CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
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STF NÃO JULGA
O ex-chefe da Casa Civil do governo Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu continua sendo beneficiado pela espera de esgotamento de todos os recursos para retornar para a cadeia, depois de preso por quatro vezes. Dirceu, permaneceu preso por 230 dias, e passou a cumprir a condenação penal no domicílio. Em 2019, os ministros do STF, por 6 votos contra 5, liberou os presos que ainda tinham recursos pendentes; com esta decisão, Lula, Dirceu, João Vaccari Neto e outros presos da Lava Jato foram liberados.
O ministro Roberto Barroso, do STF, concedeu a Dirceu perdão concedido pelo indulto natalino da ex-presidente Dilma Roussef, em dezembro/2019; o ex-chefe da Casa Civil de Lula cumpria pena de sete anos e 11 meses, imposta no mensalão; permaneceu dois anos na prisão, sendo um na cadeia, outro na domiciliar. No petrolão, Dirceu foi condenado a 23 anos e três meses de reclusão.
Dirceu foi apenado pela 5ª Vara da Justiça Federal em Campinas/SP, em ação fiscal, por sonegar R$ 34 milhões em impostos; uma parte de bens do ex-ministro foram a leilão e outros deverão ir a leilão para saldar, ao menos parte da dívida fiscal. O caso está com recurso de apelação no Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
SERGIO MORO CONTRA PELEGOS E MILICIANOS
O ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, antes de embarcar para a Paraíba e outras visitas no Nordeste, declarou que "temos um país para salvar de uma triste polarização entre pelegos e milicianos". Moro inicia pela Paraíba e pretende visitar várias capitais do Nordeste, onde pregará sua luta contra os pelegos, Lula e seus acompanhantes, e os milicianos, Bolsonaro e seus seguidores.
POLÍCIA FEDERAL À PROCURA DE QUEM ESFAQUEOU BOLSONARO
A Polícia Federal indicou o delegado Martin Bottato Purper para prosseguir com o inquérito sobre o atentado ao presidente Jair Bolsonaro, quando em campanha, em 2018, na cidade de Montes Claros/MG. O delegado terá como missão obter informações se Adélio Bispo agiu sozinho, quando esfaqueou o candidato à presidência, Jair Bolsonaro. Purper é o terceiro delegado que estará esmiuçando os detalhes da ocorrência, para descobrir eventuais terceiros na tentativa de homicídio. Em duas oportunidades anteriores, a conclusão foi de que Bispo agiu sozinho.
MINISTÉRIO PÚBLICO E A CPI DA COVID
O Ministério Público Federal do Distrito Federal abriu 12 investigações preliminares para apurar os fatos relacionados pela CPI da Covid; um deles será sobre as omissões do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, quando atuou no órgão e demonstrou verdadeiro descaso com a vida humana. Outro caso importante de ser desvendado é sobre a compra da vacina Covaxin, assim como a propagação das fake news na pandemia. Enquanto isso, os senadores da CPI da Covid continuam esperando as providências do Procurador-geral da República que ainda não se movimentou para apurar os fatos relacionados e recebidos por Augusto Aras.
JUSTIÇA SUSPENDE AÇÃO CONTRA WASSEF
O presidente do STJ, ministro Humberto Martins, suspendeu ação penal que tramitava contra Maria Cristina Boner, na Operação Pandora. Ela é ex-mulher do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, e foi acusada de corrupção e lavagem de dinheiro, dois crimes que alguns tribunais preferem não aprofundar em investigações, talvez porque cometidos sempre por quem tem dinheiro e poder.
Guarajuba/Camaçari/Ba, 5 de janeiro de 2022.
O ministro Humberto Martins, do STJ, determinou remessa de Habeas Corpus do desembargador aposentado Carlos Luiz de Souza, do Tribunal de Justiça de Tocantins. O magistrado foi aposentado compulsoriamente pelo STJ, pelos crimes de corrupção passiva qualificada, associação criminosa e concussão; a defesa tenta anular o processo judicial. Tramita na 1ª instância ação penal contra o magistrado e mais 17 réus, envolvidos em venda de decisões judiciais, depois de decisão do ministro Mauro Campbell Marques nesse sentido.
Se fosse processo da Lava Jato, certamente, o desembargador obteria decisão favorável, com anulação do processo, como já se procedeu em quase todas as ações penais; basta ir para a 2ª Turma do STF!
Cliente do Banco Pan solicitou na área do cliente, no site, emissão de boleto para quitação de contrato de financiamento de veículo; posteriormente, recebeu mensagens de pessoa que se dizia preposta do banco que lhe remeteu boleto no valor de R$ 2.514,00, pago pela consumidora. Dias depois, a mulher entrou em contato com a mesma pessoa e pediu emissão de um segundo boleto, sobre o mesmo financiamento, e recebeu no valor de R$ 1.328,00, devidamente quitado. Mais adiante, a instituição financeira cobrou da mulher valores que não tinham sido pagos e só aí descobriu que foi vítima de golpe. O juízo de primeira instância condenou o banco no pagamento de R$ 15 mil, como danos morais, mas em recurso a 3ª Turma Recursal de Florianópolis reformou a sentença, sob fundamento de que não se atribuiu conduta culposa ou dolosa do estabelecimento de crédito. O relator, juiz Alexandre Morais da Rosa invocou a Súmula 479, do STJ, para assegurar que as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros. Escreveu o relator: "A jornada do consumidor, ora vítima, poderia ser adquiria de modo válido para o fim de justificar o nexo de causalidade, mas está ausente. Não basta a discussão de ser fraude razoável ou de boa qualidade o ardil perpetrado, já que se deve demonstrar minimamente a participação do Banco ( o nexo culposo), fronteira entre o Fortuito Externo e Interno".
A Corte Especial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais deverá decidir sobre denúncia apresentada pelo Ministério Público contra o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, acusado da prática do crime de corrupção passiva, quando criou cargos fantasmas para seu filho e sua mulher. A Polícia Federal gravou conversas do desembargador promovendo distribuição de cargos públicos. O magistrado foi eleito presidente do Tribunal Regional Eleitoral, em abril/2020, mas deixou o cargo em junho/2021, antes portanto de completar o biênio. Em outubro/2021, o ministro Herman Benjamin, no primeiro julgamento, pediu vista do processo para decidir sobre o recebimento da denúncia.
A juíza federal, substituta no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Maria do Carmo Cardoso, concedeu Habeas Corpus e liberou recursos e nove aeronaves apreendidas por determinação de um juiz, sob suspeitas de atuação em garimpo ilegal de exploração de ouro, na terra indígena yanomami, a maior do país, beneficiando empresários acusados de crimes ambientais, lavagem de dinheiro e organização criminosa; os bens dos empresários foram sequestrados por decisão da Justiça Federal de Roraima, depois de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público; sobre a matéria tramitam três processos. A magistrada tem vinculação com a família Bolsonaro e teve influência na escolha de Kassio Marques para o STF. O clã Bolsonaro trata a juíza de "Tia Carminha" e tem sido "conselheira jurídica da família.
A exploração de ouro na região cresceu bastante desde 2018, quando o presidente Jair Bolsonaro, que defende a mineração nas terras indígenas, passou a facilitar a atuação de empresários. As associação indígenas calculam que atuam na terra yanomami, em torno de 20 mil garimpeiros e são donos de balsas, dragas, "tatuzões" e aeronaves.
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A Câmara Municipal de Ilhabela/SP aprovou ontem aumento de 27,22% nos salários do prefeito, vice e dos secretários municipais. O atual prefeito que ganhava R$ 24 mil passará a perceber R$ 30,5 mil e vice-prefeito e secretários municipais tiveram salários majorados de R$ 14 mil para R$ 17,8 mil. Os outros servidores também obtiveram melhores salários no percentual de 14,19%. A mulher do prefeito, Lúcia Heidorn é secretária municipal e o filho, João Pedro Reale Colucci, é o vice-prefeito. Na votação, em convocação extraordinária, no mês de dezembro, sete vereadores votaram a favor e dois manifestaram contrário ao projeto de aumento; a procuradoria jurídica da Câmara, proferiu parecer contrário ao aumento.
TSE NÃO JULGA
O TSE ainda não julgou a prestação de contas do PSL, no caso da "gambiarra eleitoral", ocorrida em 2018, que beneficiou o presidente Jair Bolsonaro, eleito pelo partido. De conformidade com dados técnicos do Tribunal foram gastos R$ 174 mil em serviços contratados fora do período permitido por lei, com verbas do fundo eleitoral, infringindo a Resolução 23.553/TSE, que pode caracterizar o crime de caixa 2. O processo está parado desde o mês de maio/2021, quando foi escolhido como relator o ministro Carlos Horbach.
STF NÃO JULGA
O ministro Edson Fachin, no final de outubro/2021, enviou ofício ao presidente do STF solicitando prioridade para julgamento da ação penal contra o ex-presidente Fernando Collor de Melo, porque está prestes a prescrever. A denúncia desta ação foi recebida em 2017; Collor é acusado da prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, envolvendo a BR Distribuidora; ele teria recebido R$ 29,5 milhões em propina entre os anos de 2010 a 2014, em troca de contrato com bandeira de postos de combustível celebrado com a Derivados do Brasil e a BR Distribuidora. Em 2019, a então Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu condenação para o ex-presidente em 22 anos, oito meses e 20 dias de prisão, além da multa de 1.400 salários mínimos.
Em outubro/2019, Collor foi absolvido por prescrição em processo que respondia por falsidade ideológica, peculato e corrupção passiva, cometidos quando era presidente em 1992.
SERVIDOR QUERIA ENTRAR SEM VACINAÇÃO
Um servidor do TribunalRegional Federal da 3ª Região ingressou com Habeas Corpus contra portaria do Tribunal, dezembro/2021, que exige comprovante de vacinação contra covid-19 para ingresso ou permanência no prédio do Tribunal; alega que o ato desrespeita sua liberdade de locomoção e atenta contra o livre exercício de sua atividade profissional. Ele queria ter o direito de circular nas dependência da Corte sem precisar de comprovação alguma. O ministro Humberto Martins negou o pedido e escreveu na decisão: "Em consonância com o disposto nos artigos 196 e 225, ambas da Constituição Federal, é firme o entendimento do Supremo Tribunal Federal no sentido de que as decisões capazes de influenciar bens jurídicos de valor supremo, tais como a vida e a saúde, devem ser norteados pelos princípios da precaução e da prevenção...".
TRUMP É INVESTIGADO
O ex-presidente Donald Trump, seu filho, Don Jr e sua filha Ivanka, foram convocados para depor pela Procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, em audiência que será realizada no próximo dia 7 de janeiro. Trata-se de investigação sobre negócios da família Trump. Após a convocação, o ex-presidente ingressou com processo contra Letitia, alegando que ela violava seus direitos constitucionais, porque com investigação com motivações políticas. A Procuradora respondeu que "apesar das numerosas tentativas por parte da Organização Trump para retardar a investigação, temos confiança de que nossas perguntas terão resposta". Disse mais: "A verdade será descoberta porque ninguém está acima da lei e pediu à Suprema Corte para obrigar os três a comparecer à audiência designada.
Salvador, 4 de janeiro de 2022.
O número de infectados pela covid-19 teve substancial crescimento, no mundo, quando foram registrados, nas últimas 24 horas, 2,4 milhões de infectados, dos quais nos Estados Unidos mais de 1 milhão de novos casos.
Se o presidente Jair Bolsonaro não devota o menor respeito às leis eleitorais, no sentido de não fazer propaganda antes do prazo determinado em lei, seus seguidores procedem da mesma forma. Um deputado petista apresentou notícia-crime à Procuradoria-geral da República contra o ministro da Cidadania, João Roma, sob fundamento de que ele fazia propaganda eleitoral antecipada, quando espalhou "outdoors no estado da Bahia". Na petição o parlamentar assegura que é visível a "tentativa de vinculação de sua imagem a um programa social do Governo Federal através da seguinte frase: "Bolsonaro e João Roma, juntos pelo Auxílio Brasil de R$ 400,00", juntamente com a imagem de abraço entre os dois denunciados".
O Procurador Augusto Aras, certamente, vai dar o mesmo destino de vários crimes cometidos por bolsonaristas e vai mandar investigar no órgão interno, apesar dos ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia já terem censurado esse procedimento.