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quarta-feira, 31 de dezembro de 2025

TRUMP AINDA NÃO INVADIU A VENEZUELA

Nicolás Maduro está inquieto. O regime venezuelano, acostumado a sobreviver  entre crises internas e apoio externo, começa a demonstrar preocupação real  com o que pode vir dos Estados Unidos. E o temorApós meses de ameaças à Venezuela, Donald Trump precisaria “explodir alguns alvos” no país para não parecer fraco, avalia o ex-embaixador dos EUA John Feeley. Segundo ele, Trump é pressionado internamente por ser ano eleitoral, mas também por assessores que o levaram a uma escalada retórica. Caso não demonstre força militar, o presidente pareceria fraco — algo que, segundo Feeley, Trump detesta. O diplomata afirma que um eventual ataque terrestre representaria uma escalada significativa nas hostilidades entre EUA e Venezuela. No entanto, a divulgação confusa e contraditória da suposta operação prejudicaria sua eficácia. Trump disse que instalações ligadas ao tráfico de drogas foram destruídas, sem fornecer detalhes. Imprensa americana aponta que a explosão teria sido causada por um ataque de drone da CIA, informação não confirmada oficialmente.

Nem EUA nem Venezuela reconheceram o ataque. Feeley alerta que revelar dados de uma operação secreta pode colocar agentes americanos em risco. Se o ataque não ocorreu, diz ele, Trump parecerá apenas “um velho confuso falando besteira”. Nos últimos meses, os EUA atacaram embarcações no Caribe sob alegação de tráfico de drogas, sem provas apresentadas. Mais de cem pessoas teriam morrido nessas ações, classificadas por críticos como ilegais. Os EUA também mobilizaram forte presença naval e impuseram bloqueio a petroleiros venezuelanos. Para Feeley, falta uma estratégia clara de Washington em relação à Venezuela. Segundo ele, demonstrações de força não são suficientes para derrubar Nicolás Maduro. O ex-embaixador avalia que os EUA “têm todas as cartas”, mas não acredita em invasão terrestre. Ele também criticou a oposição venezuelana por incentivar uma intervenção externa no país.

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