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sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

EDITORIAL DO JORNAL NACIONAL DE ONTEM

"As declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre as mortes de crianças por Covid afrontam a verdade e desrespeitam o luto de milhares de brasileiros, parentes e amigos das mais de 300 vítimas de 5 a 11 anos. O presidente também desrespeita todos os técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ao questionar qual seria o interesse da Anvisa com a autorização da vacinação de crianças.

O interesse da Anvisa está expresso na lei que a criou: coordenar o sistema nacional de vigilância sanitária em defesa da saúde da população. O 4º artigo da lei determina que a Agência atue como uma entidade administrativa independente, e que as prerrogativas necessárias ao exercício adequado de suas atribuições sejam asseguradas. Não é isso que o presidente tem feito ao ameaçar divulgar nomes de integrantes da Anvisa que aprovaram a vacinação infantil, e agora, ao questionar a lisura do órgão.

Por fim, as declarações do presidente Jair Bolsonaro contrastam com o aquilo que prevê o artigo 196 da Constituição que ele jurou respeitar: a saúde é direito de todos os cidadãos e dever do Estado. O governo Bolsonaro retardou a decisão sobre as vacinas para crianças desde o dia 16 de dezembro até ontem, data limite imposta pelo Supremo Tribunal Federal. Convocou uma consulta pública estapafúrdia porque remédios não podem ser aprovados pelo público leigo, e sim por cientistas, 

Em razão dessa demora, as famílias brasileiras têm que aguardar ao menos mais sete dias para a chegada das primeiras doses pediátricas. E como se não bastasse, hoje ele insistiu em atacar as vacinas.

O presidente Jair Bolsonaro é responsável por aquilo que diz, pelo que faz, espera-se que venha também a ser responsável por todas as consequências daquilo que faz e daquilo que diz." 

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