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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

LULA, PRESIDENTE, E DIAS TOFFOLI, ARREPENDIDO

O ministro Dias Toffoli, do STF, depois do afastamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está movimentando para ganhar sua simpatia. Neste sentido, as últimas decisões políticas do ministro, anulando acordos de leniência da antiga Odebrecht e da J&F, suspendendo multas milionárias, tem todos os ingredientes para a reaproximação. O ministro Dias Toffoli defenestra todo o trabalho promovida pela Operação Lava Jato com condenações e prisões, de grande agrado a Lula, que também foi vítima da Operação Lava Jato. Figuras importantes do PT estão merecendo o certificado de honestas, apesar de condenações e acordos celebrados admitindo a prática desenfreada de corrupção. Este é o caso do ex-chefe da Casa Civil do governo, José Dirceu, condenado nas duas operações, Mensalão e Lava Jato, mas em vias de livrar de todas elas e até aventura-se a ensaiar candidatura a deputado federal em 2026. Toffoli, que tentou duas vezes ser juiz em São Paulo, mas em ambas foi reprovado, tornou-se ministro por decisão de Lula, que retirou seu auxiliar para colocá-lo numa cadeira de ministro do STF. 

Toffoli almeja um encontro pessoal com Lula, certamente, para dizer das definições que já tomou como arrependimento da manifestação que impediu o presidente de acompanhar o velório do irmão, Vavá, em janeiro/2019. O ministro já declarou arrependido daquela decisão e desculpa-se, alegando que foi induzido a erro. A determinação de abertura de inquérito contra o senador Sergio Moro é outro trunfo que Toffoli mostra a Lula, como passos para a reaproximação. Há precedentes para Toffoli ficar animado. Lula e Gilmar Mendes aproximaram-se depois que o ministro impediu a posse de Lula na Casa Civil, em 2016, no governo de Dilma Roussef. Lula não cessa de trabalhar para obter maioria na Corte; a nomeação de Cristiano Zanin, seu advogado nos processos da Lava Jato, e de Flávio Dino, seu ex-ministro da Justiça, constituem passos traçados para aproximação cada vez maior. Assim, Dias Toffoli e Lula estarão muito breve sentados na mesma mesa, pois o ministro permanecerá na cadeira até 2042 e Lula acredita que precisará dele em julgamentos. 

 

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