Pesquisar este blog

terça-feira, 12 de agosto de 2025

BRASIL BUSCA NOVOS MERCADOS

A busca por novos mercados para exportação de carne bovina levou uma comitiva dos principais frigoríficos brasileiros ao Vietnã, que abriu suas portas para a proteína do país. A missão oficial, articulada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e pelo presidente Lula, reuniu representantes de 17 empresas, como JBS, Marfrig, Minerva e Masterboi, com mais de dez importadores vietnamitas. 

O objetivo foi agilizar a habilitação sanitária de frigoríficos. O Vietnã avalia o pedido de 86 plantas; até agora, duas unidades da JBS, em Goiás, foram aprovadas. Fávaro celebrou a abertura do mercado após 20 anos de negociações e disse esperar habilitar mais empresas. 

As companhias também sugeriram negociar um Acordo de Livre Comércio entre Mercosul e Vietnã para reduzir tarifas, já que concorrentes como Austrália, União Europeia e Rússia têm vantagens. O país asiático pode importar até 100 mil toneladas anuais, colocando-se entre os cinco maiores destinos da carne brasileira. 

A Abiec organizou os encontros, que buscam consolidar o avanço institucional e ampliar a presença do Brasil no mercado global, competindo com os EUA.

Em junho, o governo anunciou o Vietnã como parceiro do Brics, status que garante participação em cúpulas e grupos técnicos, sem ser membro pleno. 

A aproximação também responde à pressão tarifária dos EUA. Brasil e China trabalham em um protocolo para rastrear e certificar carne e soja, alinhando padrões de emissões, manejo e sustentabilidade, com uso de selos como Carne Carbono Neutro da Embrapa. 

Com a queda das exportações para os EUA, novos destinos ganham espaço. O México, que não estava entre os dez maiores compradores no ano passado, ultrapassou os EUA e hoje é o segundo maior mercado da carne brasileira, atrás apenas da China. 


TRUMP PUBLICA DADOS ERRADOS SOBRE BRASIL

O presidente dos EUA, Donald Trump, citou Brasília em uma lista de “capitais violentas” ao anunciar, ontem, 11, sobre o envio de tropas da Guarda Nacional para Washington. O governo federal assumirá o controle da polícia local para combater o que ele chama de criminalidade excessiva, embora dados apontem queda na violência nos últimos 30 anos.

Trump afirmou que a criminalidade na capital americana superou a de cidades como Brasília, Bogotá e Cidade do Panamá. No entanto, números mostram o contrário: em 2023, o DF registrou taxa de 11 homicídios por 100 mil habitantes, contra 39,86 em Washington. Em 2024, a taxa caiu para 26,6.

O republicano usou dados desatualizados, de 2021, que apontavam 13 homicídios por 100 mil habitantes no DF. Em seu discurso, mencionou outras capitais como Bagdá, Cidade do México e San José, dizendo que não gostaria de viver em lugares assim.

Apesar do discurso alarmista, Washington registrou queda de 30% nos homicídios e tiroteios entre 2023 e 2024, alcançando o menor índice de crimes violentos em 30 anos.

A medida é mais uma investida de Trump para “tomar controle” da capital, administrada pela prefeita democrata Muriel Bowser. Ele prometeu “limpar a cidade”, incluindo a retirada de pessoas em situação de rua, dizendo que as encaminhará para locais “longe da capital”. No domingo (10), publicou na Truth Social que “os sem-teto têm que sair, IMEDIATAMENTE”.



MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 12/8/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Brasil x EUA: canal de diálogo contra o tarifaço é interditado

Ministro Fernando Haddad, da Fazenda, admite que conversa que teria com o secretário do Tesouro norte-americano foi cancelada por atuação de Eduardo Bolsonaro

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Câmara pode levar meses para punir deputados por motim, e corregedor prevê gradação de penas

Com 14 deputados no alvo após motim, Câmara suspendeu apenas quatro de 234 pedidos no século

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Nova lei de imigração contraria tratado, e Brasil pode aplicar reciprocidade, diz embaixador em Portugal

Autoridades dos dois lados devem discutir redução das

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

PT articula para barrar PEC do foro 
privilegiado e anistia a envolvidos em motim

Lindbergh Farias diz que oposição tenta usar crise para 
"blindar" parlamentares

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Xi Jinping diz a Lula que China e Brasil podem 
dar exemplo de autossuficiência no Sul Global

Presidente brasileiro ainda estuda resposta coordenada às tarifas americanas

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISOBOA/PT  

Candidatos a Belém dizem que Marcelo e juízes do Palácio Ratton fizeram a democracia funcionar

Ação do Presidente da República e decisão do Tribunal Constitucional não recebem críticas dos candidatos presidenciais António Filipe, Marques Mendes, António José Seguro e Gouveia e Melo.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

FUX PODERÁ ADIAR JULGAMENTO DE BOLSONARO

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, no STF, previsto para ser concluído no próximo mês, poderá estender-se até os primeiros meses de 2026. Mesmo que entre na reta final em setembro, há sinais de que o ministro Luiz Fux pedirá vistas, o que, pelo regimento, garante 90 dias para devolução do processo. Assim, outubro, novembro e dezembro passariam sem conclusão.

Com o recesso, o tribunal só retomaria os trabalhos em fevereiro, e uma pequena demora poderia levar o caso a março de 2026. Esse atraso coincidiria com a análise, pelo TSE, dos recursos sobre sua inelegibilidade, já com nova composição. O ano eleitoral promete fortes emoções.

Na Primeira Turma do STF, surgiu o “Homem da Cadeira”: o mecânico Fábio de Oliveira, condenado a 17 anos de prisão por sentar-se na cadeira do ministro Alexandre de Moraes durante os atos de 8 de janeiro. Ele se filmou no assento, proferindo ofensas.

Moraes o enquadrou em cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada. Oliveira não entrou no plenário; a cadeira foi levada para fora antes.

No Congresso, parlamentares acorrentaram-se e obstruíram trabalhos. A confusão fez o jornalista Octavio Guedes lembrar frase de Ulysses Guimarães, dita em situação semelhante: “Sou o presidente da Constituinte, não de um hospício.”



TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL CONTRA TRUMP


O ministro do STF Alexandre de Moraes é alvo de ameaças com base na Lei Magnitsky, criada para punir corrupção e violações de direitos humanos, por sua atuação no julgamento de Jair Bolsonaro. A ofensiva assemelha-se à pressão exercida pelos EUA contra integrantes do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia.

A administração Donald Trump aplicou sanções a quatro juízas e ao promotor do TPI, Karim Khan, acusando a corte de “ações ilegítimas” contra os EUA e Israel. As medidas ocorreram após ordens de prisão emitidas em 2024 contra Binyamin Netanyahu, Yoav Gallant e Mohammed Deif, acusados de crimes de guerra.

As magistradas Reine Adelaide Sophie Alapini Gansou, Solomy Balungi Bossa, Luz del Carmen Ibáñez Carranza e Beti Hohler foram punidas por autorizar investigações ou prisões relacionadas a Israel e à atuação americana no Afeganistão.

Trump também sancionou Francesca Albanese, relatora especial da ONU para os direitos humanos na Palestina, que havia denunciado empresas como Microsoft e Amazon por lucros ligados à ofensiva israelense em Gaza.

A Ieepa, base legal das punições, bloqueia bens nos EUA, impede entrada no país e restringe transações com os sancionados. A norma já havia sido usada em 2020 contra colaboradores do TPI, sendo depois revogada por Joe Biden.

Reativada por Trump, a medida agora atinge acadêmicos e ativistas ligados à corte, gerando ações judiciais. O TPI repudiou as sanções, classificando-as como tentativa de minar sua independência.

Albanese afirma que continuará seu trabalho apesar das pressões.


AUSTRÁLIA RECONHECERÁ O ESTADO DA PALESTINA

https://www.worldatlas.com/upload/b2/08/95/palestine-map-copy.pngA Austrália reconhecerá o Estado da Palestina na 80ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, em setembro, anunciou o primeiro-ministro Anthony Albanese nesta segunda-feira (11). A decisão soma-se a medidas semelhantes de França, Reino Unido, Canadá e Portugal, aumentando a pressão internacional sobre Israel.

Segundo Albanese, o reconhecimento busca fortalecer a solução de dois Estados, promover um cessar-fogo em Gaza e viabilizar a libertação de reféns. O anúncio foi feito após reunião de gabinete e baseado em compromissos da Autoridade Palestina de que o Hamas não participará de um futuro governo.

Ele defendeu que apenas uma solução política pode encerrar o ciclo de violência, e não ações militares. Na semana passada, a Austrália criticou o plano de Israel de controlar militarmente Gaza.

Albanese acusou o governo Netanyahu de inviabilizar a paz ao expandir assentamentos ilegais, ameaçar anexações e rejeitar um Estado palestino.

Os compromissos palestinos incluem reformar a governança, desmilitarizar e realizar eleições gerais, alinhando-se às exigências da Liga Árabe para que o Hamas deixe o poder em Gaza. Para Albanese, isso cria uma oportunidade para isolar o grupo.

A Nova Zelândia, segundo seu chanceler Winston Peters, avaliará sua posição sobre o tema no próximo mês.


ISRAEL MATA CINCO JORNALISTAS

Um bombardeio israelense matou, ontem, (10), cinco jornalistas da rede Al Jazeera na Cidade de Gaza, informou a emissora. As vítimas — dois correspondentes e três cinegrafistas — estavam em uma tenda de imprensa posicionada do lado de fora do portão principal do hospital local. O ataque deixou sete mortos ao todo.

Entre os jornalistas mortos está Anas Al-Sharif, 28, que atuava principalmente na cobertura do norte da Faixa de Gaza. Segundo a emissora, ele havia sido alvo de uma “campanha de incitação” do exército israelense, que o acusou, sem apresentar provas, de ser líder de uma célula do Hamas e de lançar foguetes contra civis e militares.

Também morreram o correspondente Mohammed Qreiqeh e os cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa. A Al Jazeera afirmou que Israel já matou mais de 200 jornalistas desde o início da guerra.

A relatora especial da ONU para a Liberdade de Opinião e Expressão, Irene Khan, declarou em julho estar “profundamente alarmada” pelas acusações contra Al-Sharif e disse haver “evidências crescentes” de que jornalistas são alvejados deliberadamente.

A agência francesa AFP também denunciou, no mês passado, que seus correspondentes em Gaza enfrentam grave desnutrição, dificultando o trabalho.

Em mensagem escrita em abril para ser publicada caso morresse, Al-Sharif afirmou nunca ter hesitado em “transmitir a verdade” e lamentou deixar a esposa e os filhos. 



STF RECONHECE VÍNCULO DE PASTOR

Por maioria, a Segunda Turma do STF manteve decisão da Justiça do Trabalho que reconheceu vínculo de emprego entre um pastor da Igreja Universal, em Itapevi (SP), e a instituição. O relator, ministro Nunes Marques, rejeitou reclamação da igreja contra decisão do TST e negou agravo regimental. Para ele, não houve demonstração de relação direta entre o caso e entendimentos do STF sobre terceirização ou contratos civis. Destacou que a análise das provas cabe à Justiça do Trabalho e que reexaminá-las é inviável em reclamação. Foi acompanhado por Dias Toffoli, Edson Fachin e André Mendonça.

Gilmar Mendes divergiu, propondo suspender o processo até julgamento do ARE 1532603, que trata da “pejotização” e terá audiência pública em setembro. O TST reconheceu que, entre 2008 e 2016, o pastor recebia salário fixo, inclusive em férias, cumpria horários, organizava cultos, tinha metas e seguia ordens da administração. Rejeitou a tese de trabalho voluntário ou motivado por fé, concluindo pela subordinação típica de relação empregatícia.

PRODUTOS BRASILEIROS COM TARIFAS DE TRUMP



MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 11/8/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Ataque de Israel em Gaza mata cinco jornalistas da Al Jazeera 

Segundo a emissora, o exército de Israel já matou mais de 200 jornalistas desde o início dos bombardeios.

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Parlamentares enviam emendas a clubes de futebol, 
e verba paga de trave a técnico

Deputados e senadores destinaram pelo menos R$ 13,5 milhões a 31 times nos últimos três anos

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Governo australiano diz que vai reconhecer Estado palestino em encontro da ONU em setembro

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

‘Os Estados Unidos estão copiando o Brasil. 

É inacreditável’, diz Marcos Lisboa

Para economista, política adotada por Trump vai reduzir a produtividade 
dos EUA; ele diz também que impacto do tarifaço sobre o Brasil será 
‘pior do que as pessoas estão imaginando’

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Mais uma semana de tensão e pressão 
na política nacional

Clima em Brasília será marcada por temas que marcaram motim na semana passada

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT  

Mulheres só querem mais filhos se pais tiverem mais tempo disponível

Fecundidade voltou a baixar, apesar de mais apoios públicos. Tempo dos pais é o fator mais decisivo para mulheres quererem mais um filho. Despesa do Estado com famílias é a 5ª mais baixa da UE.