Pouco antes de se encontrar com os enviados de Donald Trump para discutir uma saída para a guerra iniciada em 2022, Vladimir Putin atacou os aliados europeus de Kiev. “Se a Europa quiser lutar contra nós de repente, estamos prontos agora mesmo”, afirmou em Moscou, enquanto Steve Witkoff e Jared Kushner aguardavam reunião no Kremlin. Putin disse que os europeus seriam derrotados e criticou mudanças propostas por eles no plano de paz elaborado por Witkoff e Kirill Dmitriev, que favorecia Moscou. Entre as alterações estavam deixar aberta a entrada da Ucrânia na Otan e não reconhecer os 20% do território ocupados pela Rússia — exigências “absolutamente inaceitáveis”, segundo o presidente russo. O discurso aumenta a pressão sobre os aliados de Kiev e busca alinhamento com Trump, pintando a Europa como adversária comum. Governos europeus já consideram possível um conflito com Moscou antes de 2030; na elite russa, fala-se até antes do fim do mandato de Trump. Putin está fortalecido após anunciar a tomada de Pokrovsk, importante centro logístico em Donetsk. Kiev negou perda total da cidade, mas analistas indicam vantagem russa. Se confirmada, a queda abre caminho para Moscou avançar sobre os 15% restantes de Donetsk, uma das regiões anexadas ilegalmente em 2022.
O russo ainda ameaçou isolar a Ucrânia do mar após ataques contra navios mercantes e advertiu petroleiros de países que apoiam Kiev. O clima de confiança marcou o encontro com os americanos; Dmitriev chamou a conversa de produtiva. Zelenski e europeus temem ser excluídos das negociações. O ucraniano, em viagem pela Europa, defende manter aliados à mesa e apresentou uma versão refinada do plano de paz. Ele enfrenta ainda um grande escândalo de corrupção no setor de energia que derrubou mais autoridades em Kiev, incluindo seu chefe de gabinete, Andrii Iermak. Zelenski disse que esta é a melhor chance de alcançar a paz, mas reafirmou que não aceitará acordos “pelas costas da Ucrânia”. Ele voltou a pedir o uso de ativos russos congelados para financiar armamentos e reconstrução, mas o Banco Central Europeu rejeitou o plano de usar US$ 300 bilhões em reservas russas como garantia para empréstimos à Ucrânia, considerada uma medida ilegal.


O governo de Donald Trump suspendeu todos os pedidos de imigração feitos por cidadãos de 19 países que tiveram viagens aos EUA restringidas este ano, interrompendo o processamento de green cards e cidadania, segundo autoridades. A suspensão atinge pessoas do Irã, Sudão, Eritreia, Haiti, Somália e outros países incluídos na proibição de junho. A medida reforça a repressão migratória após o ataque contra dois membros da Guarda Nacional em Washington, atribuído a um afegão que havia obtido asilo em abril. 

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, acusou a Rússia de promover uma campanha de desinformação militar antes do encontro entre Vladimir Putin e enviados de Donald Trump, que discutirão em Moscou uma saída para a guerra iniciada em 2022. O avião com o negociador Steve Witkoff e Jared Kushner chegou à capital russa pouco antes das 14h, e eles se reunirão com Putin no Kremlin. Na véspera, Putin encontrou-se com os generais da invasão e anunciou a tomada de Pokrovsk, importante centro logístico das forças ucranianas em Donetsk. Zelenski insinuou que os avanços russos, incluindo a ocupação de Vovtchansk, eram exagerados, e seu Estado-Maior afirmou que as derrotas “não correspondiam à realidade”. Apesar disso, analistas de ambos os lados apontam que a queda de Pokrovsk parece consolidada, abrindo caminho para o avanço russo sobre áreas restantes de Donetsk, uma das quatro regiões anexadas ilegalmente em 2022. Também houve progressos ao sul, com a captura de duas cidades em Zaporíjia.
O BNDES pediu à 10ª Vara do Tribunal de Justiça de Alagoas que decrete a falência da TV Gazeta, emissora do ex-presidente Fernando Collor e ex-parceira da Globo até outubro. O banco afirma que a empresa não pagou uma parcela de R$ 14,5 mil prevista no plano de recuperação judicial, em vigor desde 2019. O valor deveria ter sido quitado em 25 de novembro. Procurada, a TV Gazeta não se manifestou.
O Financial Times atribui ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos próprios filhos a atual situação de enfraquecimento do bolsonarismo. O jornal ressalta a prisão de Bolsonaro por “conspiração para um golpe” e afirma que seus “herdeiros políticos” sofrem hoje as consequências de erros cometidos por eles mesmos. Com isso, a direita brasileira busca um novo líder para 2026, e o governador paulista Tarcísio de Freitas é apontado como o nome mais viável.