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sexta-feira, 25 de outubro de 2019

GILMAR ERRA, A UNIÃO PAGA


O ministro Gilmar Mendes, do STF, teceu críticas acerbas ao juiz federal de Curitiba, Marcos Josegrei da Silva, na condução da operação Carne Fraca. O magistrado alega que a imprensa noticiou que a operação investigou o comércio de carne estragada ou misturada a papelão e teve de esclarecer que se examinava a prática dos crimes de corrupção, extorsão, advocacia administrativa e não a qualidade da carne. 

Josegrei narra que, durante o julgamento no STF, em maio/2018, o ministro Gilmar Mendes teceu comentários depreciativos: “parece que era uma troika de ignorantes: delegado, procurador e juiz”; “veja o perito de se dar poder a gente desqualificada e irresponsável". Mas não ficou por aí: “todos querem virar um Moro, ganhar um minuto de celebridade”. 

A juíza Giovanna Mayer, da 5ª Vara Federal de Curitiba, julgou procedente o pedido do magistrado e escreveu na sentença: "o Ministro efetuou crítica depreciativa sobre o trabalho de outro juiz fora dos autos”. A magistrada diz que a LOMAN estabelece que não se pode efetuar crítica de uma decisão judicial a qual não lhe está sendo submetida. Fixa ainda na sentença: "E nem se diga que o agente, por ocupar o topo da carreira do Poder Judiciário, não possui os mesmos deveres que um juiz de piso”. 

Mayer esclarece que "por uma questão de educação e respeito com os outros, não se pessoaliza a crítica" e que a institucionalização do País reclama tratamento com respeito a todos que trabalham, bem ou mal. Afirma que a crítica do ministro “extrapolou os limites do razoável.". Fixou o valor do dano moral em R$ 20 mil. 

Espera-se que essa sentença da juíza Giovanna Mayer seja a primeira de muitas outras contra o ministro que não sabe tratar com educação seus colegas.   

"Ainda há juízes em Berlim”!

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