CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
Pesquisar este blog
quinta-feira, 20 de maio de 2021
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 20/05/2021
quarta-feira, 19 de maio de 2021
CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 19/05/2021
PROCESSO DISCIPLINAR COM CINCO DESEMBARGADORES SUSPEITOS
Tramita no Tribunal de Justiça da Bahia processo administrativa disciplina contra o juiz João Batista Alcântara Filho, desde setembro/2020. A acusação é de que o magistrado, na condição de auxiliar da 2ª Vara Cível de Barreiras, proferiu sentenças sem competência, a exemplo de um embargo de execução com valor de R$ 1 milhão, em ação de cobrança de dívida de R$ 2,8 milhões, que tramitava na 3ª Vara Cível. A dificuldade para movimentar o processo disciplinar reside no fato de que cinco desembargadores já se deram por suspeitos ou impedidos.
Inicialmente, o desembargador Luiz Fernando Lima, depois a desembargadora Regina Helena Ramos, seguida da desembargadora Silvia Zarif, Heloísa Graddi e Joanice Guimarães; o último sorteio apontou o sexto relator, desembargador Júlio Travessa, que teve de reiniciar o processo porque, depois do afastamento do magistrado, o Ministério Público não tinha sido intimado para manifestar.
CONCURSO PARA DEFENSOR PÚBLICO
A Defensoria Pública da Bahia, através de edital, publicado hoje, promoverá concurso para defensores, com inscrição a ser iniciada na segunda feira, 24/05, até 23/06, na Fundação Carlos Chagas, devendo o candidato pagar a taxa de R$ 280,00. O salário do Defensor Público é de R$ 22,5 mil. O certame será dividido em quatro etapas, constantes de: prova objetiva seletiva, no dia 1º/8/2021; provas discursivas de caráter específico nos dias 2 e 3 de outubro/2021, prova oral entre os dias 15 a 17/01/2022 e remessa de comprovações para avaliação de títulos entre os dias 6 a 10/01/2022. O resultado final deverá acontecer no dia 17/03/2022.
Estarão disponibilizadas 12 vagas, além de 1 vaga para deficientes e 5 para população negra. A matéria para o concurso está no Anexo I do Edital.
TRIBUNAL PREPARA AUXILIO SAÚDE, MAS EXCLUI MAGISTRADOS E SERVIDORES INATIVOS
Através da Resolução 207/2015, o CNJ permite aos tribunais celebrar convênio com operadoras de assistência à saúde ou conceder auxilio-saúde aos magistrados e servidores da ativa ou aposentados, assim como aos seus dependentes. A norma recomenda o limite máximo de 10% sobre o subsídio. O Tribunal de Justiça da Bahia, pretende adotar parecer da Comissão de Reforma no sentido de fixar este percentual, mas destinado somente para magistrados e servidores na ativa. O Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Judiciário, SINTAJ, manifestou contra a votação, sem maiores debates, excluindo os inativos de uma e outra classe. A representação dos servidores encaminhou sugestões, mas o Tribunal parece querer aprovar a medida sem discussão, tendo negado ao SINTAJ acesso a propostas que tramitam no Tribunal.
O Sindicato defende o benefício para magistrados e servidores da ativa e inativos, porquanto os aposentados são os mais necessitados, porque têm maiores gastos com a saúde, depois de longos anos na atividade. Os servidores prometem ingressar com ação junto ao CNJ, mas a classe dos magistrados ainda não se manifestou.
FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLAM O JUDICIÁRIO, FEBEAJU (XXIII)
A Operação Anaconda iniciou-se em 2002, passando um ano com investigações de escutas telefônicas para chegar ao responsável pela articulação de extorsão e vendas de sentenças em São Paulo. A quadrilha era composta pelo ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos, um agente federal, um delegado federal, o advogado e ex-delegado federal Jorge Luiz Bezerra da Silva, mais um senador da República e um empresário no ramo de construção; ainda integrava o bando a mulher de Rocha Mattos, mais outros advogados. Na época, foi considerado um dos maiores escândalos do Judiciário, mas ocorrências semelhantes têm ocorrido com certa assiduidade, algumas das quais já retratadas no FEBEAJU.
O então juiz João Carlos da Rocha Mattos absolveu muitos réus e algumas indústrias farmacêuticas acusadas de lobby junto a magistrados para impedir a comercialização de medicamentos genéricos. As práticas de corrupção de Rocha Mattos culminaram com sua prisão em 2003 em condenação de 12 anos, pela prática dos crimes de formação de quadrilha, denunciação caluniosa e abuso de autoridade; permaneceu preso por quase 8 anos, 2004 a 2011, recebendo o benefício da domiciliar em abril/2011. Em 2015, recebeu outra condenação de 17 anos, cinco meses e dez dias, pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, de conformidade com sentença do juiz federal Paulo Bueno de Azevedo.
Além dos altos valores depositados pelo ex-juiz, na Suiça, o Ministério Público Federal assegurou que os investigadores encontraram, em 2003, US$ 550,5 mil na casa da ex-mulher de Rocha Mattos, mais R$ 790 mil em contas no Brasil e no exterior; após a quebra do sigilo do ex-juiz, descobriu-se depósito de R$ 116 mil, resultado de venda de sentença, na Operação Anaconda. Em 2015, a Procuradoria-geral da República noticiou que repatriou US$ 19,4 milhões, depositado em conta do juiz, na Suiça. Em 2016, Rocha Mattos teve outra condenação de quatro anos e seis meses de reclusão, pela prática do crime de peculato.
Em 2020, o juiz José Fabiano Camboim de Lima, da Vara de Execuções de São Paulo, autorizou a progressão da pena de Rocha Matos para o regime semiaberto, face ao bom comportamento carcerário e considerando o relatório psicossocial, no qual se registra o arrependimento do magistrado. O ex-juiz confessou ter plano de trabalhar com o filho advogado e mostrou-se consciente de suas transgressões.
E assim, anda o Judiciário que descobre prática criminosa de muitos magistrados, mas pune bem poucos!
Salvador, 18 de maio de 2021.
STF ANULA DECISÕES CONTRA TEMER
O ministro Alexandre de Moraes, indicado para o STF, pelo ex-presidente Michel Temer, anulou decisões do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, inclusive o recebimento de denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal. É mais uma decisão de admitir incompetência da Justiça do Rio de Janeiro, determinando remessa dos processos para a Justiça de Brasília. Trata-se de irregularidades em contratos das obras da usina de Angra 3, localizada no Rio de Janeiro, e que provocou o desvio de R$ 11 milhões, em benefício do ex-presidente.
Em abril, o mesmo ministro declarou a 7ª Vara como incompetente para processar e julgar ação penal contra Temer e seu ex-ministro Wellington Moreira Franco, mais seis denunciados, pela prática dos crimes de corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro, na Operação Descontaminação.
PROCURADORIA NO ENCALÇO DE TRUMP
A Trump Organization, empresas de hotéis e campos de golfe, da família do ex-presidente, Donald Trump, está sendo alvo de investigação civil e criminal, segundo comunicado da Procuradoria-geral do estado de Nova York. Há suspeitas de fraudes bancárias e em seguros por evasão fiscal. O ex-presidente nega qualquer irregularidade e insiste na afirmação de "caça às bruxas política".
A investigação contra Trump iniciou com a compra do silêncio de duas mulheres que afirmaram ter tido casos com Trump e daí seguiu para evasão fiscal e fraude. O inquérito conta com acesso às declarações do imposto de renda do ex-presidente, depois de luta de 4 anos de resistência, até a Suprema Corte autorizar.
POLÍCIA FEDERAL NO MINISTÉRIO
Depois de investigações, iniciadas em janeiro, com informações obtidas de autoridades estrangeiras sobre exportação de madeira, a pedido da Polícia Federal, o ministro Alexandre de Moraes, STF, ordenou o cumprimento de mandados de busca e apreensão na sede do ministério e em endereços de pessoas ligadas ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A investigação presta-se para apurar o desvio de conduta de servidores públicos na exportação de madeira. O ministro Moraes determinou o afastamento do presidente do IBAMA, Eduardo Bim, além de suspender um despacho dele de fevereiro/2020, acerca de autorização de exportação de madeiras. Foi decretada a quebra de sigilos bancário e fiscal de Ricardo Salles e de servidores do IBAMA.
A Polícia Federal cumpre 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em São Paulo e no Pará, com 160 policiais na operação. Os investigados poderão responder pela prática dos crimes contra a administração pública, como corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando, de autoria de agente públicos juntamente com empresários do ramo madeireiro.
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 19/05/2021
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF