Participou da criação do Jornal da Tarde, da Veja e da IstoÉ, entrando em choque com a ditadura militar pelas capas críticas das revistas. Em 1994 lançou a CartaCapital, sua “melhor criação”, que completou 31 anos em 2025, com edições impressas e digitais. Em 2024 foi tema do livro eletrônico Mino Carta – Sem fé nem medo, de Lira Neto, no qual relembrou sua trajetória e revelou que seu nome de batismo era Demétrio, mas preferia o apelido dado pelo pai. Em 2014, a Câmara dos Deputados lançou um documentário sobre sua vida, consolidando-o como referência no jornalismo brasileiro.
Pesquisar este blog
quarta-feira, 3 de setembro de 2025
MORRE O JORNALISTA MINO CARTA
500 EUROS "POR CABEÇA DE BRASILEIRO"
Associações brasileiras denunciaram o episódio como expressão extrema de xenofobia. Ana Paula Costa, da Casa do Brasil, afirmou que discursos assim desumanizam imigrantes. O advogado Wilson Bicalho destacou que a liberdade de expressão não pode ser usada como escudo para incitar violência. O episódio coincide com debates sobre imigração, impulsionados pelo partido de ultradireita Chega, acusado de xenofobia. A Padaria Variante, onde Oliveira trabalhava, repudiou sua fala e destacou o orgulho da equipe multicultural. Associações de imigrantes brasileiros anunciaram que também vão formalizar queixa contra ele.
ISRAEL MATOU 100 PALESTINOS, ONTEM
A Rádio do Exército de Israel relatou que 40 mil reservistas se apresentaram para reforçar a ofensiva. O gabinete de segurança, liderado por Netanyahu, aprovou plano para tomar a Cidade de Gaza, controlando já 75% da Faixa. No domingo (31), ministros pressionaram por mais rapidez, mas o chefe das Forças Armadas, Eyal Zamir, alertou que a ação colocaria reféns em risco. Militares defendem mais tempo para aliviar a fome entre civis. Pesquisas apontam insatisfação de reservistas com a falta de estratégia clara. Apesar das divergências, Zamir declarou na terça que o Exército está preparado para uma “vitória decisiva” e já iniciou operações terrestres em áreas antes inalcançadas.
STJ ANULA JÚRI
![]() |
| Adriana Villela |
A decisão anula, além da condenação, todos os atos da Justiça desde o recebimento da denúncia em 2010. Isso inclui produção de provas, coleta de depoimentos e o próprio júri popular. Com a anulação, o caso retorna a um juiz de primeira instância. O magistrado poderá revalidar parte do material, ordenar novas diligências e decidir sobre novo júri. Os limites da anulação estarão no acórdão, a ser redigido por Sebastião Reis Júnior. O placar final no STJ foi de 3 votos pela anulação contra 2 pela manutenção da condenação. Votaram pela anulação: Sebastião Reis Júnior, Antônio Saldanha Palheiro e desembargador Otávio Toledo. Votaram por manter a condenação e decretar a prisão imediata: Rogério Schietti Cruz (relator) e Og Fernandes. A decisão abre caminho para um novo julgamento do caso.
INTIMAÇÕES POR WHATSAPP
TRUMP COMEÇA A MATAR NA VENEZUELA
REAJUSTE PARA SERVIDORES
Já a reestruturação da Controladoria atende a normas do CNJ, que exigem auditoria interna vinculada diretamente à Presidência. A lei transforma funções e separa as atribuições de auditoria e controle interno. Com a mudança, a auditoria ficará ligada à Presidência, e o controle interno continuará com a Controladoria. Hoje, ambas as funções são acumuladas. O objetivo é fortalecer a governança institucional e assegurar o cumprimento das exigências legais.
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 3/9/2025
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
PGR diz que organização criminosa produziu provas e pede condenação de militares
PGR diz que a própria organização criminosa produziu provas elencadas na denúncia e pede condenação de Bolsonaro e aliados
O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ
Após pressão do Centrão
Motta já admite debater anistia depois do julgamento da trama golpista
Movimento ocorre após articulação de Tarcísio; presidente da Câmara, que vem resistindo à pauta, não se negou a discuti-la
FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP
Governo dos EUA questiona bancos no Brasil sobre aplicação de Lei Magnitsky contra Moraes
- Notificação seria primeiro passo para averiguar se instituições brasileiras estão cumprindo decisão de Trump Medida vem após reclamação de deputado Eduardo Bolsonaro ao secretário de Tesouro dos EUA
TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA
Moraes desafia ira de Trump e testa
a paciência de seus pares no STF, diz Reuters
Agência relata que o ministro do STF, responsável pelo caso contra Bolsonaro,
enfrenta pressão de Trump, críticas internas na Corte e pedidos de impeachment no Congresso
CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS
Trump acusa Xi, Kim e Putin de conspirar
contra os EUA em reunião na China
Líderes participaram de grande desfile militar
DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT
Famílias gastam 604 euros no regresso às aulas e quase metade teme não conseguir pagar despesas
terça-feira, 2 de setembro de 2025
RADAR JUDICIAL
MULHER AGREDIU MINISTRO
A Sexta Turma do STJ retomou hoje, 2, o julgamento dos recursos no processo do “Crime da 113 Sul”, em que Adriana Villela foi condenada em 2019 pelos assassinatos dos pais e da empregada. A defesa pede a anulação do júri, enquanto acusação requer sua prisão imediata. O placar está 1 a 1: relator Rogério Schietti votou por manter a condenação e prender Adriana, enquanto Sebastião Reis defendeu a anulação desde a fase de instrução. O julgamento não pode mais ser adiado. Se a condenação for mantida, a prisão pode ser determinada mesmo com novos recursos. Se anulada, o processo retorna ao início, com novo júri. Há também possibilidade de solução intermediária. Reis alegou que a defesa não teve acesso a vídeos de depoimentos de corréus, considerados essenciais, só entregues em 2019. Desde 2024, o STF firmou que condenados pelo júri devem cumprir pena imediatamente. O pedido de prisão partiu dos assistentes de acusação e tem apoio do MPF e do MPDFT.
ALIANÇA CONTRA EUA
DESEMBARGADORA DEIXA O TRIBUNAL
A desembargadora Silvia Carneiro Santos Zarif, natural de Feira de Santana/BA, aposentou-se voluntariamente, de conformidade com ato publicado no Diário da Justiça, datado de sexta-feira, 29. Ela foi a primeira mulher a presidir a Corte de Justiça da Bahia e, naquela oportunidade, a Mesa Diretora contou com quatro dos cinco membros mulheres. Coube ao desembargador Sinésio Cabral transmitir o cargo para a nova presidente. Compunham a mesa: desembargadora Lealdina Torreão, 1ª vice-presidente; Jerônimo dos Santos, 2º vice-presidente; Telma Britto, corregedora-geral da Justiça; e Maria José Sales Pereira, corregedora das Comarcas do Interior. Zarif diplomou-se pela Universidade Federal da Bahia, em 1974 e ingressou na magistratura em 1981.
Iniciou sua atividade de magistrada na comarca de Terra Nova, passou por São Gonçalo dos Campos, Feira de Santana, na 3ª Vara Cível e Salvador. Em 2002, ascendeu ao cargo de desembargadora e em 2008 assumiu a presidência do Tribunal. A magistrada integrava a 1ª Câmara Cível do Tribunal e desincumbiu-se do encargo por 44 anos. Com a saída da magistrada, seguem na lista de antiguidade os desembargadores Mario Alberto Simões Hirs, Eserval Rocha, Ivete Caldas da Silva Freitas, que já aposentou e Maria da Purificação da Silva. Zarif presidiu a 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais, a 5ª Câmara Cível e a Comissão de Reforma Judiciária, Administrativa e Regimento Interno.
BOLSONARO E 7 RÉUS EM JULGAMENTO
![]() |
SAIU NA FOLHA DE SÃO PAULO
BETTY MILAN
Nem paranoico nem psicopata, Jair Bolsonaro é perverso
Psiquiatras chegaram a suspeitar de doença mental já antes de ele ser eleito, mas a classificação adequada é criminoso; e a série de delitos não é pequena
Durante o governo Jair Bolsonaro, particularmente em 2020, ano em que ele começou a desqualificar a ciência, dizendo que a Covid não passava de uma "gripezinha" e tirando selfies com apoiadores, eu me perguntei se ele era louco.
A questão foi esclarecida por Marco Antonio Coutinho Jorge, psiquiatra e psicanalista, no artigo "A Exclusão do Sujeito - Crime e Sadismo a Toda Prova", no qual eu me baseio.
A loucura, em geral, se apresenta através da perda de limites —acentuada falta de cuidado consigo mesmo, imaginação delirante, falta de respeito pela integridade física do semelhante (psicopatia) ou autoengrandecimento narcísico desmedido (paranoia).
Já antes de ser eleito, Bolsonaro, que começa a ser julgado nesta terça-feira (2), chamou a atenção dos especialistas em doença mental. Qual seria, segundo eles, o tipo de comprometimento de um presidente que havia elogiado a tortura, humilhado mulheres, negros, indígenas, homossexuais e nordestinos e que, por isso, mereceu ser chamado de "Bolsonero", em comparação ao imperador romano Nero?
Seria ele paranoico? A paranoia é um tipo de psicose em que o paciente aparenta completa normalidade, mas é movido por ideias delirantes e afetos de ódio. A onipotência leva o sujeito a inventar inimigos que ele passa a perseguir por ter certeza de que o perseguem. Não preciso citar aqui os perseguidos e os perseguidores imaginários de Bolsonaro porque isso é do domínio público.
Seria ele psicopata por ser carente de compaixão e incapaz de medir as palavras? Uma declaração sua poderia me levar a dizer que sim: "Morrer nós todos vamos. E daí?". Como pode o presidente da República dizer "e daí"?
Mas Bolsonaro não pode ser enquadrado no diagnóstico de paranoia, tampouco de psicopatia. Não tem ideias delirantes como o paranoico e, ao contrário do psicopata típico, que passa por cima da família —mata pai e mãe sem culpa alguma—, o ex-presidente tem grande apego pelos seus.
Por isso, houve psiquiatras que não o classificaram como doente mental, mas como criminoso. E a série de delitos inventariada por eles não é pequena: crimes contra a Constituição, o Estado de Direito e a humanidade.
Bolsonaro, como outros líderes contemporâneos, é um perverso, um sádico que goza infligindo dor ao semelhante. Daí os elogios ao coronel Carlos Brilhante Ustra, um conhecido torturador da ditadura militar.
A crueldade do ex-presidente se manifestou das mais diversas formas. Assim como, por exemplo, com a escolha de ministros da Saúde incapazes de lidar com uma pandemia, porém capazes de obedecer cegamente às suas ordens. Entre elas, a de deixar qualquer embarcação —com ou sem doentes contaminados— aportar no Brasil para não interferir no turismo marítimo. Ou a de desinformar a imprensa e a população sobre os óbitos.
O resultado dessa necropolítica foram 693 mil mortos durante o governo Jair Bolsonaro.










