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quarta-feira, 7 de outubro de 2020

AS REDES E OS DANOS!

As redes sociais trouxeram facilidades significativas na rotina de comunicação entre os povos de todo o mundo; aproximaram, virtualmente, os amigos e familiares, retiraram obstáculos em várias atividades que reclamavam protocolos inexistentes nos novos contatos. Tudo isso e muito mais aconteceu depois da inteligente criação do Facebook, do WhatsApp, do Instagran, do Twitter, do Tik Tok e tantos outros aplicativos. Ademais, diminuiu a burocratização em todos os segmentos da atividade humana, até mesmo no Judiciário. E as redes encontraram, no Brasil, campo fértil para progredir, provocando verdadeira revolução no meio jovem; antes mesmo de completar os 7 anos, a criança já conhece e participa do setor digital; os pais, no mínimo, fecham os olhos, porque é o meio que encontram para seus filhos permanecerem em casa, ou envolvidos com alguma atividade, causando uma série de consequências danosas. Segundo levantamento da consultoria britânica GlobalWebIndex, entre 46 países, os brasileiros, em média, navegam por três horas e 38 minutos, atrás apenas das Filipinas e da Nigéria.

Segundo o documentário "O Dilema das Redes", o preço para essa "farra", é muito grande, e não percebemos; os danos iniciam-se pelas fake news e passam por outras agressões à inocência dos menores ou à boa-fé dos maiores. Inicialmente, os profissionais especializados nessa tecnologia asseguram que o Facebook, Instagram, Twitter, You Tube e Tik Tok não se preocupam com o bem-estar das pessoas, mas visam eminentemente obter lucro, daí o esforço das redes em incutir no consumidor a permanência de maior tempo nesses aplicativos, em nítido empenho para torná-los viciados. Os lucros dos empresários situam-se na venda ilegal aos seus anunciantes do "produto", que é o usuário, conseguindo "mudar o que você faz, o que você pensa, quem você é". Eles rastreiam, através de eficientes algoritmos a vida do usuário, seus gostos e opiniões pessoais, antecipando seus desejos nas redes sociais. Um dos técnicos afirma que a inteligência artificial já domina o homem, através das redes sociais. 

As empresas conseguem prender o usuário, influenciar e direcionar todos os seus sentimentos para aquilo que eles programam, sempre objetivando lucro na ação; e a inocência do "navegador" não percebe para onde ele está sendo levado, porque o meio usado é imperceptível e a ação é silenciosa, mas que produz  resultados. O documentário "O Dilema das Redes" mostra tudo isso e muito mais, "elenca os efeitos deletérios dessa dependência sobre a vida pessoal". As fake news transformam o mundo íntimo das pessoas para atacar a moral e a individualidade do outro. Nos Estados Unidos, na Inglaterra e no Brasil as fake news mudaram o resultado das eleições em 2016 e 2018 e da consulta popular no Reino Unido. E o mais impressionante, diz o documentário, é que as fake news alcança velocidade seis vezes mais que o noticiário verdadeiro. É que se servem do uso massivo dos robôs.

Enfim, o mundo está transformando para rumos indesejados pelo cidadão; só que a percepção dessa mudança é tão perspicaz que demora para ser avaliada.     

Salvador, 05 de outubro de 2020.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.         

     

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