara e, se aumentar, para 531, certamente, obterá outro posicionamento.
Evidente que cada país enfrente sua realidade política para fixar o número e representantes, tendo como objetivo sempre a eficiência, seguida da boa representação dos eleitores. Isso, entretanto, não acontece no Brasil, porquanto não há eficiência na Casa legislativa e a representação dos eleitores não reclama esse quantitativo de parlamentares, ainda mais quando se sabe do desperdício do dinheiro público na manutenção dos representantes. No Brasil, cada deputado tem R$ 133.170,54, por mês, para custear salários de até 25 secretários parlamentares, contratados pelos próprios deputados. Junta os encargos trabalhistas, como 13º, férias e auxílio-alimentação dos secretários, a encargo da Câmara. Neste ano, o gasto de todos os deputados com verba de gabinete, situa-se em mais de R$ 242 milhões. O auxílio-moradia de cada deputado é de R$ 4.253,00 para aqueles que não ocupam os 447 apartamentos funcionais. Acresce ainda o salário do deputado no valor atual de R$ 46.366,19, além de diárias, quando viaja em missão oficial de R$ 842,00 no Brasil, US$ 391, na América do Sul, e US$ 428,00 em outros países.
Salvador, 14 de maio de 2025.
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