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sexta-feira, 4 de julho de 2025

RADAR JUDICIAL


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ONU: 613 MORTES EM GAZA

A ONU informou hoje, 4, que foram registradas 613 mortes de palestinos que estavam em pontos de ajuda humanitária, administrados pela Fundação Humanitária de Gaza, FHG, apoiada pelos Estados Unidos e por Israel, ou pertos de comboios humanitários, administrados por outros grupos, inclusive a ONU. A utilização de empresas privadas de segurança e logística dos Estados Unidos pela FHG é considerado pela ONU "não seguro" e causadora de "violação das regras de imparcialidade humanitária". Porta-voz do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, assegurou para repórteres em Genebra: "Registramos 613 mortes, tanto em pontos da FHG quanto perto de comboios humanitários - esse é o número até 27 de junho deste então ... houve mais incidentes". A FHG nega que tenha havido mortes em seus locais de distribuição de alimentos, mas a realidade mostra que das 613 pessoas assassinadas, 509 foram perto dos pontos de distribuição da FHG. 

A FHG declarou, anteriormente, à Reuters, agência de notícias, que foram distribuídas mais de 52 milhões de refeições a palestinos, em cinco semanas e informou que outros grupos humanitários tiveram "quase toda a sua ajuda saqueada". Israel suspendeu o bloqueio de ajuda a Gaza, de 11 semanas, em 19 de maio. O porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Eri Kaneko, declarou que "Israel, como potência ocupante, é responsável pela ordem pública e pela segurança em Gaza. Isso deve incluir a entrada de muito mais suprimentos essenciais, através de várias passagens e rotas, para atender às necessidades humanitárias". As Forças Armadas israelenses reconheceram mortes de palestinos em centros de distribuição de ajuda em Gaza.   

ADVOGADO ISENTO DE CUSTAS

O juiz Marco Antônio Preis, da 1ª Vara Cível de Novo Hamburgo/RS, invocou a Lei 15.109/2025, para isentar advogados do pagamento de custas processuais nas execuções e nos cumprimentos de sentença, alterando sua própria decisão anterior. Escreveu o juiz: "Trata-se de norma de natureza processual, dotada de aplicabilidade imediata, devendo incidir nos processos em curso, inclusive na fase de cumprimento provisório de sentença, desde que não tenha havido o recolhimento das custas". Prossegue: "A norma confere tratamento específico para ações e execuções relacionadas a honorários advocatícios, atribuindo ao réu ou executado a responsabilidade pelo pagamento das custas ao final do processo, se tiver dado causa à demanda".   

MINISTRO SUSPENDE DECRETOS DO IOF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, em liminar concedida hoje, 4, suspendeu os decretos referente à cobrança do IOF e as normas editadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como o decreto legislativo aprovado pelo Congresso. O ministro designou audiência de conciliação para o dia 15, às 15h, com todos os envolvidos no caso, a fim de encontrar solução negociada sobre elevação das alíquotas do IOF. Tramitam no STF três ações sobre o mesmo assunto, ou seja, legalidade de decretos presidenciais, responsáveis pelo aumento do imposto.

SUSPENSA DECISÃO DO GOVERNADOR DE SÃO PAULO

As novas regras fixadas pelo governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, visando punir os professores municipais, foram suspensas em liminar da juíza Patrícia Persicano Pires, da 16ª Vara da Fazenda Pública, publicada hoje, 4. Trata-se de ação popular movida pelos deputados estaduais Carlos Giannazi e Luciene Cavalcante. O decreto foi publicado no dia 28, prevendo demissão de educadores com contrato de trabalho temporário com mais que 5% de faltas injustificadas acerca da carga horária mensal. A medida causaria perda do direito de integrar o programa no ano seguinte, para os professores efetivos que atuam no Programa de Ensino Integral. Dos mais de 200 mil professores da rede estadual, o percentual de 52,6% têm contratos temporários. A magistrada determina que a Secretaria de Educação comunique a decisão aos diretores de ensino para que não apliquem as sanções até julgamento final da ação popular.   

JUROS COMPOSTOS

O ministro Moura Ribeiro, do STJ, não aceitou a cobrança de juros anuais em empréstimo da Casa dos Plásticos Votuporanga Eireli EPP junto ao Bradesco. O entendimento é de que "se a capitalização de juros compostos, mesmo que anual, não é estabelecida de comum acordo com o cliente, não pode ser praticada. A empresa obteve empréstimo no banco e foi cobrado taxa de juros anuais, sem previsão contratual, daí a busca do Judiciário para solucionar o problema. O juízo de primeiro grau e o Tribunal de Justiça de São Paulo julgaram improcedente a pretensão da empresa, mas em recurso especial foi dado provimento ao recurso, afastando os juros, mas rejeitando o pedido de indenização por danos morais. Escreveu o relator: "De fato, esta 2ª Seção, dando nova interpretação ao artigo 591 do Código Civil, consolidou o entendimento de que mesmo a capitalização anual deve ser pactuada de modo expresso para ser admitida".   

Santana/Ba, 4 de junho e 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados

SAIU NA FOLHA DE SÃO PAULO

Juíza negra da Suprema Corte dos EUA marca posição contra atropelo das balizas constitucionais

Ketanji Brown Jackson, 54, firma-se como voz dissonante na América trumpista e alerta para tempos desastrosos

"Disaster looms". Foi assim que a juíza negra Ketanji Brown Jackson, 54, formada e esculpida em Harvard e atualmente a mais nova integrante da Suprema Corte americana, anunciou: "O desastre se aproxima". Ela falou após a vitória de Donald Trump entre seus pares, em decisão que blinda decretos do chefe de governo. Quase no mesmo momento, o presidente da corte, o juiz John Roberts, de perfil moderado, informou a jornalistas: "Nada me prenderá a Washington neste verão". Sintomático.

As duas declarações vêm na sequência do veredicto, considerado um abalo sísmico no mundo jurídico dos Estados Unidos, bem no momento em que o tribunal entra em recesso. Vale lembrar: a decisão de 27 de junho, impedindo juízes de instâncias inferiores de bloquear, via liminares, decretos do Executivo, foi um sonho realizado de Trump, empacotado em julgamento robusto: seis juízes conservadores votaram na tese vencedora, e três juízes progressistas, todas mulheres —Elena Kagan, Sonia Sotomayor e Ketanji Brown Jackson—, abriram votos divergentes.

Uma mulher com cabelos longos e trançados, usando óculos e uma blusa preta, está sentada em uma cadeira vermelha. Ela está gesticulando com a mão direita na direção da cabeça, como se estivesse enfatizando um ponto. Ao fundo, há uma bandeira dos Estados Unidos visível, com listras vermelhas e brancas e um campo azul com estrelas brancas.
A juíza da Suprema Corte Ketanji Brown Jackson, na Biblioteca do Congresso americano, em Washington -  Jacquelyn Martin/13.fev.25/via Reuters

Roberts saiu estrategicamente de cena, certo de que o assunto pode render. Antes, em rara entrevista, confessou preocupação com a violência contra juízes pelo país afora. Chegou a pedir moderação de fala aos agentes políticos. Deve se lembrar do assassinato, em 2020, do filho da juíza federal Esther Salas, de Nova Jersey, na porta da casa da família, por um tresloucado que se dizia antifeminista.

Tempos depois, relatório do U.S. Marshals Service, agência encarregada da segurança do Judiciário, confirmou o crescimento das ameaças. Só em 2023, quando a corte lidou com o direito ao aborto, foram mais de 400 casos.

Isso remete à manifestação de Jackson sobre o desastre que se aproxima. Indo além do profético ou enigmático, a juíza marca posição contra o atropelo das balizas constitucionais. Algo que afeta não só o direito à cidadania, como vários outros direitos, para dar passagem a ordens mirabolantes, entre elas, deportar em massa, rever a autonomia das universidades ou subjugar a advocacia. Ordens mirabolantes e, não raro, ilegais.

A juíza caçula da corte parece não querer se calar. Indicada em 2022 por Joe Biden, Jackson vem colecionando votos divergentes –observadores notam que têm sido mais longos e contundentes do que os da colega Sotomayor, conhecida pela farta argumentação.

Foi assim ao se manifestar sobre a Lei dos Inimigos Estrangeiros, com o qual tentou-se justificar o envio de venezuelanos para prisões em El Salvador. Neste caso, Jackson interpelou os pares, indagando se a corte não iria aprender com erros do passado. Em outros julgamentos, insiste que contextos não podem jamais ser esquecidos. E, fora do tribunal, seja em palestras, conferências ou reuniões de igreja, denuncia a intimidação da magistratura.

 

AUTORIDADES DISCUTEM NOSSOS PROBLEMAS EM LISBOA!

É interessante, ao mesmo tempo que incompreensível, esse fórum montado pelo ministro Gilmar Mendes e seu filho, Francisco Mendes, em Lisboa. Todo ano, o ministro com prestígio do cargo, consegue arregimentar ministros do STF e do governo, desembargadores, juristas, acadêmicos, autoridades públicas, mas principalmente grandes empresários para debater temas que só interessam aos brasileiros. O questionamento é sobre harmonia acerca de assuntos jurídicos do Brasil, bem longe de Brasília, para serem discutidos em Lisboa. Nesse Fórum iniciado na quarta-feira, insere-se entre temas para discussão o Marco Civil da Internet, ou sobre o IOF, matérias decididas ou legisladas pelos Poderes do Brasil, mas com busca de solução na Europa. Esse encontro, deveria ser realizado no Brasil, mas não se sabe a pertinência do ministro para acontecer pelo 13º ano, com a denominação de Fórum Jurídico de Lisboa, bem longe dos brasileiros. O tema deste ano é "O mundo em transformação - Direito, Democracia e Sustentabilidade na Era Inteligente". São três dias com inscrição de 2.500 pessoas, e 400 palestrantes na busca de novos rumos para o Direito, diante da evolução dos tempos atuais.     

Não compreendo o motivo de convocar tantos especialistas para deixar o país e encontrar caminho para o Marco Civil da Internet, tratado não por lei de Portugal ou da Europa, mas por lei brasileira, 12.965/2014. No encontro, o ministro Gilmar Mendes, do STF, não da Suprema Corte de Portugal, tratou do processo judicial, relacionado com o Marco Civil da Internet, na qual por 8 votos contra 3, o STF considerou inconstitucional o artigo 19 da referida lei. Ora, ora, por que levar a nata dos juristas, os maiores empresários para discutir decisão da qual participou Mendes e os ministros do STF, para Lisboa? O ministro Flávio Dino, relator das ações sobre a constitucionalidade das emendas impositivas, falou sobre a tendência de "crises de governabilidade permanentes", não de Portugal ou da Europa, mas referentes ao Brasil. Dino declarou que "está muito difícil para várias posições políticas" e para a sociedade em geral "achar uma forma em que nós não vivamos crises de governabilidade permanentes como parece ser uma tendência". Enfim, é incompreensível, a não ser que haja motivação pessoal do ministro Gilmar Mendes ou de seu filho, para deixar o país e ir discutir temas que afligem os brasileiros na Europa.   

Onde já se viu fato semelhante em outro qualquer país, em todo o mundo, consistente em deixar seu território para discutir questões nacionais em outra nação? Algum ministro ou mesmo alguma autoridade pública já deixou os Estados Unidos para debater temas dos americanos em outro país? A Argentina já saiu com seus juristas, ministros, empresários para discutir seus assuntos no Brasil ou em outro país da Europa? Não se registra fato semelhante, plantado pelo ministro brasileiro, que deveria levar os debates sobre decisões da Justiça brasileira para ser enfrentado entre os brasileiros e, no Brasil, facilitando, inclusive o acesso de todos, não somente de empresários e ministros. Nem se tratou aqui do financiamento do evento, envolvendo ministros da mais alta Corte do Brasil. Não se encontra motivação para repetir, por 13 anos seguidos, um simpósio desta natureza, na Europa, principalmente, com participação efetiva de ministros. O partido português Chega, através do líder, André Ventura, escreveu em suas redes sociais: "Depois de milhares de denúncias recebidas, o Chega irá fazer uma investigação própria sobre influência, património e rede de interesses do ministro do STF Gilmar Mendes em Portugal". 

Santana/Ba, 4 de julho e 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.   



APENAS 52% DAS COMARCAS TÊM DEFENSORIA

A defensora pública Fernanda Fernandes, presidente da Associação Nacional de Defensores e Defensoras Públicos, Anadep, declarou que "apenas 52% das comarcas do país têm atendimento da Defensoria Pública. É um cenário que nos traz preocupação". A manifestação da defensora deu-se em entrevista ao CB.Poder especial. Fernanda explicou que a entidade "representa defensoras e defensores públicos de todos os estados brasileiros e atua não apenas na defesa de interesses corporativos, mas também na promoção do acesso à Justiça. Temos uma missão constitucional e humanitária de levar o acesso à Justiça, esse que é um direito previsto na Constituição e na Declaração Universal de Direitos Humanos".     

Indagada sobre a estrutura da Defensoria no país informou: "É um cenário que nos traz preocupação e uma emergência de política que possam mudar essa realidade. Estamos em um país que vem de um contexto histórico de violência, e isso traz para a gente uma emergência de resultados, como o direito de acesso à escola, à alimentação e ao saneamento". A Anadep direciona sua luta neste ano para a desigualdade ambiental, com a campanha Justiça Climática. Diz Fernanda: "O nosso olhar com essa campanha é trazer a centralidade do ser humano, aquele que já é mais vulnerável". 



COREIA DO NORTE ROUBA INFORMAÇÕES

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Promotores federais dos Estados Unidos asseguram que o governo da Coreia do Norte criou empresas com trabalhadores, possuindo identidades falsas e roubadas, no setor de tecnologia, visando receita para seu país. A Coreia serviu-se da demanda por funcionários qualificados em tecnologia para evitar sanções da ONU e dos Estados Unidos, aplicadas pelo programa de armas nucleares. Os promotores, em duas acusações, nos tribunais federais de Massachusetts e Geórgia, asseguraram que o acesso presta-se para "roubar dinheiro e informações". A promotora federal em Massachusetts escreveu: "Milhares de ciberoperadors norte-coreanos foram treinados e implantados pelo regime para se misturar à força de trabalho digital global". Autoridades federais dos Estados Unidos em ações de 16 estados tomaram medidas, através de investigadores, que apreenderam contas financeiras e sites fraudulentos, para acabar com o esquema. 

O Departamento de Justiça e o FBI promoveram regras para identificar pessoas nos Estados Unidos que ajudam os norte-coreanos em complôs, apesar de eles não saberem da artimanha. Promotores federais informaram que cidadãos dos Estados Unidos, da China e de Taiwan foram acusado de formarem complôs, comprometendo a identidade de 80 norte-americanos. Os documentos falsificados serviram para os norte-coreanos obter empregos remotos de tecnologia, em mais de 100 empresas em vários estados, entre os anos de 2021 e 2024. Os promotores informaram que o esquema conseguiu US$ 5 milhões para a Coreia do Norte, ao custo de US$ 3 milhões das empresas Americans em danos e despesas.   



MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 4/7/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Nas Entrelinhas: Economia vai bem, mas disputa eleitoral precoce atrapalha

Quem olha para o cenário político tem razões para ser pessimista, porque o impasse entre o Palácio do Planalto e o Congresso transbordou para a virulência nas redes sociais

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Inteligência artificial barateia, expande e muda guerra política no campo das redes sociais

Especialistas apontam que baixo custo da criação de imagens e velocidade 

com que são feitas e disseminadas preocupam

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Amorim defende relação mínima com Israel e diz que Brasil não deve aceitar novo embaixador

Ex-ministro e assessor de Lula faz balanço do Brics e diz que grupo se adapta a mudanças que ocorrem no mundo

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

MTST invade prédio do Itaú na Faria Lima 
para pedir taxação de alta renda

O grupo invadiu o saguão do prédio com cartazes e gritos de ordem 

pedindo taxação de alta renda e defendendo a reforma tributária

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Ministério Público arquiva inquérito que 
investigava falhas na contenção das cheias 
em Porto Alegre

Conforme a Prefeitura, MPRS entendeu que enchente decorreu do evento climático 

sem precedentes e não de omissão

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT 

Cerca de mil voos cancelados em França no segundo dia de greve de controladores aéreos

A situação vai ficar ainda mais tensa nos aeroportos de Paris, uma vez que a Autoridade Francesa de Aviação Civil pediu às companhias aéreas 
para reduzirem os seus horários de voos em 40%.

quinta-feira, 3 de julho de 2025

RADAR JUDICIAL

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SOLDADO BRASILEIRO NA UCRÂNIA TEM PERNA AMPUTADA

Rafael Paixão, 26 anos, voluntário de Imperatriz, no Maranhão, na guerra entre Ucrânia e Rússia, teve parte da perna esquerda amputada depois de pisar em uma mina-borboleta, durante missão; ele arrastou por nove quilômetros até conseguir socorro. Rafael teve contato com a família ontem, 2, em ligação do hospital, onde está internado; a saúde dele é estável, mas enfrentou cirurgia e perdeu a perna do joelho para baixo. A mãe de Rafael declarou que "foi um milagre de Deus. Ele contou um pouco do que aconteceu. Ele andou nove quilômetros, arrastado por um outro militar, que "tava" dando suporte para ele, ele "tava" muito machucado, mas graças a Deus, para honra e glória de Jesus, ele conseguiu". Rafael fazia o curso de Direito, em faculdade em Imperatriz, mas em agosto/2024 deixou os estudos. Ele integrava o 3º Batalhão de Brigada de Assalto.       

CANDIDATOS A DESEMBARGADOR

O Quinto Constitucional da Advocacia, no Tribunal Regional do Trabalho, conta com 14 advogados disputando uma vaga. A Comissão Temporária do Quinto Constitucional, criada pela OAB/Ba, analisará a regularidade das candidaturas; na sequência será publicado o edital no Diário Eletrônico com os nomes dos candidatos e inscrições deferidas; é momento para eventuais impugnações após o que o Conselho Seccional da OAB/BA, em sessão pública, julga recursos, ouve arguições dos candidatos e, enfim, apresenta a lista tríplice para votação pelos advogados inscritos na OAB. 

LULA PODERÁ VETAR AUMENTO DO NÚMERO DE DEPUTADOS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidirá até o próximo dia 16 sobre a sanção ou veto ao projeto de lei que aumento o número de deputados federais, já aprovado pelo Congresso. Outra opção será a de não se manifestar, criando condições para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre promulgar o texto. O veto é recomendado, face à impopularidade da medida, rejeitada pela população no percentual de 76%, segundo pesquisa do Datafolha. Pelo projeto, o número de deputados sobe de 513 para 531, com aumento de despesas de R$ 65 milhões por ano. Depois de tornar lei, os estados do Pará e Santa Catarina terão cada um mais quatro deputados; Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande Norte mais dois para cada um e Goiás, Ceará, Paraná e Minas Gerais contarão, cada um, com um deputado federal a mais.  

CAI DECISÃO DO TJBA

O presidente do STF, ministro Roberto Barroso, revogou decisão do Tribunal de Justiça da Bahia, suspendendo convocação de candidatos aprovados em cadastro de reserva em concurso da Companhia de Gás da Bahia, BAHIAGÁS, sustentando no argumento de que evitará prejuízos à ordem e à economia públicas. O questionamento no STF foi provocado pelo governo da Bahia e a Brasilgás, porque a empresa contratou terceirizados em vagas dos candidatos aprovados. O ministro explica que o Tribunal violou decisão do STF, fixado no Tema 784, onde se estabeleceu que candidatos aprovados só poderão ser nomeados se houver vagas. Com a decisão, Barroso insurgiu contra manifestação do Tribunal, que entendeu contratação de terceirizados como preterição dos candidatos.  

TRUMP CONSEGUE APROVAÇÃO DO MEGAPACOTE

A Câmara dos Representantes aprovou hoje, 3, o megapacote tributário e orçamentário, do governo Donald Trump que deverá sancionar amanhã, quando se comemora o Dia da Independência dos Estados Unidos. No Senado passou pelo voto de Minerva do vice-presidente, mas na Câmara a proposição obteve 218 contra 214; dois deputados do Republicano votaram contra, mas o rolo compressor do presidente, recebendo deputados na Casa Branca foi suficiente para conseguir aprovação. O projeto amplia gastos em algumas áreas, mas reduz recursos para os programas sociais. Os principais pontos do projeto: aumento de recursos para controle da imigração; ampliação dos gastos com Forças Armadas; cortes em programas sociais, principalmente em saúde e alimentação; criação de novas isenções fiscais para gorjetas e horas extras; revogação de incentivos à energia limpa promovidos pelo governo Biden. Segundo cálculos do Escritório de Orçamento do Congresso, o pacote orçamentário aumentará em US$ 3,3 trilhões à dívida pública do país. 

Santana/Ba, 3 de julho de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados 



COPA DO MUNDO DE CLUBES


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Na Copa do Mundo de Clubes, restam como representantes do Brasil o Fluminense e Palmeiras; cinco clubes europeus e um asiático completa o quadro dos finalistas. Com essa representatividade européia, é certo que um dos cinco estará na final. Os dois clubes brasileiros não se enfrentarão nas quartas de final. Na sexta-feira, 4, às 16.00 horas, o Fluminense entrará em campo contra o Al-Hilal, da Arábia Saudita; o Palmeiras defenderá sua participação conta o Chelsea, da Inglaterra, às 22.00 horas, do mesmo dia 4. 

A outra chave envolve o Paris Saint-Germain Football Club, da França contra o Bayer de Munique, da Alemanha, entrarão em campo, no sábado, 5, às 13.00 horas. No mesmo dia, às 17.00 horas, o Real Madrid, da Espanha, enfrentará o Borussia Dortmund, da Alemanha. Daí sairá o último classificado para a semifinal. Nessa chave, todos os clubes são europeus, daí porque, um time europeu disputará com um dos finalistas da chave que envolve dois times brasileiros.     

 


GOVERNO DESCUMPRE ORDEM JUDICIAL

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A juíza Loretta Preska, dos Estados Unidos, em decisão publicada na segunda-feira, 30, determinou que a Argentina entregue ações da IPF ao fundo especulativo Bainbridge, a fim de cumprir sentença, acerca de dívida vencida e não paga no prazo combinado; o valor atual é de US$ 95 milhões, acrescido de juros. Em outra decisão foi mandado que a Argentina transfira 51% das ações da estatal petroleira IPF, visando quitação de dívida de US$ 16,1 bilhões, a favor de Petersen Energia e Eton Park Capital, duas empresas prejudicadas pela nacionalização da companhia em 2012. Foi fixado o prazo de 14 dias para transferência das ações para uma conta de custódia no Bank of New York Mellon; se não cumprir, a Justiça determinará a titularidade dos títulos para as duas empresas. O caso tramita na Justiça americana, porque as ações da YPF são negociadas em bolsas dos Estados Unidos.    

O presidente Javier Milei publicou no X: "Vamos apelar dessa decisão em todas as instâncias cabíveis, para defender os interesses nacionais"; Milei assegura que a responsabilidade pela sentença é de Axel Kicillonf, ministro da Economia no segundo governo de Cristina Kirchner, 2011/2015 e atual governador da província de Buenos Aires. A IPF, fundada em 1922 pelo estado argentino, foi privatizada na década de 1990; em 2012, o governo expropriou 51% das ações da petrolífera, parcialmente controlada pela espanhola Repsol. Em 2014, a Repsol foi indenizada em US$ 5 bilhões para encerrar disputa judicial, mas o acordo não atingiu os acionistas minoritários Petersen Energia e Eton Park Capital, possuidores de 25,4% do capital da YPF. Na sequência, essas empresas ingressaram com ação judicial, alegando que a Argentina não fez oferta pública das ações; em setembro/2023, a juíza Loretta Preska condenou a Argentina a pagar US$ 14,4 bilhões à Petersen e US$ 1.7 bilhões para Eton Park. Dois recursos foram apresentados pela Argentina, e, no ano passado, descumpriu ordem judicial, no sentido de fazer depósito de garantia. O descumprimento da ordem judicial importou na determinação para transferência das ações.   



JUIZ BLOQUEIA DECISÃO DE TRUMP

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O juiz Randolph Moss, em decisão de 128 páginas, de ontem, 2, bloqueou proibição de solicitar asilo pelos migrantes, ou outras proteções humanitárias, datada de 20 de janeiro, do presidente Donald Trump na fronteira entre os Estados Unidos e o México; o magistrado assegurou que o presidente "excedeu sua autoridade ao emitir uma proclamação declarando a imigração ilegal uma emergência e suspendendo os processos legais existentes". A ação foi proposta, em fevereiro, pela União Americana pelas Liberdades Civis, questionando a proibição de asilo de Donald Trump, porque violadora das leis dos Estados Unidos e os tratados internacionais. O juiz assegura que nem a lei federal de imigração nem a Constituição dos Estados Unidos conferem ao presidente autoridade para desconsiderar as leis e regulamentos existentes que regem o processo de asilo. O magistrado suspendeu a data de vigência da decisão por 14 dias, permitindo recurso do governo.  

Prossegue o magistrado na decisão: "Nada na (Lei de Imigração e Nacionalidade) ou na Constituição concede ao presidente ou a seus delegados a autoridade abrangente afirmada na Proclamação e nas orientações de implementação. Um apelo à necessidade não pode preencher essa lacuna". O advogado Lee Gelernt, patrocinador da causa, declarou que "o presidente não pode simplesmente ignorar as leis aprovadas pelo Congresso alegando que os requerentes de asilo são invasores".