Israel parece querer um conflito mundial. Depois de destroçar a Palestina, matando mais de 40 mil pessoas, sem motivação alguma, bombardear o Líbano, parte agora para atacar o Irã, sem que o país apresentasse qualquer tentativa de agressão contra os israelenses. O tom bombástico e de enfrentamento do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é explicado pelo temor de chegar a paz e ele, Natanyahu, perder o poder. A tentativa de afastá-lo do comando do país, em votação no início da semana, deu-se, fundamentalmente, porque está conduzindo a guerra sem muitas baixas entre os israelenses. A possibilidade de alastrar para uma guerra de cunho mundial sustenta-se no apoio incondicional de Trump às peripécias de Netanyahu. Aliás, Donald Trump, logo ao assumir o governo dos Estados Unidos, tomou medidas absolutamente ilegais, no âmbito interno, a exemplo dos Decretos de intervenção em todos os setores comerciais do país e do mundo e da anistia aos bandidos condenados pela Justiça americana, pela invasão do Capitólio no 6 de janeiro/2021, beneficiando mais de 1.500 pessoas, das quais 915 declararam culpadas pela invasão.
A anistia de Trump é demonstração maior do desequilíbrio, pois como perdoar ao líder do Proud Boys, organização neofascista, liderada por Enrique Tarrio? Stewart Rhodes, líder da milícia Oath Keepers cumpria pena de 22 anos, mas está na rua, certamente, para cometer novos crimes e por decisão de Trump. Ele é classificado como terrorista, mas foi perdoado. E o pior, o inconcebível é que Trump, em discurso, tem o desplante de assegurar que eles, esses criminosos, "não fizeram nada de errado". É aterrorizante essa manifestação sem ninguém para levantar a voz e insurgir contra o líder americano que, inclusive, tornou-se o primeiro presidente a ser condenado pela prática de crime, além de outros que serão apurados, logo que deixar o cargo. E mais: Donald Trump tem a audácia de liberar e telefonar para o criminoso, noticiando que ele está perdoado, como ocorreu com Trevor Milton, condenado por fraude a quatro anos de prisão. Mas que dizer do decreto de Trump impondo tarifas a territórios desabitados? Foi o que aconteceu com as ilhas desertas de Heard e McDonald, no sul do Oceano Índico, atingidos por tarifa de 10%.
Mas, voltemos para Israel e Irã. Israel desferiu ataque contra o Irã sob fundamento de que o país não pode ter programa nuclear. No bombardeio atingiu instalações nucleares e matou militares, o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami e o alto comandante Gholam Ali Rashid, além de seis cientistas iranianos. Israel há muito tempo posiciona-se contra o avanço do programa nuclear de Teerã, mas esconde que seu país possui armas nucleares. O mais intrigante é que Donald Trump escreveu na sua plataforma Truth Social: "Já houve muita morte e destruição, mas ainda há tempo para fazer com que esse massacre, com os próximos ataques já planejados sendo ainda mais brutais". Ou seja, Donald Trump prega abertamente a guerra e promove seu parceiro, Israel, como apto para os ataques despropositados. Ainda arvora-se em promotor da paz, quando procurou o presidente russo, para ambos promoverem entendimento para a paz. É inconcebível a "cara de pau" do presidente americano! Parceiro umbilical de Israel, arvora-se em promotor da paz!
Santana/Ba, 15 de junho de 2025.
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