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terça-feira, 29 de julho de 2025

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 29/7/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Ações e investigações no Brasil colocam Eduardo Bolsonaro sob pressão


Deputado licenciado está nos EUA apoiando sanções de Donald Trump contra o Brasil. Enquanto isso, aumentam pedidos de cassação e de prisão contra o parlamentar no Congresso

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Tarifaço nos EUA já reduz preços de alimentos no Brasil. Veja o que pode ficar mais barato

'É necessário privilegiar o pragmatismo na negociação com os EUA', 
diz embaixador Graça Lima

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Bolsonaro condenado pode pegar de 12 a 43 anos, e debate sobre extensão de pena segue aberto

Acusações incluem organização criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático e golpe de Estado

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Mercado financeiro reduz previsão 
da inflação para 5,09%

Estimativa para o PIB é de 2,23% este ano, diz BC

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Eduardo Bolsonaro, sobre senadores nos EUA: “Trabalho para que não encontrem diálogo”

Deputado volta a condicionar negociação com Trump por “gesto” favorável ao seu pai

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT 

Quatro em cada cinco portugueses irá procurar alternativas aos produtos norte-americanos 

A maioria dos portugueses diz que uma escalada tarifária terá impactos no consumo pessoal e admite deixar de comprar produtos dos Estados Unidos. Bens portugueses e europeus serão alternativas.

segunda-feira, 28 de julho de 2025

RADAR JUDICIAL

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PROIBIDO ANESTESIA: TATUAGEM

O Conselho Federal de Medicina proibiu o uso de sedação, anestesia geral e bloqueios anestésicos para tatuagens, salvo quando indicadas para reconstrução corporal por médicos. A decisão, publicada no Diário Oficial da União, foi tomada após casos como o do influenciador Ricardo Godoi, que morreu, supostamente, após tomar anestesia geral para tatuar o corpo. Famosos como Igor Kannário, Rafaella Santos e MC Cabelinho relataram ter usado sedação ou anestesia para tatuagens longas. Especialistas alertam que esse tipo de procedimento envolve riscos graves, como parada respiratória, hipoxemia, broncoaspiração, arritmias e reações alérgicas, especialmente se feito sem a preparação adequada, como jejum.

Segundo os médicos, a anestesia geral exige ambiente hospitalar e ventilação mecânica, enquanto a sedação, embora menos invasiva, também requer cuidados. A anestesia geral induz inconsciência total e perda da respiração espontânea; já a sedação reduz a consciência, mas permite algum grau de interação com o ambiente.

GERENTE AMEAÇA COM CHICOTE

Um auxiliar de supermercado no Rio Grande do Sul receberá R$ 30 mil de indenização por danos morais, depois de ameaçado com um chicote por um gerente e sofrer discriminação no trabalho. Segundo o processo, o gerente bateu o chicote no corrimão e disse: “quero ver não trabalhar agora”. O empregado também era alvo de piadas sobre sua orientação sexual, sendo chamado de “mocinha” e “sniper”. Apesar de denunciar o caso ao gerente-geral e enviar uma foto do chicote, nenhuma providência foi tomada, e ele acabou demitido. A empresa negou discriminação, mas a única testemunha confirmou a denúncia. A juíza Amanda Brazaca Boff, da 1ª Vara do Trabalho em Canoas/RS, aplicou o Protocolo de Julgamento com Perspectiva Racial do CNJ e destacou que a ameaça com chicote remete à escravidão e viola a dignidade humana. A sentença ressaltou o dever do empregador de garantir um ambiente digno e seguro, condenando a omissão e a posterior dispensa como forma de perpetuação da opressão.

FAMILIARES DE TESTEMUNHA DE JEOVÁ NÃO RECEBE INDENIZAÇÃO 

A 2ª Câmara de Direito Público do TJ/SP negou pedido de indenização feito por familiares de uma paciente, testemunha de Jeová, que faleceu após recusar cirurgia que envolvia transfusão de sangue. A mulher tinha diversas comorbidades e, por razões religiosas, a família recusou o procedimento indicado. O IAMSPE iniciou busca por hospital que realizasse a cirurgia conforme os preceitos religiosos em 28/6/2023, e a paciente foi transferida, por decisão da família, para a Santa Casa de Mococa em 20/7. Uma nova transferência chegou a ser oferecida, mas foi cancelada pela Santa Casa. O óbito ocorreu em 28/7. Os familiares alegaram omissão e pediram indenização por danos e reembolso de despesas. A Justiça entendeu que não houve irregularidade no atendimento nem nexo de causalidade entre a conduta do IAMSPE e a morte. O relator, desembargador Marcelo Berthe, ressaltou que o Instituto não se manteve inerte e agiu conforme a situação exigia. O pedido de reembolso também foi negado por falta de base legal. A sentença de improcedência foi mantida.

BRASILEIRO QUER DEIXAR GUERRA

O brasileiro Lucas Felype Vieira Bueno, de 20 anos, viajou à Ucrânia como voluntário para atuar na guerra, esperando trabalhar com drones. No entanto, foi realocado para um batalhão de infantaria em Kharkiv, próximo à linha de frente, e agora tenta voltar ao Brasil. Ele afirma que assinou um contrato com o Ministério da Defesa Ucraniano que o impede de deixar o país antes de seis meses. Lucas relata ter procurado ajuda da Embaixada do Brasil, mas não obteve apoio. Após publicar um desabafo nas redes sociais, outros brasileiros ofereceram ajuda. O contrato tem validade de três anos e permite rompimento apenas em casos específicos, como problemas de saúde. Lucas teme ser forçado a ir ao combate e diz não estar preparado física nem psicologicamente. Ele recebia US$ 400 por mês e havia expectativa de salários maiores. Segundo o Itamaraty, nove brasileiros já morreram no conflito e 17 estão desaparecidos. A guerra entre Rússia e Ucrânia começou em 2022 e continua sem previsão de término. 

RECONHECIMENTO FACIAL

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul absolveu três homens, acusados de assaltar uma joalheria, de onde foram levadas joias avaliadas em R$ 335 mil. O juízo de primeira instância havia condenado os três a penas entre oito e dez anos de prisão. No recurso, os réus alegaram nulidade, no reconhecimento facial, feito sem a presença de advogados e sem seguir o procedimento do artigo 226 do Código de Processo Penal. A defesa sustentou violação ao contraditório e à ampla defesa. O Ministério Público defendeu a validade do reconhecimento. No entanto, o relator, desembargador Ivan Bruxel, acolheu os argumentos da defesa, destacando que a vítima reconheceu um dos acusados com apenas 60% de certeza e que as demais provas não eram contundentes. A decisão de absolvição foi unânime.

EUA DIFICULTAM ACORDO COM BRASIL

Os Estados Unidos firmaram novo acordo comercial com a União Europeia, impondo tarifa de 15% sobre automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos, em substituição à taxa de 30% anunciada anteriormente. Também foi acordada tarifa zero para itens estratégicos como aeronaves, produtos químicos e medicamentos genéricos. O pacto inclui ainda US$ 600 bilhões em investimentos europeus nos EUA. Nenhuma decisão foi tomada quanto às tarifas sobre vinhos e bebidas alcoólicas. Paralelamente, os EUA negociam com a China, em Estocolmo, com prazo até 12 de agosto para evitar tarifas superiores a 100%. O SCMP aponta possível trégua de 90 dias. Já o Brasil enfrenta dificuldades nas tratativas com o governo Trump, apesar do interesse dos EUA em minerais estratégicos, no Brasil. O Planalto deve atualizar as negociações, mas se prepara para tarifa de 50% já na sexta-feira.

Salvador, 28 de julho de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


"O BRASIL É DOS BRASILEIROS"

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A recente ofensiva do presidente Donald Trump contra o Brasil — impondo tarifas de 50% sobre importações de produtos brasileiros e a suspensão de vistos para ministros do STF — repercutiu negativamente na imprensa dos EUA. Segundo o Washington Post, as medidas foram vistas como uma tentativa de interferência política em favor de Jair Bolsonaro, articulada por seu filho Eduardo, que atua como lobista nos EUA, onde permanece de licença do Senado, por seis meses, já vencida. A manobra buscava pressionar Lula a parar com investigações contra Bolsonaro e retaliar Alexandre de Moraes, relator de processos que incomodam a direita radical. Contudo, o tiro saiu pela culatra. A retaliação foi interpretada como presente político para Lula, que respondeu com ironia e firmeza, fortalecendo sua imagem pública. Em entrevista à CNN, o presidente brasileiro ironizou Trump e passou a explorar politicamente o confronto. Ele até adotou um boné com a frase "O Brasil é dos brasileiros", parodiando o slogan de Trump "Make America Great Again".

Nos bastidores, diplomatas norte-americanos demonstraram incômodo, considerando a medida “danosa à imagem dos EUA”. O New York Times apontou que o episódio reacendeu o apoio a Lula, elevando sua aprovação pelos brasileiros em até 5 pontos. Especialistas classificaram o caso como mais um exemplo do chamado anti-Trump bump, em que líderes crescem ao se contrapor ao ex-presidente dos EUA. 


ADVOGADOS COM REMUNERAÇÃO ACIMA DO TETO

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Advogados públicos no Brasil vêm recebendo remunerações que ultrapassam o teto do funcionalismo, atualmente em R$ 46 mil, graças aos chamados honorários de sucumbência. Em 2024, foram destinados R$ 3,73 bilhões para esse tipo de bônus, pagos com dinheiro público, mas geridos por um fundo privado. 
Esses honorários são valores pagos pela parte derrotada no processo judicial e, até 2017, iam para o Tesouro Nacional, sendo usados em políticas públicas. Após mudanças legais, passaram a ser direcionados diretamente a servidores da advocacia pública, o que gerou distorções e críticas. Bruno Carazza, comentarista e colunista do Valor Econômico, explica no podcast O Assunto que essa forma de remuneração compromete a lógica de contenção de gastos no setor público. Segundo ele, a prática contribui para o desequilíbrio fiscal do país, ao permitir que servidores recebam valores acima do permitido constitucionalmente.

Além disso, Carazza aponta a falta de transparência na gestão desses recursos, o que dificulta o controle social e a responsabilização dos excessos. Ele também compara os ganhos dos advogados públicos com os da advocacia privada, revelando discrepâncias injustificáveis. O episódio é apresentado por Natuza Nery e integra o podcast O Assunto, produzido pelo g1, que já ultrapassou 161 milhões de downloads nas plataformas de áudio e 12,4 milhões de visualizações no YouTube. 

SAIU NA FOLHA DE SÃO PAULO

Fantasma de Epstein assombra Trump mais do que nunca


Especulações sobre ligação do presidente americano com magnata que se matou numa cela em 2019 provocam disputa política

A história da política americana registra episódios em que cadáveres insepultos assombraram figuras poderosas, mas usualmente o impacto decresce com o tempo. Com Donald Trump, como é a praxe, as regras não se aplicam.

O presidente dos Estados Unidos está há semanas tentando se livrar de um caso em teoria encerrado em 2019, quando Jeffrey Epstein foi achado enforcado na cela em que aguardava julgamento, em aparente suicídio.

Magnata do setor financeiro, Epstein foi acusado de ser um dos mais influentes traficantes de mulheres, abusador de menores e promotor de festas sexuais nos EUA. Um de seus clientes mais famosos foi o príncipe Andrew, ostracizado na família real britânica após fazer um acordo para não ser julgado.

Com origens nova-iorquinas e personalidades semelhantes, não demorou para Trump e Epstein virarem amigos. Por 15 anos, frequentaram festas e viagens, rompendo em 2004. Depois disso, não há registro de contato entre eles.

Epstein foi preso duas vezes, e Trump nunca foi citado nesses processos. Os fumos tóxicos, porém, permaneceram no ar, muito por culpa do republicano, que passou a acusar políticos do rival Partido Democrata de estarem na notória "lista de Epstein", que traria clientes do falecido.

Disse que a administração de Joe Biden havia acobertado a apuração. Eleito, passou a esquecer o assunto, até que o ex-aliado Elon Musk sugeriu que o presidente estava na lista.

No começo de julho, revisão do Departamento de Justiça sobre o caso descartou a tal listagem, e Trump causou a ira de apoiadores ao dizer que o documento seria uma invenção democrata.

Tentou então ganhar tempo e solicitou à Procuradoria a divulgação dos documentos que julgar críveis, o que ainda não ocorreu. A Justiça negou revelar alguns autos. Os republicanos anteciparam o recesso parlamentar a fim de evitar moção para obrigar a liberação e convocar a ex-namorada de Epstein, condenada a 20 anos de cadeia, para depor.

O presidente deu sinais de incômodo, rompendo com o até então próximo The Wall Street Journal por ter citado a suposta existência de um bilhete de parabéns pelos 50 anos de Epstein, feito em 2003 por Trump, que alude a segredos compartilhados e é adornado com desenho de mulher.

Enquanto isso, tenta mudar o enfoque para supostas manipulações do governo de Barack Obama no relatório que indicou que os russos interferiram no pleito em que Trump foi eleito em 2016. Nada indica que dará certo.

editoriais@grupofolha.com.br 

PROCESSO DO GOLPE EM FASE FINAL

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A Primeira Turma do STF começa a ouvir, nesta segunda feira, 28, os depoimentos de oficiais militares, acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado e no plano de assassinato do ministro Alexandre de Moraes. Trata-se da primeira vez que os réus do núcleo militar pronunciam-se sobre as acusações. Com a realização de mais essa etapa do processo, o final aproxima-se com a decisão final, que deverá acontecer em início de setembro. O grupo investigado é composto por nove militares do Exército e um policial federal, dividido entre os que apoiaram o golpe e os que planejaram o atentado. A PF identificou apenas dois dos seis suspeitos diretamente ligados ao plano: os tenentes-coronéis Rafael de Oliveira e Rodrigo Azevedo. A ação dos militares integrantes da tentativa de golpe, prevista para 15 de dezembro de 2022, foi abortada após o Exército não aderir. Azevedo nega participação e alega estar em Goiânia, enquanto Oliveira será interrogado, mas deve manter silêncio parcial. 

O general da reserva Estevam Theophilo, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército, é apontado como figura-chave por supostamente apoiar o cumprimento de um decreto golpista, segundo delação de Mauro Cid. Os militares acusados de apoio ao golpe de Estado são de alta patente, sendo o principal o general da reserva Estevam Theophilo. O julgamento ocorre em meio a pressões internacionais, fundamentalmente dos Estados Unidos, que buscam blindar o ex-presidente Jair Bolsonaro. A Procuradoria-geral da República assegura que "o cancelamento da operação coincide com o momento da confirmação de que o Comando do Exército não havia aderido ao Golpe de Estado". 



TRÁFICO INTERNACIONAL, ABSOLVIÇÃO

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O juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de Santos (SP), numa segunda sentença, depois de anulada a primeira, absolveu quatro réus do crime de tráfico internacional, condenando-os apenas por associação para o tráfico. A anulação deu-se através de habeas corpus, requerido por uma ré, em setembro/2024; o relator ministro Ribeiro Dantas anulou busca e apreensão feita pela Polícia Federal em endereço diferente do que constava no mandado, expedido pelo juízo. A mulher foi apontada pelo Ministério Público como líder do esquema. Na decisão, determinou desentranhamento das provas obtidas no local da diligência. O magistrado proferiu nova sentença. 

Na primeira sentença, em setembro/2020, os réus foram condenados pelos dois delitos, tráfico e associação, e receberam penas que variaram de nove anos e quatro meses de reclusão a 17 anos e dois meses. Contudo, após recursos, o TRF-3 e o STJ absolveram os quatro do crime de tráfico. Na nova decisão, o juiz fixou penas entre 3 anos e 6 meses e 4 anos e 8 meses apenas por associação. Um quinto acusado, cuja condenação por tráfico foi mantida pelos tribunais, teve nova pena de 12 anos e oito dias pelos dois crimes. 



PAÍSES RECONHECEM O ESTADO PALESTINO

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Homens carregam suprimentos em Gaza
Israel iniciou ontem, 27, uma “pausa humanitária” diária nos combates em Gaza, das 10h às 20h, para permitir a entrada de ajuda, como alimentos e remédios. A trégua ocorre em áreas onde as tropas não operam. Caminhões começaram a cruzar a fronteira do Egito para inspeção em Kerem Shalom. Também foi retomado o lançamento aéreo de ajuda, com aviões da Jordânia e dos Emirados jogando toneladas de alimentos no território. A ONU celebrou a trégua, mas uma porta-voz das Nações Unidas Unicef, Rosalia Bollen, criticou: "A ajuda que as famílias de Gaza precisam é imensa, vai muito além de simples pacotes de alimentos".

Israel nega bloqueio à ajuda e culpa o Hamas pelo desvio dos carregamentos, mas organizações internacionais afirmam que há fortes restrições. Ativistas que tentam entregar suprimentos por mar foram interceptados, e o barco Handala foi confiscado em águas internacionais. A OMS denunciou que a desnutrição atinge níveis alarmantes, com aumento das mortes infantis por fome, classificando o bloqueio como deliberado e evitável.

Enquanto isso, a pauta do reconhecimento do Estado palestino volta à ONU. A França anunciou que fará o reconhecimento formal em setembro, influenciando outros países. A reunião da ONU discute uma solução de dois Estados, reforma da Autoridade Palestina, desarmamento do Hamas e normalização com Israel. Já são 142 países que reconhecem o Estado palestino. 



PESSOAS QUE DORMEM NO AEROPORTO

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A BBC acompanhou migrantes latino-americanos que dormem no Aeroporto Adolfo Suárez, em Madri-Barajas por não conseguirem pagar aluguel, mesmo trabalhando. Entre eles está Miguel, um venezuelano de 28 anos que vive há sete meses no local, dormindo no chão por não ter dinheiro suficiente para moradia. Ele trabalha como entregador informal e sobrevive com cerca de 145 euros por mês. A partir de 24 de julho, a empresa Aena, responsável pela administração dos aeroportos na Espanha, proibiu a permanência noturna no aeroporto, e a Prefeitura de Madri abriu um abrigo temporário com 150 vagas — porém, com critérios que excluem muitos migrantes, como Miguel, por sua condição de asilado político.

A reportagem também mostra a história de María, venezuelana de 68 anos que vive no aeroporto com o filho autista, após gastar todas as economias em medicamentos. Ela agora tenta retornar à Venezuela com ajuda de uma ONG. O aeroporto virou abrigo para até 400 pessoas por noite, especialmente durante o inverno, oferecendo segurança, banheiros e luz. Segundo dados de organizações sociais, 38% dos que dormem ali trabalham, mas não podem arcar com o alto custo de moradia em Madri. As autoridades se acusam mutuamente, e a resposta institucional tem sido insuficiente. As organizações denunciam a politização do tema e pedem mais ação coordenada. Enquanto isso, pessoas como Miguel continuam dormindo no chão frio do aeroporto, tentando manter a dignidade e esperando por dias melhores.

 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 28/7/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Brasil mergulha em crise de inadimplência: 77,8 milhões estão no vermelho

Juros altos, desemprego e uso descontrolado do cartão de crédito agravam crise financeira que atinge famílias em todo o país

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

O GLOBO/ Ipsos-Ipec

Veja a posição do seu time na maior pesquisa já feita sobre as torcidas brasileiras

Em comemoração aos 100 anos, jornal divulga resultado da maior pesquisa com torcedores na história do país

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

STF retoma depoimentos de militares na trama golpista em meio a pressão de Trump

Processo entra na fase final sem que Polícia Federal tenha concluído investigação sobre tentativa de assassinato de Moraes

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

O sistema quer Bolsonaro fora do jogo, 
diz Capitão Alden

O DEPUTADO federal Capitão Alden (PL) reforçou seu apoio 
ao ex-presidente durante entrevista à Tribuna

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Trump fecha acordo com União Europeia e reduz tarifa do bloco para 15%

O acordo foi anunciado após reunião com a presidente da comissão europeia 

Ursula von der Leyen neste domingo

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT  

Numa carta enviada ao Executivo no início do ano, a que o DN teve acesso, a gigante do tabaco pediu um apoio “vital”, mas sem especificar. Tabaqueira e outras empresas do sector têm defendido a regula ...

domingo, 27 de julho de 2025

RADAR JUDICIAL

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VEDADO USO DE CASOS CONCRETO POR ADVOGADOS

O Tribunal de Ética da OAB/SP decidiu que é vedado o uso de casos concretos por advogados em qualquer tipo de publicidade, inclusive redes sociais, mesmo com dados ocultados. A publicidade deve ser apenas informativa, com discrição e sobriedade, conforme o Provimento 205/2021. Em outra decisão, o TED autorizou a realização de podcasts com conteúdo jurídico, desde que obedecidas regras éticas. É proibido, por exemplo, usar casos concretos, induzir à captação de clientes, exibir listas de clientes, ostentar escritórios ou estimular litígios. As normas visam evitar a mercantilização da advocacia e preservar a dignidade da profissão.

FURTO EM CLÍNICA MÉDICA

Na manhã de sábado, (26/7), um homem de 21 anos, foi preso suspeito de furtar uma clínica médica no Guará 2, após arrombar uma janela e levar itens como notebook e carregadores. Ele foi flagrado pulando o muro com uma sacola e contido por dois homens que jogavam futebol nas proximidades. A Polícia Militar foi acionada por volta das 9h30 e encontrou o suspeito, detido por populares. Uma funcionária da clínica alertou os vizinhos, que seguiram o suspeito. A representante da clínica reconheceu os objetos furtados. O suspeito alegou ter achado os itens na rua, mas testemunhas desmentiram. Após atendimento do Corpo de Bombeiros, ele foi levado à delegacia. A prisão em flagrante foi registrada por furto qualificado.

FOME EM GAZA

Israel anunciou no sábado, 26, que permitirá corredores humanitários e lançamentos aéreos de ajuda em Gaza, após forte pressão internacional. A ONU alerta que um terço da população não come há dias e muitas mulheres e crianças precisam de tratamento urgente para desnutrição. O governo israelense nega a acusação de promover fome deliberada, mas retoma o fornecimento de energia para dessalinização. Organizações criticam os lançamentos aéreos por serem insuficientes e caóticos. França, Reino Unido e Alemanha exigem o fim das restrições à ajuda. A ONU denuncia a inação internacional e relata mortes em locais de distribuição. Um ex-contratado dos EUA afirmou ter testemunhado crimes de guerra. As negociações de cessar-fogo estão paralisadas após retirada de equipes dos EUA e Israel. Desde o início da guerra, mais de 59 mil pessoas morreram em Gaza.

TARIFAÇO DE TRUMP

O tarifaço de Trump contra o Brasil é criticado por ser motivado por razões políticas, sem base econômica. Lula destacou a dificuldade de diálogo com os EUA, e mais de 200 entidades repudiaram o ataque à soberania nacional. O STJ também condenou tentativas de interferência no Judiciário. A comunidade internacional, incluindo senadores democratas e a The Economist, manifestou preocupação. O tarifaço pode gerar queda nas exportações brasileiras, afetando carnes, máquinas e aviões. Os EUA também sofreriam impactos econômicos, com queda no PIB e aumento de custos. No Congresso, parlamentares recuaram em emendas a uma entidade suspeita. Eduardo Bolsonaro gerou reações ao atacar líderes do Legislativo. Eventos sobre mineração e infraestrutura ocorrerão nos próximos dias com foco em logística e modernização.

SÓ BRASIL COM TAXA DE 50%

Os EUA e a União Europeia fecharam um acordo comercial que impõe tarifas de 15% sobre a maioria dos produtos europeus, evitando a ameaça de tarifa de 30% por Trump. O pacto prevê que a UE invista US$ 600 bilhões nos EUA e compre centenas de bilhões em equipamentos militares. O acordo foi firmado entre Trump e Ursula von der Leyen na Escócia. Embora aquém da meta europeia de tarifa zero, evita tarifas mais altas. Trump comemora o acerto como “o maior já feito”. O presidente critica o déficit comercial com a UE, que foi de US$ 235 bilhões em 2024. Paralelamente, os EUA firmaram acordos com Japão, Indonésia, Filipinas e Vietnã, reduzindo ou ajustando tarifas mútuas. O Japão abrirá mercado para produtos agrícolas e carros dos EUA. A Indonésia eliminará tarifas sobre 99% dos produtos americanos. O Brasil, atingido por sobretaxa de 50%, ainda não avançou em negociações com Washington. O prazo final para novos acordos é 1º de agosto.

MILITARES MATAM POR SADISMO

O tenente Alan Wallace Moreira e o soldado Danilo Gehrinh, da PM de SP, foram denunciados por matar, por "mero sadismo", o morador de rua Jeferson Souza, já rendido. O crime ocorreu em 13 de junho, sob o viaduto 25 de Março. Câmeras mostraram que a vítima não reagiu, e Gehrinh tentou encobrir as imagens. Os policiais alegaram legítima defesa, dizendo que o homem tentou tomar a arma, o que a investigação desmente. A Justiça comum decretou a prisão da dupla, e o MP apontou execução sumária e risco à ordem pública. O caso soma-se a outras mortes violentas envolvendo PMs em SP.

                                        Salvador, 27 de julho de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



DEPUTADO NIKOLAS PODE TORNAR-SE INELEGÍVEL

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O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), através de decisão do juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral, aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e os deputados estaduais Bruno Engler, a delegada Sheila e a coronel Cláudio Romualdo, candidata a vice-prefeita de Belo Horizonte nas últimas eleições. Ele foram enquadrados na prática do crime de difamar Fuad Noman (PSD), associando-o à pedofilia por meio de trechos de um livro de autoria dele, durante a campanha pela prefeitura de Belo Horizonte em 2024. A campanha de desinformação ocorreu no segundo turno, quando o então prefeito enfrentava tratamento contra um câncer. Vídeos divulgados por Nikolas foram considerados os de maior alcance e engajamento, mesmo após ordem judicial para remoção. 

Os envolvidos como réus poderão tornar-se inelegíveis, pela "campanha sistemática de desinformação contra seu oponente". A denúncia destaca Nikolas como figura central na estratégia difamatória, ao lado de Bruno Engler, Delegada Sheila e a coronel Cláudia Romualdo. As propagandas, constantes de vídeos da campanha de Bruno Engler, onde os réus citam trechos do livro Cobiça, visando atacar a candidatura de Fuad Norman, foram retiradas do ar por ordem da Justiça Eleitoral. Fuad foi reeleito com 53,73% dos votos, mas faleceu em março de 2025, após complicações de saúde. Sua família foi arrolada como testemunha para relatar os danos emocionais causados pelos ataques. Até o momento, os acusados não se manifestaram publicamente, exceto a coronel Cláudia, que nega irregularidades. Nikolas é cotado para disputar o governo de Minas em 2026.