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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

TRUMP ATACA EPIDEMIOLOGISTA

O presidente Donal Trump parece em desespero diante das pesquisas que mostram vantagem para o candidato democrata. Disparou seus ataques contra o epidemiologista Anthony Fauci, que trabalha no Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, há 36 anos, tendo servido a seis presidentes e nunca teve atrito com nenhum deles: Ronald Reagen, George H. W. Bush, Vill Clinton, George W. Bush e Barak Obama. Os desentendimentos do presidente com o médico deu-se durante a pandemia do coronavírus, porquanto Trump negligenciava e desvalorizava os efeitos da Covid-19, que já matou mais de 220 mil americanos. As afirmações de Trump não se materializaram; dizia que "as pessoas estão cansadas da Covid, de ouvir Fauci e esses idiotas".

Trump exibiu gravação, afirmando que Fauci louvava suas ações no combate à pandemia, mas, como sempre, era mentira. O médico prestou declarações assegurando que não autorizou propaganda tiradas do contexto do que falou; Fauci, que nunca se envolveu com política, foi acusado por Trump de que ele fazia campanha para Biden. Interessante é que, enquanto Trump atacava o epidemiologista, ele era condecorado pela Nacional Academy of Medicine. 



ADVOGADOS QUEREM SUSPEIÇÃO DE QUEM JULGOU LULA

O STJ, através da 5ª Turma, negou embargos de declaração dos advogados do ex-presidente de Luiz Inácio Lula da Silva. O pedido, em embargos, pedia acesso aos autos dos processos da Operação Spoofing, queriam, através de embargos, anulação das provas prestadas pela Odebrecht e pelo Ministério Público da Suiça, no feito sobre o Instituto Lula. E mais: através de embargos, reclamavam a suspeição do delegado da Polícia Federal, Felipe Pace, do procurador Maurício Gerun e dos desembargadores João Pedro Gebral Neto e Thompson Flores, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. A decisão, como não poderia deixar de ser, foi por unanimidade. 

É ou não é chicanagem?  



GEDDEL CONTINUA PRESO

O STF, através da 2ª Turma, na segunda feira, 19/10, negou progressão de regime para o ex-deputado Geddel Vieira Lima, condenado a 14 anos e dez meses de  reclusão e pagamento de 106 dias-multa pela prática dos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. O fundamento foi de que o não pagamento da multa, que era de R$ 1,6 milhão, não permite a progressão ao regime semiaberto. Os advogados de Geddel alegaram que não há normal que condicione o pagamento da multa à progressão do regime, ainda mais porque a decisão não transitou em julgado. O relator entendeu de outra forma e assegurou que mesmo sem transitar em julgado, a prisão preventiva foi mantida após o julgamento do mérito da ação penal. O ministrou embasou sua compreensão nos arts. 112 e 118, § 1º da Lei de Execuções Penais, além do art. 36, § 2º do Código Penal.    




TELEMEDICINA NO BRASIL

A medicina já se serve do atendimento à distância, através do smarpthones, tablets e computadores, incrementada pelo surgimento da pandemia do coronavírus. Desde março, a telessaúde movimentou em torno de 1,3 milhão de teleconsultas e a grande maioria dos atendimentos foram solucionados completamente pelo sistema. A regulamentação da telemedicina ocorreu desde o ano de 2019, mas a polêmica gerada provocou a revogação da medida pelo Conselho Federal de Medicina. Todavia, o hospital Albert Einstein utiliza deste meio, experimentalmente, desde 2012, com forte investimento em equipamentos e programas. Dispõe até mesmo de um robô, dirigido por celular na visita aos clientes, na UTI.

A dificuldade do crescimento da telemedicina reside no pequeno número de pessoas que dispõem conexão com internet; segundo o IBGE, em cada cinco residências, uma não dispõe deste recurso. Assim, para implementação do sistema urge que haja direcionamento de recursos em infraestrutura.  


DESNECESSÁRIO TÍTULO PARA VOTAR

Em Ação Direta de Inconstitucionalidade, requerida pelo PT, o Supremo Tribunal Federal confirmou, à unanimidade, na segunda feira, 19/10, liminar concedida pela ministra Rosa Weber, relatora, para decidir que não é necessária a apresentação do título de eleitoral para votar; suficiente a comprovação através de qualquer documento com foto, na forma do art. 146, inc. VI do Código Eleitoral. Escreveu a ministra em seu voto: "Dito de outra forma, aplicando o princípio da proporcionalidade à situação em concreto, a apresentação do título de eleitora não se mostra como exigência idônea, porque além de não ser o método mais eficiente para garantir a autenticidade do voto - ante a ausência de foto -, restringe de forma excessiva o direito de sufrágio".



PLÁGIO, FALSIDADES NÃO IMPEDEM DE SER MINISTRO

Certamente o desembargador Kassio Nunes Marques terá seu nome aprovado na apressada reunião da Comissão de Constituição e Justiça; afinal, os precedentes mostram que há mais de 100 anos o Senado não recusou um só nome indicado pelo Presidente. Neste encontro, na Comissão e no Plenário, os senadores preocupam-se mais em elogiar o futuro ministro do que buscar seu posicionamento sobre temas relevantes para o país ou questionar sobre sua trajetória de advogado e de juiz. No Brasil, sempre foi assim e não haverá mudança numa Casa que busca meios para isentar qualquer irregularidade praticada por um senador, flagrado com dinheiro na cueca e ainda alegar que o volumoso monte destinava-se a pagamento de funcionários. Esta é a nossa sina e para mudar teremos de caminhar muito, passando inclusive por melhor distribuição de renda para evitar influência do poder econômico no resultado das eleições de todos os segmentos. 

Pois bem. Há um rosário de acusações contra o indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para ocupar a cadeira deixada pelo ex-ministro Celso de Mello; de representações no CNJ, um total de 33, a falsidade nas informações que consta no seu currículo, passando até por plágio em dissertação de mestrado e na tese de doutorado, além de outras acusações que diminuem o conceito do futuro ministro. O senador, relator da indicação, já assegurou que o currículo não é suficiente para provocar a escolha do candidato ao cargo. Ou seja: o juiz pode mentir, inventar títulos no seu currículo e nada lhe causará prejuízo na chegada ao mais elevado cargo da Justiça; nada disto será considerado na apreciação pelos senadores. Veja que não se discute sobre eventual robustez nos títulos acadêmicos do candidato, mas debate-se sobre impropriedade, falsidade nas informações do documento. É grave escrever que fez pós-graduação e a unidade desmentir. Aliás, anteriormente, o indicado para o Ministério da Educação, Carlos Alberto Decotelli, foi reprovado exatamente por este motivo.   

Reclamamos ética e dignidade para ocupar uma cadeira no Senado Federal; mas, o presidente da República e os senadores entendem que é querer demais; afinal de contas, a Corte conta com gente sem a menor condição para ostentar o título de ministro. Um deles, Dias Toffoli, que acaba de deixar a presidência, tentou ser juiz em São Paulo, por duas vezes, e não conseguiu; o outro, ministro Gilmar Mendes saiu do círculo de apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; enfim, quase todos tem uma história que não dignifica o cargo.   

Salvador, 20 de outubro de 2020.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



ONDE O BLOG É LIDO: VENEZUELA (LXXIX)

A Venezuela, denominada de República Bolivariana de Venezuela, cuja capital é Caracas, situa-se na no norte da América do Sul. Teve sua independência da Espanha reconhecida em 1845. Possui 31.703.499 habitantes em extensão territorial de 916.445 quilômetros quadrados. É limitada ao norte com o Mar do Caribe, ao sul com o Brasil a leste com a Guiana e a oeste com a Colômbia. Trata-se de uma república federal e presidencialista, com Constituição de 1999, que mantém como poderes o executivo, legislativo e judiciário. O executivo é desempenhado pelo presidente eleito pelo povo, para mandato de seis anos, com função de chefe de Estado e de governo; cabe-lhe nomear o vice-presidente e os ministros. O legislativo compete a Assembleia Nacional, com 167 membros, eleitos para mandatos de 5 anos. O judiciário tem como órgão máximo o Supremo Tribunal de Justiça, constituído por 36 membros, eleitos para mandato de doze anos e designados pela Assembleia Nacional.   

Nicolás Maduro assumiu o poder, depois da morte do presidente Hugo Chávez, responsável pela "Revolução Bolivariana", e com a eleição de 2013; foi reeleito em 2018 em pleito considerado fraudulento. O país está isolado, frente a crise política, econômica e social. A Organização dos Estados Americanos, OEA, considerou ilegítimo o governo de Maduro; mais de 50 países, inclusive Estados Unidos e Brasil, reconheceram Guaidó como presidente da Venezuela.  

Está entre os países mais violentos do mundo e a estimação é que a cada 21 minutos é assassinado um venezuelano. Sao cidades importantes: Caracas, Maracaibo e Valência. A religião que predomina é o catolicismo romano, 85,7%, seguindo o protestantismo, 12%.

Na economia, a Venezuela destaca-se com as grandes reservas de petróleo e depende substancialmente de sua produção que está bastante prejudicada. 

A Venezuela lê nosso blog: www.antoniopessoacardoso.com.br



terça-feira, 20 de outubro de 2020

ADVOGADA ESTAGIOU COM MINISTRO

Novas descobertas, envolvendo o Habeas Corpus do traficante André do Rap, deferido pelo ministro Marco Aurélio e revogado pelo Plenário do STF. A advogada que assinou a petição de Habeas Corpus, Ana Luísa Gonçalves Rocha, foi estagiária no gabinete do ministro. Sabia-se, anteriormente, que um dos advogados do escritório, Eduardo Ubaldo, foi assessor do ministro, mas agora também a advogada trabalhou no gabinete de Marco Aurélio.




CORONAVÍRUS NO BRASIL

Segundos informações do Ministério da Saúde, nas últimas 24 horas, foram registradas em todo o Brasil 661 mortes e notificados 23.227 novos casos; desde o início da pandemia, foram contabilizadas 154.837 mortes e 5.273.954 pessoas com a doença; o governo considera recuperados 4.721.593 pessoas e ainda há 397.524 pacientes em acompanhamento. 

Segundo dados da Secretaria da Saúde, na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registradas 21 mortes e 1.109 novos casos da Covid-19; assim, desde o início da pandemia, foram anotados 337.994 casos e 7.363 mortes. Estão ativos em acompanhado 6.849 e curados 1.605 pessoas. O boletim ainda mostra 685.808 de casos descartados e 78.004 em investigação.



MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF 

COVID-19: PAÍS TEM QUEDE DE BRAÇO SOBRE OBRIGATORIEDADE DE VACINA
Bolsonaro volta a provocar Doria classificando-o, ironicamente, como "médico do Brasil", e reafirma, com base em lei de 1975, que imunização não será obrigatória. Governador rebate o presidente: "País precisa de paz, amor e vacina para salvar os brasileiros"

JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO/RJ

FEITO ÀS PRESSAS, ACORDOS ENTRE BRASIL E EUA PODEM SER ALTERADOS POR BIDEN
Países fecharam 3 acordos de facilitação de comércio

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

CONSELHEIRO DE SEGURANÇA DE TRUMP VEM AO BRASIL ANUNCIAR PACOTE COMERCIAL E FAZ CAMPANHA ANTI-CHINA

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

GUEDES VÊ QUEDA DO PIB DE 4% ESTE ANO E REFORÇA APOIO DE BOLSONARO A TETO DE GASTOS

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

LÍDERES LATINO-AMERICANOS CELEBRAM VITÓRIO DE ARCE NA BOLÍVIA

CLARIN - BUENOS AIRES/ARG

ARGENTINA SUPERÓ EL MILLÓN DE CONTAGIADOS Y LOS 26 MIL MUERTOS, COM 215 DÍAS DE CUARENTENA

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT   

MICROFONES DESLIGADOS NO PRÓXIMO DEBATE TRUMP/BIDEN

BOLÍVIA: CANDIDATO DE MORALES ESTÁ NA FRENTE

Um dia depois da eleição, na Bolívia, já se sabe que o candidato Luis Arce, do MAS, está eleito; o resultado oficial só sairá nos próximos três dias, mas a pesquisa de boca de urna considera Arce presidente do país; a presidente interina, Jeanine Añez, reconhece a vitória do candidato da esquerda, assim como o opositor, Carlos Mesa admitiu a derrota. O candidato eleito promete governar para todos os bolivianos e a imprensa especializada assegura que ele não será manobrado pelo ex-presidente Evo Morales.    



    SENADOR CONTRA NOVO MINISTRO

    Tudo indica que o desembargador Kassio Marques será aprovado pelo Senado Federal, na sabatina de amanhã; afinal nunca houve uma só desaprovação, salvo no início da República, no governo de Floriano Peixoto, quando foram rejeitados cinco nomes. O jornalista André Spigariol, da Crusoé, assegura que teve acesso ao voto do senador Alessandro Vieira que votará contra. 

    O senador escreveu no seu voto: "Geral altíssima preocupação ao se considerar que um candidato ao mais alto cargo do Poder Judiciário brasileiro pode não ter redigido sozinho o seu trabalho apresentado para obter o título de mestre". Adiante anota: "Que responsabilidade não terá o Senado Federal da República se vier a chancelar a indicação de um postulante cuja possível perda do título de mestre obtido em Portugal certamente viria a importar em grande desprestígio para a Corte que integraria".