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sexta-feira, 8 de abril de 2022

RÚSSIA X UCRÂNIA E O MUNDO (LXV)

O MUNDO ESTÁ CHOCADO

Segundo o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, a investigação sobre as circunstâncias das mortes de civis em Butcha é a "próxima etapa" a ser promovida, face ao cinismo da Rússia com os assassinatos de civis, ao tempo em que diz não serem verdadeiras as afirmações. Griffiths disse que "o mundo já está profundamente chocado". Calcula-se que mais de 4,3 milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia, temendo as tropas enfurecidas do carniceiro russo.

MÍSSEIS MATAM 50 PESSOAS EM ESTAÇÃO DE TREM

Dois mísseis disparados da Rússia, na manhã de hoje, atingiram a estação de trens de Kramatorsk, na região de Nonestk, e mataram ao menos 50 civis, das quais cinco crianças, além de 100 feridos.  A Rússia, como sempre, nega a autoria, mas as imagens não deixam dúvidas sobre a crueldade russa. O governador da região, Pavlo Kyrylenko informou que os disparos aconteceram quando cerca de 4 mil pessoas aguardavam os trens na estação de Kramatorsk. O presidente Zelensky declarou: "Os russos não-humanos não abandonam seus métodos. Sem força e nem coragem de fazer frente a nossas tropas no campo de batalha, eles estão cinicamente destruindo a população civil. Isso é diabólico e não tem limites. E, se não for punida, a Rússia nunca vai parar".

OMS EXIGE ACESSO A MARIUPOL

A Organização Mundial de Saúde exigiu hoje acesso a Mariupol para prestar auxílio humanitário à população ucraniana cercada e bombardeada pelos russos. A entidade condenou os quase 100 ataques desferidos contra instalações de saúde na Ucrânia. O diretor da OMS, Hans Kluge, assegurou que já salvou muitas vidas no país, mas agora a prioridade é Mariupol. O exército russo mantém o cerco, mas as forças ucranianas resistem à invasão há semanas. O presidente Volodymyr Zelensky afirma que os russos estão dificultando o acesso da OMS, porque temem a descoberta dos civis mortos com os ataques. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, declarou: "o que aconteceu em Bucha é apenas uma ponta do iceberg"; adiante: "Não existe um reagrupamento por parte das forças russas, como diz o Kremlin. As forças ucranianas é que têm feito recuar as forças russas. Esta guerra vai ser decidida no campo de batalha. Um elevado número de vilas foram destruídas porque a ajuda chegou tarde". 

ALEMANHA TEM PROVAS DO ASSASSINATO DE CIVIS

A Alemanha dispõe de gravações de conversas entre soldados russos na Ucrânia, comprovando que os disparos contra civis fazem parte da estratégia da invasão. As conversas foram transmitidas via rádio e um soldado conta como ele próprio e outro militar dispararam contra uma pessoa que se deslocava de bicicleta. Já jornalistas ucranianos de investigação conseguiram identificar suspeitos de disparar sobre civis em Butcha; eles pertencem a uma brigada naval do exército russo do Pacífico; afirmam que alguns autores das mortes já admitiram seus atos criminosos.  

PARLAMENTO EUROPEU QUER EMBARGO 

O Parlamento Europeu reclama "embargo total" de bens energéticos da Rússia, no sentido de não importar matérias-primas energéticas da Rússia. Os eurodeputados aprovaram resolução por 513 votos, 22 contra e 19 abstenções para incluir "um embargo total imediato às importações russas de petróleo, carvão, combustível nucelar e gás". O Parlamento votou também pedido para excluir a Rússia do grupo do G20 "e outras organizações internacionais". Os ministros do G7 condenaram "nos termos mais fortes" as atrocidades cometidas pelas tropas russas em Butcha e outras cidades ucranianas. 

KIEV CALCULA BAIXA RUSSA DE 18.900 SOLDADOS

O Estado-Maior da Ucrânia calcula que o exército russo sofreu baixa de 18.900 soldados mortos, feridos ou prisioneiros. O Kremlin perdeu 698 tanques, 1.891 veículos blindados, 198 lançadores de mísseis, 159 aviões, 135 helicópteros e 111 drones, entre outros equipamentos militares. 


ÁUSTRIA EXPULSA DIPLOMATAS RUSSOS

A Áustria expulsou quatro diplomatas russos do país e fixou prazo de até 12 de abril para eles deixarem Viena. O motivo é que as autoridades russas comportaram de maneira incompatível com seu status diplomático.

                 Salvador, 8 de abril de 2022.

                     Antonio Pessoa Cardoso
                   Pessoa Cardoso Advogados.

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