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quarta-feira, 20 de março de 2024

ISRAEL QUER ACABAR COM PALESTINOS

A guerra desencadeada por Israel contra a Palestina torna-se cada dia mais verdadeira carnificina, na qual um povo praticamente desarmado recebe bombardeios e tiros, com mortes diariamente, noite e dia, sem que o mundo se movimente para evitar essa tentativa de acabar com um povo. Os israelenses não respeitam doentes, idosos, crianças ou mulheres, invadem com crueldade hospitais, cemitérios e escolas e saem atirando para todos os lados, vendo no semelhante um inimigo que deve ser eliminado. Na segunda-feira, 18, os bárbaros, em operação no hospital Al-Shifa, maior da Faixa de Gaza, confessaram que mataram mais de 50 pessoas, além da prisão de outras 180. No dia de hoje, 20, o número de mortos pulou para 90, pouco menos que o dobro do que ocorreu na segunda-feira, 18; foram detidas 160 pessoas. O hospital, situado no norte de Gaza, é um dos poucos que ainda opera parcialmente, frente à escassez de suprimentos, falta de condições de trabalho e destruição. 

Esta é a segunda invasão a este hospital promovida pelos israelenses e de nada serviram as críticas e protestos acerca daquele primeiro ataque. Nesta segunda incursão, havia no hospital 20 médicos, 60 enfermeiras e centenas de pacientes. O médico vice-diretor do departamento de emergência do Al-Shifa, Amjard Eliwah, em entrevista à BBC, declarou que os invasores consideravam inimigos todos os que estavam no prédio e informou a existência de muitos feridos e "pessoas sangrando". O médico declarou que sua equipe estava buscando abrigo nos corredores do local de trabalho, no hospital, e "receberam ordens através de um alto-falante para não se moverem". É a forma como os israelenses procedem nessa guerra fratricida, sem intimidar com o mínimo de respeito ao próximo. 

No dia de ontem, além do hospital, os militares invadiram duas escolas, localizadas nas proximidades do hospital, onde prenderam as pessoas que estavam no interior das escolas e mandou que as mulheres saíssem da área. O correspondente da emissora Qatar Al Jazeera, Ismail al-Ghoul, foi agredido e o carro, usado pela equipe que cobria o noticiário, destruído. Os Estados Unidos dizem que tem envidado esforços para evitar a ofensiva terrestre em Rafah, onde estão mais de um milhão de pessoas, deslocadas de suas residências. Um dos moradores, Ibrahim Hasouna, declarou que "há apoio dos EUA, apoio europeu e apoio de todo o mundo para Israel. Eles os apoiam com armas e aviões". Disse mais: "Eles zombam de nós e enviam quatro ou cinco entradas aéreas (de ajuda humanitária) apenas para deixar uma boa impressão". Israel tem impedido até mesmo a ajuda humanitária e o povo passa fome; segundo um monitor internacional da fome, onde a ONU se baseia, as carências no território palestino "já ultrapassam os níveis de fome". O chefe de direitos humanos das Nações Unidos assegura que "o alcance de Israel à ajuda humanitária pode ser um crime de guerra". Até ontem, 19, o total de 171 membros de agências das Nações Unidas foram mortos no conflito.

Salvador, 20 de março de 2024.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.   



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