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A guerra desencadeada por Israel contra a Palestina torna-se cada dia mais verdadeira carnificina, na qual um povo praticamente desarmado recebe bombardeios e tiros, com mortes diariamente, noite e dia, sem que o mundo se movimente para evitar essa tentativa de acabar com um povo. Os israelenses não respeitam doentes, idosos, crianças ou mulheres, invadem com crueldade hospitais, cemitérios e escolas e saem atirando para todos os lados, vendo no semelhante um inimigo que deve ser eliminado. Na segunda-feira, 18, os bárbaros, em operação no hospital Al-Shifa, maior da Faixa de Gaza, confessaram que mataram mais de 50 pessoas, além da prisão de outras 180. No dia de hoje, 20, o número de mortos pulou para 90, pouco menos que o dobro do que ocorreu na segunda-feira, 18; foram detidas 160 pessoas. O hospital, situado no norte de Gaza, é um dos poucos que ainda opera parcialmente, frente à escassez de suprimentos, falta de condições de trabalho e destruição.
Esta é a segunda invasão a este hospital promovida pelos israelenses e de nada serviram as críticas e protestos acerca daquele primeiro ataque. Nesta segunda incursão, havia no hospital 20 médicos, 60 enfermeiras e centenas de pacientes. O médico vice-diretor do departamento de emergência do Al-Shifa, Amjard Eliwah, em entrevista à BBC, declarou que os invasores consideravam inimigos todos os que estavam no prédio e informou a existência de muitos feridos e "pessoas sangrando". O médico declarou que sua equipe estava buscando abrigo nos corredores do local de trabalho, no hospital, e "receberam ordens através de um alto-falante para não se moverem". É a forma como os israelenses procedem nessa guerra fratricida, sem intimidar com o mínimo de respeito ao próximo.
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No dia de ontem, além do hospital, os militares invadiram duas escolas, localizadas nas proximidades do hospital, onde prenderam as pessoas que estavam no interior das escolas e mandou que as mulheres saíssem da área. O correspondente da emissora Qatar Al Jazeera, Ismail al-Ghoul, foi agredido e o carro, usado pela equipe que cobria o noticiário, destruído. Os Estados Unidos dizem que tem envidado esforços para evitar a ofensiva terrestre em Rafah, onde estão mais de um milhão de pessoas, deslocadas de suas residências. Um dos moradores, Ibrahim Hasouna, declarou que "há apoio dos EUA, apoio europeu e apoio de todo o mundo para Israel. Eles os apoiam com armas e aviões". Disse mais: "Eles zombam de nós e enviam quatro ou cinco entradas aéreas (de ajuda humanitária) apenas para deixar uma boa impressão". Israel tem impedido até mesmo a ajuda humanitária e o povo passa fome; segundo um monitor internacional da fome, onde a ONU se baseia, as carências no território palestino "já ultrapassam os níveis de fome". O chefe de direitos humanos das Nações Unidos assegura que "o alcance de Israel à ajuda humanitária pode ser um crime de guerra". Até ontem, 19, o total de 171 membros de agências das Nações Unidas foram mortos no conflito.
Salvador, 20 de março de 2024.
Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.
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