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sábado, 24 de maio de 2025

JUÍZA DERRUBA DECISÃO DE TRUMP

A decisão estapafúrdia de Donald Trump, punindo a Universidade Harvard, instituição de 389 anos, foi suspensa pela juíza federal, em Boston, Allison Burroughs. O presidente proibiu matrícula de estudantes estrangeiros na Universidade, uma das mais prestigiadas e respeitadas em todo o mundo. Na decisão, a magistrada assegurou que a proibição é "violação flagrante" da Constituição americana e de outras leis federais e a medida teve "efeito imediato e devastador", para uma universidade, onde estudam mais de 7 mil portadores de visto. A ação judicial foi proposta por uma instituição, alegando que, "com um golpe de caneta, o governo tentou apagar um quarto do corpo estudantil de Havard, estudantes internacionais que contribuem significativamente para universidade e sua missão". Assegurou que o bloqueio importa em "dano imediato e irreparável causado por essa ação ilegal". Adiante: "É o mais recente ato do governo em clara retaliação ao fato de Harvard exercer seus direitos garantidos pela Primeira Emenda, rejeitando as exigências do governo para controlar a governança, o currículo e a ideologia de seu corpo docente e alunos". A juíza fixou o prazo de duas semanas, tempo no qual haverá audiências para considerar o andamento da demanda.  

Trump, em conversa na Casa Branca, ontem, 23, afirmou que não quer "estudante encrenqueiros que xingam os EUA e são antissemitas" e prometeu novas ações contra a universidade. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, declarou que Harvard "poderia restaurar essa licença entregando, em até 72 horas, uma séria de registros sobre estudantes internacionais, incluindo vídeos ou áudios de suas atividades de protesto nos últimos cinco anos". O presidente governa com ação policialesca e quer controlar a administração da própria da universidade. O argumento de Trump e de seus assessores é de querer que a universidade siga suas orientações, quando se sabe que todos eles não possuem preparo para lidar com essa atividade, bem diferente da política. O reitor da universidade, Alan Gaber, foi preciso quando diz que "a revogação dá continuidade a uma série de ações governamentais para retaliar Harvard por nossa recusa em abrir mão de nossa independência acadêmica e nos submeter à afirmação ilegal de controle do governo federal sobre nosso currículo, nosso corpo docente e nosso corpo discente". Trump, além dessa medida, congelou ou rescindiu contratos e subsídios federais à universidade, no total de US$ 3 bilhões; no Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos cortou US$ 60 milhões em repasses federais destinados à instituição.  



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