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quinta-feira, 7 de abril de 2022

RÚSSIA X UCRÂNIA E O MUNDO (LXII)

RUSSOS ATACAM HOSPITAIS 

Além da descoberta de civis nas ruas de Butcha, há relatos de ataques das tropas russas contra instalações médicas e, certamente, contribuirão para a caracterização dos crimes de guerra praticados pelos carniceiros russos. Segundo dados da OMS, até ontem, 6/4, foram contabilizadas 91 ofensivas contra o sistema de saúde da Ucrânia, levando à morte a pelo menos 73 pessoas e deixando outras 46 feridas. Dentre essas agressões, destaca-se o bombardeio da maternidade em Mariupol, que vive situação de catástrofe humanitária. A Convenção de Genebra estabelece que hospitais civis "não podem em nenhuma circunstância ser objeto de ataque e devem ser sempre respeitados e protegidos pelas partes em conflito. 

ALIADOS DE PUTIN

Vladimir Putin celebrou a vitória de dois aliados nas eleições realizadas na Hungria, com a reeleição de Viktor Orbán, e de Aleksandar Vucic, reeleito na Sérvia. A Hungria, apesar de ser integrante da Otan, oscila entre apoio a Putin, manifestando contra as punições e condenando a invasão russa. A Sérvia mantém vínculos militares com a Rússia e é dependente do gás russo, opondo às sanções. Putin tem seu principal aliado, a Belarus, chefiada por um autocrata, como Putin, Aleksandr Lukashenko, que foi bastante questionado pelos habitantes do país, mas com apoio da Rússia evitou propagação dos protestos. Putin conta com o amparo da China, Coreia do Norte e Síria. Na América, Putin tem a adesão do ditador Nicolás Maduro, da Venezuela, que já declarou apoio à invasão, de Cuba e da Nicarágua. Há ainda países que se declaram neutros: Brasil, Índia, África do Sul, Arábia Saudita e Emirados Árabes.   

UCRANIANOS RECUPERAM UMA ALDEIA

Os valorosos soldados ucranianos recuperaram há duas semanas uma aldeia, na estrada que liga Mykolaiv a Kherson; trata-se de Shevchenkove que tem sido obstáculo para os carniceiros desembarcarem em Mykolaiv. As casas na aldeia estão vazias, mas os russos continuam com tiros de artilharia destruindo-as. O presidente da Câmara foi "raptado na noite em que as tropas de Putin entraram", no local, no dia 10 de março. A farmácia, as três lojas de comércio, os dois cafés e a loja de bebidas alcoólicas estão fechadas. O perigo reside nos campos, onde os russos colocaram minas. Quem ainda permanece na aldeia sabe que a qualquer momento novos tiros estarão destruindo as casas desabitadas, pois os russos não estão na aldeia, mas atiram de longe e alcançam os alvos. 

UNIÃO EUROPEIA PROÍBE CARVÃO DA RÚSSIA

 A União Europeia aprovou hoje novas sanções contra a Rússia, dentre as quais está a proibição de importação de carvão. Segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o embargo do carvão russo representa 4 bilhões de euros por ano na economia russa. A medida foi tomada após o conhecimento do verdadeiro massacre na cidade de Butcha, na Ucrânia. Na reunião, ficou a promessa de discutir o embargo do petróleo russo na próxima semana.  

UCRANIANA VIOLADA NÃO QUER VIVER

Uma mulher, casada com um ucraniano, foi escolhida para ser estuprada por dois militares russos. Ela mora em Kherson, mas o marido luta contra os separatistas, há dois anos; os filhos foram enviados para local distante, logo no início da guerra. A mulher ficou sozinha para organizar o transporte dos bens da família, mas não encontrou meios para fazer a mudança. A mulher conta que dois militares bateram à sua casa e não deu tempo para pedir ajuda; "empurraram para a cama, apontaram uma metralhadora e tiraram a minha roupa". Em seguida, o que lhe agrediu falou para o outro: "é a sua vez. Depois foi embora". A mulher terminou dizendo: "Estou com nojo. Não tenho mais vontade de viver". A diretora da unidade ucraniana ONG La Strada afirma ter recebido muitos telefonemas de casos de violação de mulheres. Afirmou: "Podem ser centenas, até milhares, de mulheres e meninas violadas".    

Salvador, 7 de abril de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

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