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terça-feira, 27 de novembro de 2018

A MORTE DA VERDADE

Michiko Kakutani, no seu livro “A Morte da Verdade”, recentemente lançado, diz que nos tempos atuais, qualquer ideia objetiva da verdade é ridicularizada, principalmente no cenário norte-americano. Ela assegura que ideologias desacreditadas voltam a ter influência na cultura atual, através da expressão que denomina de "sabedoria das massas". Nas redes sociais, na literatura, na TV, no mundo acadêmico ou na política colocaram a subjetividade acima da realidade. 

A autora assegura que as redes sociais ajuda a isolar as pessoas em “bolhas”, de forma que só haja conversação entre indivíduos que pensam da mesma forma. O populismo, na globalização, as mudanças tecnológicas, juntamente com a crise financeira de 2008 incutiu no povo certa ansiedade que levam essas pessoas a temer perder o emprego ou seu status, tornando presa fácil dos politicos inescrupulosos. Ademais, as vozes desses populistas demogogos têm sucesso e chama a atenção da sociedade. 

Ela descreve que os americanos estão acordando para a ameaça representada por Donald Trump, espalhando a desconfiança nas instituições, colocando em perigo a independência do Judiciário, desacreditando o FBI e tentando subverter a credibiliade do sistema eleitoral. O presidente sabota as instituições, criando descrença nelas ao ponto de esperar que o cidadão pare de participar do processo político. 

Kakutani diz que depois da eleição de Trump, do “brexit” e das ameaças à democracia em todo o mundo, os americanos estão reconhecendo a teimosia do presidente dos Estados Unidos, seu desprezo ao Estado de Direito e a demonstração maior dessa mudança situa-se no controle da Câmara dos Deputados pelos democratas, nas últimas eleições. 

A escritora afirma que o ressurgimento do autoritarismo e a erosão das normas democráticas nos Estados Unidos, em parte da Europa, na América Latina e na Ásia é resultado do triunfo da democracia liberal, profetizada depois do fim da União Soviética. Informa que "os milagres da tecnologia têm um lado escuro, com a inteligência artificial e a automação levando à perda de empregos". 

Mais adiante, fala a escritora sobre a desigualdade, resultante da globalização e do livre comércio. Enfim, o livro é atual e com verdades incontestáveis. 

Salvador, 26 de novembro de 2018. 

Antonio Pessoa Cardoso 
Pessoa Cardoso Advogados.

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