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domingo, 21 de abril de 2024

TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL QUESTIONA CNJ

As acusações do Conselho Nacional de Justiça, CNJ, contra a Operação Lava Jato, configuram situação de assédio judicial, impedindo a "perseguição e criminalização do trabalho daqueles que lutam contra a corrupção de indivíduos poderosos", segundo manifestação do presidente do conselho da Transparência Internacional, TI, François Valérian. Em visita ao Brasil, entrevistado pelo jornal Folha de São Paulo, o presidente do conselho defende de "notícias falsas de que a TI estava recebendo dinheiro das multas da Lava Jato e havia estabelecido sua presença no Brasil com esse propósito". Afirmou que a entidade que dirige não recebeu sequer um centavo, como ficou comprovado. A Polícia Federal, em relatório para o CNJ, assegurou que "a relação de proximidade da TI com os procuradores da Lava Jato no tema do acordo com a Petrobras a beneficiou indiretamente e a beneficiaria diretamente, por meio de uma assessoria que seria dada para a constituição de uma fundação privada, inclusive com indicação de nomes para um comitê". 

O presidente da TI expressou "confiança do movimento global da TI no trabalho ético e corajoso realizado pelo nosso capítulo brasileiro, que tem sido alvo de campanhas difamatórias e assédio judicial há cinco anos". Declara que veio ao Brasil para "recuperar sua liderança global na luta contra a corrupção, evitando que seja copiada por interesses políticos. O que não pode ser permitido é a perseguição e criminalização do trabalho daqueles que lutam contra a corrupção de indivíduos poderosos". Valérian não aceita a interpretação do corregedor do CNJ, Luis Felipe Salomão, porque "na efetiva sanção do maior esquema de suborno transnacional da história e no retorno de recursos significativos ao país onde as vítimas estavam, possa se tornar, ou ser interpretado, como um sistema de Cash Back da corrupção, liderado por agentes de lei". O presidente classificou de preocupante as suspensões de multas, no caso da Odebrecht e Lava Jato. 


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