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domingo, 7 de setembro de 2025

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 7/9/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Governo Lula estuda a volta do horário de verão ainda em 2025

Suspenso em 2019, no primeiro ano da gestão Bolsonaro, o horário de verão era utilizado desde 1931

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

O código contra-ataca: IA é a 1ª revolução digital a afetar os próprios profissionais de tecnologia 

Funções agora são feitas por inteligência artificial. Programadores, engenheiros e cientistas devem ser mais atingidos

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Eleições na província de Buenos Aires são 1º grande teste de Milei após escândalo

Comandada pelos peronistas, província mais importante do país vai eleger deputados e senadores no domingo Peronismo tenta se posicionar para 
nacionais de outubro, em meio a suposto esquema envolvendo 
irmã do presidente

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Professor universitário é morto a tiros ao voltar do trabalho em SP

Mário Eugênio Longato era docente e coordenador do curso de Segurança da Informação da Fatec São Caetano do Sul

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Trump ameaça intervenção militar em Chicago

Medida busca replicar a operação já realizada em Washington, onde o governo federal destacou tropas da Guarda Nacional para realizar detenções para deportações

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT 

Empresa de manutenção do Elevador da Glória reage e diz e que "qualquer conclusão nesta fase seria "prematura"

Em comunicado, o advogado da MNTC – Serviços Técnicos de Engenharia afirma que a empresa está a colaborar com as autoridades para determinar a causa do acidente desde o primeiro momento. 


sábado, 6 de setembro de 2025

RADAR JUDICIAL

TRUMP TOMA CONTA DO MUNDO

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou hoje, 5, a criação de uma lista de países que, segundo Washington, promovem “detenções injustas” de cidadãos americanos. A medida, formalizada em decreto, prevê sanções severas, semelhantes às aplicadas a nações acusadas de patrocinar o terrorismo. Os países designados como “patrocinadores de detenções injustas” poderão sofrer restrições econômicas, controles de exportação e até proibição da entrada nos EUA de autoridades envolvidas. O Departamento de Estado também poderá impor limites às viagens de cidadãos americanos a esses destinos, como já ocorre com a Coreia do Norte. 

Embora o governo não tenha divulgado nomes, um funcionário citado pela AFP afirmou que China, Irã e Afeganistão estão sob análise, acusados de praticar a chamada “diplomacia de reféns”. Segundo o assessor presidencial Sebastian Gorka, “os cidadãos americanos não serão usados como moeda de troca”. A proteção a presos no exterior tem sido prioridade da política externa dos EUA. Washington já negociou trocas de prisioneiros, como no caso da Rússia. De acordo com o governo, 72 americanos foram libertados durante a gestão Trump. O processo de identificação começa com a assistência consular e a avaliação se a prisão é motivada politicamente ou usada como barganha diplomática. No governo Biden, houve avanços: a China libertou todos os americanos que Washington considerava detidos injustamente, após flexibilização de restrições de viagem.

TAXA DE DESEMPREGO NOS EUA

A taxa de desemprego dos EUA subiu para 4,3% em agosto, ante 4,2% em julho, segundo o Departamento do Trabalho. Foram criados apenas 22 mil empregos fora do setor agrícola no mês, contra 79 mil em julho. Economistas previam 75 mil novas vagas, mas o resultado veio muito abaixo das expectativas. Foi a primeira vez desde a pandemia que o número de desempregados superou o de vagas abertas. O mercado de trabalho mostra crescimento quase estagnado, afetado por tarifas de importação e restrições à imigração. A fraqueza vem das contratações, com baixa rotatividade e poucas admissões ou demissões. Segundo Ernie Tedeschi, o crescimento atual é impulsionado por novas empresas. O cenário pressiona o Fed, que mantém a taxa de juros entre 4,25% e 4,5%. Donald Trump defende corte de três pontos percentuais nos juros. A decisão será discutida na reunião do Fed em 16 e 17 de setembro.

EM EVENTO, HINO AMERICANO É VAIADO

A segunda edição da NFL no Brasil ocorreu nesta sexta-feira (5), em Itaquera, unindo esporte e entretenimento. O evento contou com shows, fogos de artifício, pulseiras luminosas e a presença de celebridades como Neymar e Luciano Huck. Apesar da expectativa, Taylor Swift não apareceu, embora sua vinda tivesse sido divulgada. O gramado, alvo de críticas em 2024, foi elogiado após reforma e suportou bem a vitória do Los Angeles Chargers sobre o Kansas City Chiefs por 27 a 21. Ainda assim, houve vaia ao hino dos EUA, em meio à tensão diplomática gerada pelas tarifas de 50% impostas por Donald Trump ao Brasil. No intervalo, Karol G animou o público com sucessos de sua turnê, enquanto Ana Castela cantou o hino brasileiro. O transporte público funcionou em horário estendido, e a venda de cerveja foi liberada, algo incomum nos jogos nacionais.

SERVIDOR, ACUSADO DE VENDA DE DECISÕES

O Superior Tribunal de Justiça demitiu hoje, 5, o técnico judiciário Márcio José Toledo Pinto, acusado de integrar esquema de venda de decisões. Segundo o processo administrativo, ele modificava e vazava minutas para o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, suspeito de negociar resultados favoráveis em troca de propina. Pinto atuou nos gabinetes das ministras Isabel Galotti e Nancy Andrighi. A portaria de demissão afirma que ele usou o cargo para “lograr proveito pessoal ou de outrem” e revelou segredos funcionais, condutas proibidas por lei. O caso é investigado pela Polícia Federal desde o ano passado, com autorização do ministro Cristiano Zanin, do STF. As apurações já resultaram em afastamentos de magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. A investigação começou a partir de informações no celular do advogado Roberto Zampieri, morto a tiros em Cuiabá em dezembro de 2023. Segundo a PF, dados encontrados no aparelho indicam que servidores do STJ teriam repassado informações sigilosas de gabinetes. Esses repasses eram usados para pressionar e extorquir terceiros. O acesso ao celular de Zampieri gerou disputa judicial, mas acabou liberado.

RELAÇÃO DE EMPREGO

A 11ª Câmara do TRT da 15ª Região reconheceu vínculo de emprego entre uma trabalhadora e empresa de bingo. Ela foi admitida em 17/10/2022 como gerente de cartonagem, também atuando em tarefas de limpeza. Na 2ª Vara de Campinas, seus pedidos foram negados sob o argumento de que a atividade de jogos é ilícita. No recurso, alegou que também prestava serviços lícitos, pedindo nulidade da sentença. A empresa admitiu prestação de serviços, mas não comprovou que eram eventuais. A relatora destacou que os serviços eram pessoais, diários e remunerados. Sem provas de que a autora trabalhava quando queria, ficou caracterizado o vínculo. A ilicitude do bingo não impede o reconhecimento da relação de emprego. Negar o vínculo seria perpetuar desigualdade de gênero e exploração da trabalhadora. O acórdão fixou vínculo de 17/10/2022 a 1º/3/2023, com salário de R$ 2.500,00.

TRIBUNAL CRIA VARA CONTRA FACÇÕES E CORRUPTOS

O Tribunal de Justiça de Mago Grosso, em sessão de quinta-feira, 4, criou a 3ª Vara Criminal da Comarca de Barra do Garças, que julgará os crimes de tráfico de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro e delitos conta a ordem tributária, econômica e de consumo. 

Santana/Ba, 6 de setembro de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso 
Pessoa Cardoso Advogados.




SAIU NA FOLHA DE SÃO PAULO

Marcos Augusto Gonçalves

Editor da Ilustríssima, formado em administração de empresas com mestrado em comunicação pela UFRJ. Foi editor de Opinião da Folha

SALVAR ARTIGOS

Marcos Augusto Gonçalves
Descrição de chapéuELEIÇÕES 2026  GOVERNO TARCÍSIO

Tarcísio sai do armário e se entrega à política golpista

Na tentativa de se cacifar na extrema direita, governador de São Paulo acaba com a fantasia de 'bolsonarista moderado'

Se restava alguma dúvida, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem dado renovadas demonstrações de seu alinhamento à extrema direita, juntando-se à ralé ideológica e moral bolsonarista, com direito ao que há de mais abjeto no centrão.

Nos últimos dias, em busca de se cacifar com os radicais, tendo em vista a ausência de Bolsonaro em 2026, o governador saiu do armário e rasgou a fantasia de que seria um improvável "bolsonarista moderado". No afã de agradar os seguidores de seu demiurgo, Tarcísio não tem feito por menos: declarou que, se eleito presidente, seu primeiro ato de governo (atenção, o primeiro!) será conceder indulto ao capitão golpista; afirmou também, em declaração alarmante, que não confia na Justiça brasileira (o que lhe valeu até um vexatório sabão em editorial do vetusto jornal O Estado de S. Paulo); engajou-se, ainda, na aventura de aprovar no Congresso um golpe contra a Justiça e a Constituição com a proposta delirante de uma "anistia ampla, geral e irrestrita".

Note-se que o mandatário já havia feito o papel ridículo de posar em suas redes sociais com o boné de Donald Trump; a seguir, em novo sinal de subordinação, rastejou diante do presidente dos EUA, em apoio às sanções tarifárias impostas ao Brasil.

Tarcísio conta com as indisfarçáveis simpatias de setores majoritários do mercado e do empresariado, com as suas correspondentes redes e câmaras de eco na opinião pública. São segmentos influentes que, em seu desespero para impedir novo mandato de Lula, topam tudo —o lixo golpista— por dinheiro. No caso, privatizações e corte de despesas sociais, com o objetivo de consumar um projeto de ajuste fiscal custeado pelos mais pobres.

O governante, como se sabe, não tem experiência política digna de nota e mal conhecia o estado. Foi um poste indicado por Jair Bolsonaro para pegar os paulistas. No governo, enfrenta dificuldades na segurança pública, que registra, entre outros problemas, uma disparada de mortes provocadas por policiais.

É também acossado por um escândalo de corrupção de grandes proporções na Fazenda estadual, e tem patinado na área educacional, com resultados medianos e a obsessão de instalar escolas cívico-militares como referência. Quanto a isso, aliás, o mandatário viu há pouco o TCE frustrar suas tentativas de usar verbas da Educação para pagamento de policiais militares, o que caracteriza desvio de finalidade. A fiscalização também apontou a inexistência de estudos prévios de impacto orçamentário e financeiro.

Não obstante a performance duvidosa, Tarcísio conta com alguma boa vontade de setores da população, embora mais da metade considere seu governo regular, ruim ou péssimo. Na fotografia atual, segundo o Datafolha, o governador perderia para Lula na disputa presidencial e empataria com Geraldo Alckmin no estado.

Errático, o personagem joga com dissimulações. Ora insinua que será postulante ao Planalto, ora que tentará de novo o Bandeirantes. Apesar da crescente movimentação do centrão para que se lance na campanha nacional, as incertezas no horizonte não são pequenas. Tarcísio corre o risco, em cenário periclitante, de perder a corrida presidencial e ver um adversário triunfar em São Paulo. Já pensou? 

AÇÕES DE VALOR INFERIOR A R$ 100 MIL

A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) recebeu um Projeto de Lei que autoriza a Procuradoria Geral do Estado (PGE) a desistir de ações em andamento de até R$ 100 mil e a não ajuizar execuções fiscais desse valor. A proposta, de nº 25.934/2025, foi protocolada nesta sexta-feira (5). 
Segundo o governador Jerônimo Rodrigues, a medida busca racionalizar a recuperação de créditos públicos, já que os custos de cobrança muitas vezes superam o valor recuperado. Ele destacou que o projeto atualiza o piso judicial para cobranças tributárias, adequando-o à realidade econômica e garantindo maior eficiência ao Estado. O texto permite ainda que a PGE condicione novas ações à existência de indícios de bens ou atividade econômica que viabilizem o pagamento.

O procurador-geral do Estado definirá critérios para essa análise, com base em princípios de racionalidade, economicidade e eficiência. O PL também revoga o parágrafo 1º do artigo 4º da Lei nº 13.729/2017, que obrigava os procuradores a consultar superiores antes de desistir de processos até R$ 100 mil. Com isso, os procuradores terão mais autonomia para encerrar ações de pequeno valor. O Executivo afirma que a mudança se alinha à Política de Consensualidade do Estado da Bahia, aprovada em 2024, que prioriza soluções alternativas e redução de custos judiciais e administrativos.

 

TRIBUNAIS GASTAM ALTOS VALORES EM OLIMPÍADAS

Nove Tribunais de Contas gastaram R$ 1,4 milhão para custear servidores e conselheiros que participaram das olimpíadas da categoria em Foz do Iguaçu, no fim de agosto. A programação incluiu hospedagem em resorts de luxo e disputas em diversas modalidades, de futebol a truco. Os tribunais bancaram inscrições, diárias, uniformes, fisioterapia e assessorias esportivas. A soma pode ser ainda maior, já que nem todas as cortes divulgaram dados completos. Organizado pela Associação Nacional Olímpica dos Servidores dos Tribunais de Contas (ANOSTC), o evento reuniu 1.716 atletas de 40 delegações. Desse total, 1.396 eram de tribunais brasileiros. O TCE-AM foi bicampeão e também líder em gastos: R$ 625 mil, incluindo R$ 442 mil em inscrições, R$ 51,6 mil em uniformes, R$ 58,2 mil em fisioterapia e R$ 59,7 mil em assessoria esportiva. A presidente Yara Lins acompanhou a delegação e celebrou o título. O TCM-PA gastou R$ 230,6 mil para 72 atletas e três conselheiros, hospedados em hotel de águas termais. O TCE-RO desembolsou R$ 156 mil em inscrições de 78 servidores, sob justificativa de “bem-estar”. O TCE-TO pagou R$ 297 mil em inscrições e R$ 17,4 mil em diárias de autoridades. Já o TCE-MT bancou diárias para preparativos, e o TCE-AL cobriu gastos de viagem em congresso técnico. O TCE-PE custeou R$ 16,7 mil em diárias de capacitação, mas atletas pagaram inscrições e hospedagens. O MPC-PA desembolsou R$ 38 mil para 10 atletas.

Muitos tribunais dispensaram servidores do ponto. No TCU, 72 participaram sem custos para a instituição, mas em junho o órgão gastou R$ 9,4 mil em diárias de preparativos. O ministro Augusto Nardes esteve na abertura. Outros tribunais alegaram que custos foram pessoais, com compensação de horas ou férias, como TCE-RS, TCE-SC e TCM-SP. Alguns conselheiros participaram pessoalmente, como no TCE-PB, mas sem transparência sobre despesas. Tribunais de Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Sergipe não responderam. Outros, como TCE-SP, TCE-ES e TCE-CE, não enviaram delegações. 

TRUMP MUDA DE "DEPARTAMENTO DE DEFESA" PARA "DEPARTAMENTO DE GUERRA"

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ontem, 5, ordem executiva para mudar o nome do Departamento de Defesa, conhecido como Pentágono, para “Departamento de Guerra”. 
A medida autoriza o secretário de Defesa, Pete Hegseth, e outros integrantes da pasta a usarem títulos como “secretário de Guerra” em documentos oficiais. Segundo Trump, a mudança envia “uma mensagem de vitória e força” aos inimigos. “É um nome mais apropriado, considerando a situação atual do mundo”, disse. Hegseth comemorou e afirmou que a mudança busca “restaurar o espírito guerreiro” das Forças Armadas. “Vamos para a ofensiva, não só na defesa. Letalidade máxima”, declarou. Na prática, a alteração depende de aprovação do Congresso. Apesar disso, as redes sociais do Pentágono já exibem o novo nome.

Questionado sobre a exigência legal, Trump respondeu: “vamos seguir em frente”. Desde janeiro, o presidente tem promovido renomeações em locais e instituições. O Departamento de Defesa era chamado de Departamento de Guerra até 1949. Na época, o Congresso unificou Exército, Marinha e Força Aérea após a Segunda Guerra. A mudança simbolizava a prioridade de prevenir conflitos na era nuclear. Trump, no entanto, disse que foi resultado de “politicamente correto” e “woke”. Críticos consideram a proposta cara e uma distração desnecessária. Já Hegseth afirma que a alteração é mais que simbólica: trata-se de resgatar o espírito guerreiro. Trump defendeu que “a Defesa está muito defensiva” e precisa de postura ofensiva. No mês passado, ele já havia sugerido a mudança em discursos públicos. Para opositores, a medida não passa de estratégia política.


ISRAEL DESTRÓI PRÉDIO RESIDENCIAL

Um bombardeio israelense ontem, 5, derrubou um prédio residencial de 14 andares na Cidade de Gaza, o edifício Mushtaha, segundo maior da Faixa de Gaza. 
Ainda não há informações sobre vítimas. O Exército israelense confirmou o ataque e afirmou que o prédio era usado pelo Hamas para planejar operações. Segundo militares, medidas foram tomadas para reduzir riscos a civis. O ataque, registrado pela Reuters, utilizou três mísseis de precisão. As explosões atingiram a base do prédio, que desmoronou. A construção ficava próxima a um campo de refugiados com centenas de tendas. Centenas de palestinos presenciaram o ataque. Moradores relataram que outros arranha-céus também foram bombardeados na cidade.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que 30 pessoas morreram só nesta sexta-feira. Dessas, 20 estavam na Cidade de Gaza. Os ataques integram nova ofensiva terrestre israelense contra a maior cidade do território. Com mais de 1 milhão de habitantes, a área é considerada último reduto do Hamas. Israel declarou controlar 40% da cidade e prometeu ampliar a ofensiva. A guerra começou em 7 de outubro de 2023 com ataque do Hamas ao sul de Israel. Na ocasião, 1.200 pessoas foram mortas e 251 levadas como reféns.
Desde então, mais de 64 mil palestinos morreram, segundo autoridades de Gaza. Grande parte do enclave está em ruínas. A população enfrenta uma grave crise humanitária.

MILEI PERDE PODER

Em mais uma derrota para Javier Milei, o Senado argentino aprovou, na madrugada de ontem, 5, projeto que restringe o uso dos Decretos de Necessidade e Urgência (DNUs). 
A medida foi votada horas após os senadores derrubarem, pela primeira vez, um veto presidencial. O projeto, ainda pendente na Câmara, impõe limites a um governo que é minoria no Congresso e enfrenta crise com escândalos de corrupção ligados a Karina Milei. Assim, o Executivo acumula sua 20ª derrota consecutiva no Legislativo. A proposta determina que cada DNU precisará ser ratificado pelas duas Casas em até 90 dias. Caso não haja aprovação, o decreto será automaticamente revogado. Hoje, os DNUs valem até rejeição expressa do Congresso. Com a mudança, bastará uma das Casas rejeitar para que o decreto caia. O texto foi aprovado por 56 votos a favor, 8 contra e 2 abstenções, com apoio da oposição peronista. Também proíbe “leis-ônibus”, reuniões durante o recesso para tratar de DNUs e decreta vedação de reedição sobre matérias já rejeitadas.

A oposição acusa Milei de abusar dos DNUs em vez de negociar com o Congresso. Governo alega que a votação foi apressada e motivada por interesse em enfraquecer a Casa Rosada. Na mesma sessão, o Senado derrubou veto à Lei de Emergência para Pessoas com Deficiência. A lei atualiza taxas de serviços e cria pensão de 70% do benefício mínimo de aposentadoria. Foi a primeira vez que Milei teve um veto revertido pelo Congresso. As derrotas ocorrem às vésperas da eleição na província de Buenos Aires, no próximo domingo7. O cenário evidencia a fragilidade do governo no Parlamento. Em 26 de outubro, haverá renovação parcial das duas Casas legislativas. Com Milei nos EUA, a vice-presidente Victoria Villarruel presidiu a sessão. Governistas ficaram isolados, enquanto opositores usaram o escândalo na agência de deficiência para criticar cortes do governo. 

TRUMP GOVERNA COMO QUER

A tradição política dos EUA sempre rejeitou o governo de um só homem, mas Trump governa por decreto, enviando tropas, impondo tarifas e intimidando adversários. 
Apesar da rejeição da maioria dos americanos, ele avança rapidamente, antes que instituições como a Suprema Corte possam reagir. O Partido Republicano o apoia quase incondicionalmente, transformando debates em disputas sobre o “verdadeiro significado” de suas palavras. Instituições independentes poderiam freá-lo, mas a competição entre elas dificulta a coordenação. Trump usa vingança e intimidação: críticos perdem cargos, enfrentam investigações ou represálias políticas. Diante disso, a oposição recai sobre os democratas, que se mostram desorganizados e divididos. Eles não sabem se devem radicalizar a linguagem, buscar o centro ou apostar na autenticidade. A base democrata se frustra, pois Trump é impopular, mas ainda mais popular que o próprio partido. No curto prazo, as eleições de meio de mandato podem impor limites, embora o gerrymandering reduza distritos competitivos. Uma Câmara democrata teria poder de fiscalização crucial contra abusos do Executivo. No longo prazo, porém, a marca democrata está enfraquecida.

Apesar de maior confiança em saúde, meio ambiente e democracia, perdem terreno em crime e imigração. Na eleição de 2024, Kamala Harris foi vista como mais extrema que Trump, prejudicando a legenda. A demografia também não favorece: republicanos crescem entre jovens e eleitores não brancos, enquanto democratas perdem a classe trabalhadora branca. Com apenas 40% dos adultos com diploma universitário, o apelo progressista tem alcance limitado. Os democratas ainda subestimam a habilidade de Trump em armar armadilhas políticas. Questões como cortes na ajuda externa, envio de tropas ou ataques a traficantes expõem dilemas difíceis. Ao denunciar abusos de poder, os democratas parecem apoiar criminosos ou gangues. O partido precisa responder por que muitos eleitores os veem como extremistas. Essa reflexão é central para enfrentar o risco de um governo cada vez mais personalista. 

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 6/9/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Para evitar ação do crime organizado, BC anuncia novas regras para o Pix

Entre as novidades, que também incluem operações com TED, estão o limite de transações e exigência para funcionamento de bancos

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Análise: Trump reivindica poder de execução sumária contra narcotraficantes como se estivesse em guerra

Especialistas veem risco de líder republicano transformar combate às drogas em guerra sem base legal

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP 

Pastores da onda 'presidente Bolsonaro' não abraçam 'réu Bolsonaro'

Simpatia permanece, mas apoio de líderes evangélicos a ex-presidente julgado pelo STF é mais tímido

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

José Dirceu diz que Tarcísio 'não tem força nenhuma' sem Bolsonaro

Apontado como provável sucessor do ex-presidente, governador atua 
para avanço do PL da Anistia na esperança de ter a candidatura 
chancelada pelo padrinho político

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

“Estamos muito desapontados com Brasil e estamos cobrando altas tarifas”, diz Trump

“Adoro as pessoas do Brasil, mas governo atual é muito para a esquerda”, 

disse ele em coletiva de imprensa na Casa Branca.

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT 

Elevador da Glória. Equipa de Moedas recusa comparações com Coelho e Medina

Coligação Por Ti, Lisboa reage a "tentativas de especulação e aproveitamento político" do acidente que matou 16 no Elevador da Glória. E marca diferenças em relação a Entre-os-Rios e ao "Russiagate".