Pesquisar este blog

sábado, 6 de janeiro de 2018

MORRE CARLOS HEITOR CONY

O laureado escritor, romancista, jornalista e cronista da Folha de São Paulo, membro da Academia Brasileira de Letras, Carlos Heitor Cony, morreu ontem, à noite, no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. Cony passou o período de 1938 a 1945, no Seminário Arquidiocesano de São José, no Rio Comprido, no Rio.

Na posse da cadeira 34, na Academia Brasileira de Letras, que pertenceu a Eça de Queiroz, Cony definiu-se com um “anarquista entristecido, humilde e inofensivo”. Dentre os livros de Cony, destacam-se “O Ventre”, “Antes, o Verão”, mas 15 romances, reunindo um total de 65 publicações. O mais polêmico dos seus livros saiu em 1967: “Pessach: a Travessia”. 

Cony, como cronista do “Correio da Manhã”, jornal do Rio de Janeiro, celebrizou-se na resistência ao golpe de 1964. O livro “O Ato e o Fato” reuniu suas principais crônicas políticas, pós 64, mas trouxe-lhe muitos aborrecimentos. O então ministro da Guerra, depois tornou-se presidente da República, Costa e Silva moveu-lhe processo, considerando as crônicas ofensivas às Forças Armadas. Cony foi condenado a três meses, com direito a sursis. Entre 1964 e 1972, respondeu a 12 processos e foi detido algumas vezes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário