O professor de Educação Física Clayton Ferreira Gomes dos Santos foi preso sob acusação de roubo praticado em cidade, distante 200 quilômetros de onde mora e trabalha. Trata-se de ocorrência em outubro/2023, quando o professor dava aulas na Escola Estadual Deputado Rubens do Amaral, em São Paulo, exatamente quando o crime aconteceu em Iguape, Vale da Ribeira/SP. Gomes dos Santos foi à 26ª Delegacia de Polícia Civil, imaginando tratar de caso registrado por ele mesmo e aí foi preso, de conformidade com mandado expedido pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Iguape, que fundamentou a decisão somente em reconhecimento fotográfico. O desembargador Roberto Porto, da 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, mandou soltar o professor considerando também a primariedade.
O diretor da escola, ao tomar conhecimento, expediu documento, assegurando que no dia 30 de outubro de 2023, às 9.00 horas, horário do crime, o professor ministrava aula de Educação Física. No Habeas Corpus escreveu o desembargador: "Verifico que, expedido o mandado de prisão temporária em 17/11/2023, foi cumprido apenas em 16/04/2024, justamente em razão de o Paciente não ser residente da comarca da culpa, tendo sido, segundo informam os impetrantes, abordado em operação policial de rotina. Tem-se que, nesse período, esteve solto e não causou qualquer tipo de óbice à investigação. A análise dos autos do inquérito policial de origem, ademais, demonstra que, nesse período, nenhuma outra informação a suportar os indícios de autoria foi levantada".
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