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sábado, 6 de abril de 2019

PRESIDENTES E GOVERNADORES PRESOS

Induvidosamente, o Brasil mudou, principalmente no Judiciário; pena que esse crescimento acontece de baixo para cima, considerando que as decisões contra a corrupção são originadas mais dos juízes do que dos ministros. Estes continuam atrapalhando as mudanças, querendo, a todo preço, manter a “velha política", tornando “traidores do povo”. 

O mais eficiente procedimento do mundo no combate à corrupção, a Operação Lava Jato, foi o alicerce maior para as transformações do país; a prisão dos ex-presidentes Michel Temer e Luiz Inácio Lula da Silva, além de investigação contra todos os ex-mandatários vivos do país mostra o real trabalho promovido pelos procuradores, agentes federais e magistrados, principalmente os de 1ª e 2ª instância. 

Fernando Collor, presidente entre 1990/1992, foi investigado logo no início da Operação, com a delação do doleiro Alberto Youssef. Uma denúncia foi apresentada em 2015, mas, passados quatro anos, não há decisão do STF; a ex-presidente Dilma Rousseff, 2011/2016, além de afastada do cargo, tornou-se ré, por integrar organização criminosa, na Justiça Federal de Brasília, e é investigada pela Polícia Federal; José Sarney, 1985/1990, e Fernando Henrique Cardoso, 1991/1999, tiveram investigações arquivadas pela ocorrência de prescrição. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já foi condenado, em dois processos, a mais de 24 anos de prisão, está detido na Polícia Federal há um ano e espera julgamento de mais ações e investigações, que tramitam na Polícia Federal, sempre por corrupção e lavagem de dinheiro. Lula, enganou o mundo, na expressão da jornalista Mary Anastasia O’Grady do Wall Street Journal. 

A prisão de Michel Temer já era esperada, pois ainda no cargo de presidente enfrentou duas denúncias, que não prosperaram simplemente pelo cargo que ocupava, além de processos de impeachment. Menos de três meses após deixar o governo, o ex-presidente é tido como chefe de quadrilha, desde os anos 1980, além de encerrar sua carreira com o desgaste de uma sigla combativa pela luta pela liberdade, nos tempos de Ulysses Guimarães e Tancredo Neves. 

Acrescente-se ao desmantelamento da maior corrupção do mundo, os fatos originados do Rio de Janeiro, com a prisão de todos os ex-governadores vivos, Sergio Cabral, Fernando Pezão e Moreira Franco; Anthony Garotinho e sua mulher foram presos, liberados e respondem a processos em liberdade. Que dizer sobre a prisão e destituição dos cargos de cinco dos sete membros do Tribunal de Contas do Rio, posteriormente liberados, mas afastados dos cargos, por corrupção, incluindo o próprio presidente da Corte estadual. E mais: nos dois meses seguintes à prisão dos conselheiros, 81 servidores pediram exoneração dos seus cargos. Mais recentemente cinco deputados estaduais, eleitos no último pleito, tomaram posse na prisão, mas os suplentes exercerão os mandatos até que haja decisão final sobre os deputados presos. 

Salvador, 04 de abril de 2019. 

Antonio Pessoa Cardoso 
Pessoa Cardoso Advogados.

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