SANÇÕES CONTRA A RÚSSIA
O presidente dos EUA, Donald Trump, propôs ontem, 13, que a Otan imponha um pacote de “sanções severas” à Rússia. Ele condicionou a medida à suspensão total da compra de petróleo russo pelos países europeus do bloco. Em carta publicada na Truth Social, Trump disse estar pronto para agir quando todos os aliados fizerem o mesmo. Segundo ele, a importação de petróleo russo “enfraquece a posição de negociação da Otan”. Trump também sugeriu tarifas de 50% a 100% sobre produtos chineses até o fim da guerra na Ucrânia. A medida teria como objetivo romper a influência de Pequim sobre Moscou. Ele afirmou que essas tarifas poderiam acelerar o fim do conflito. Trump voltou a dizer que a guerra não teria começado se estivesse no poder. Chamou a guerra de “ridícula” e responsabilizou Joe Biden. Também culpou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pela continuidade do conflito.
A China deve inaugurar neste mês a ponte mais alta do mundo: a Ponte do Grande Cânion Huajiang, em Guizhou, tem 625 metros de altura e 2,9 km de extensão. A obra, iniciada em 2022, cruzará a chamada “fenda da Terra” e reduzirá a viagem entre Guanling e Zhenfeng de duas horas para dois minutos. O projeto também aposta no turismo, com elevador panorâmico de 213 m, torre de observação e caminho de vidro de quase 1 km. Para o Partido Comunista, a ponte simboliza força econômica e prestígio político, sendo celebrada como “milagre chinês”.
Segundo engenheiros, os maiores desafios foram ventos fortes e encostas íngremes, resolvidos com um arco mais leve. O país já era recordista com a Ponte Beipanjiang, de 565 m, inaugurada em 2016. Apesar dos avanços, o ritmo acelerado trouxe tragédias, como o desabamento em Qinghai que matou 12 trabalhadores. Relatório da McKinsey aponta que o boom chinês se apoia em megaprojetos financiados por governos locais, mas elevou o endividamento. Mesmo assim, Xi Jinping e o premiê Li Qiang defendem obras monumentais para impulsionar investimentos e consumo. Guizhou, pobre e montanhosa, já soma 11 aeroportos, estradas modernas e diversas pontes espetaculares. Para especialistas, os benefícios econômicos compensam os altos custos. Críticos afirmam que o governo prefere erguer símbolos de poder em vez de distribuir recursos diretamente à população.
PRISÃO DE BOLSONARO É DEFENDIDA POR 50%
A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses pelo STF por tentativa de golpe de Estado e crimes correlatos, é defendida por 50% dos brasileiros; 43% são contra. O julgamento da Primeira Turma terminou na quinta-feira (11), também condenando outros sete réus do núcleo central da trama golpista. Segundo pesquisa Datafolha com 2.005 eleitores em 113 cidades, há estabilidade na percepção popular desde abril: 52% eram a favor, 42% contra; em julho, houve empate técnico (48% a 46%). Nordestinos (62%), jovens de 16 a 24 anos e católicos (56%) lideram o apoio à prisão. O que mudou foi a crença na execução da pena. Em abril, 52% achavam que Bolsonaro escaparia; em julho, 51%. Na última semana, com o julgamento em andamento, 50% passaram a acreditar que ele será preso, contra 40%. A execução ocorrerá após recursos, considerados incapazes de evitar a prisão. Não há definição sobre o local: Papuda, unidade da Polícia Federal ou, menos provável, do Exército. Após a execução, a defesa pode pedir progressão para prisão domiciliar. Desde 4 de agosto, Bolsonaro já cumpre prisão domiciliar por descumprimento de medidas cautelares impostas por Alexandre de Moraes.
PRESIDENTE DO PL RESPEITA CONDENAÇÃO
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, afirmou que a condenação de Jair Bolsonaro pelo STF foi exagerada, mas que deve ser respeitada. Ele reconheceu que houve planejamento de golpe, mas não sua execução. A fala ocorreu em debate no Rocas Festival, em Itu, com presença de líderes da direita. Segundo Valdemar, o Supremo só age assim porque conta com apoio do governo Lula. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses por crimes ligados à tentativa de golpe de Estado. Para o presidente do PL, o STF “tem exagerado em todas as questões”. Ele defendeu a união da direita e maioria no Congresso em 2026. Disse que apenas com o controle da Câmara e do Senado será possível aprovar anistia. Segundo ele, Bolsonaro não tinha apoio do Congresso e dependia de emendas. Valdemar criticou a interpretação do STF sobre o 8 de janeiro como golpe. Ao lado dele, Gilberto Kassab reiterou ser favorável à anistia. O PSD, porém, deixou sua bancada livre para decidir sobre o tema.
BRUNO HENRIQUE LIBERADO
O STJD concedeu efeito suspensivo à punição do jogador do Flamengo no sábado, 13, liberando Bruno Henrique para jogar até o novo julgamento no Pleno, ainda sem data marcada. O atacante havia sido condenado a 12 jogos por manipulação, acusado de forçar cartão amarelo em 2023 para beneficiar apostadores. O clube esperou a decisão até o limite, mas poupou o jogador da viagem a Caxias do Sul, e ele não enfrentará o Juventude neste domingo. O foco será o duelo contra o Estudiantes, pela Libertadores, na quinta-feira. Em nota oficial, o Flamengo destacou que a medida garante plena condição de jogo ao atleta, citando votos divergentes na 1ª Comissão Disciplinar que acolheram a prescrição. O jurídico do clube e o advogado pessoal de Bruno estão confiantes na reversão da decisão. O advogado Michel Assef Filho argumentou que o cartão não configurou conduta antidesportiva, mas apenas estratégia. Para ele, o caso, no máximo, envolve informação privilegiada, prevista no regulamento como infração passível apenas de multa.
Santana/Ba, 14 de setembro de 2025.
Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.