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sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLAM O JUDICIÁRIO, FEBEAJU (CCLI)

Diógenes, o filósofo grego
O FEBEAJU sofreu interrupção nestes primeiros dias do ano de 2022, não por falta de matéria e tanto é verdade que apareceu outra coluna que guarda semelhanças: FEBEAJU e COISAS DA JUSTIÇA.

Como já dissemos, Sergio Porto, com o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta, escritor, jornalista, no Rio de Janeiro, destacou-se e, no humorismo, obteve projeção nacional através do Festival de Besteiras que Assolam o País, FEBEAPÁ. Infelizmente, Porto deixou-nos no meio do século passado, mas, se vivo fosse, teria que escolher, entre as inúmeras besteiras, aquelas que deveriam ser selecionadas para o FEBEAPÁ. Tiramos daí a ideia de anotar neste BLOG o Festival de Besteiras que Assolam o Judiciário, o FEBEAJU.

O besteirol mais importante de hoje situa-se em lapidar frase de importante advogado, vinculado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pois o distinto bacharel, homenageando o maior corrupto da história deste país declarou:

"O crime já aconteceu, de que adianta punir? Que não se ache que a punição irá combater a corrupção". 

Muitos magistrados já não se envergonham de decisões estapafúrdias da Justiça, haja vista a contribuição de alguns ministros do STF. Pois, olhem o que aconteceu com o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, agora vítima dos que querem destruir seu trabalho no julgamento e punição aos corruptos. Bretas é juiz que atua com muita coragem e trabalho contra a corrupção. Mas vejam o castigo aplicado ao juiz, consistente em proibi-lo de fazer o que ele mais sabe fazer: estudar, analisar e proferir sentenças. O magistrado está proibido de proferir sentenças em ações penais da Lava Jato; fixaram o prazo de até julgamento final de Habeas Corpus no Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Exatamente, assim, acabaram com a Lava Jato, soltaram os corruptos, invalidaram atos processuais para perenizar processos penais contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e proibiram o juiz Bretas de proferir sentença.   

Esse torna-se mais um salvatério para benefício dos corruptos!
 
Em trabalho árduo e demorado, ministros do STF, comandados pelo "soltador oficial" da Corte, descobriu  pequenos detalhes processuais e anularam por suspeição acórdãos de ministros do Tribunal do Rio Grande do Sul e dos ministros do STJ; os ministros asseguram que invalidaram sentença do ex-juiz Sergio Moro, mas quem é do ramo do direito sabe que a informação é incorreta, porquanto, quando o juiz decide e o Tribunal aprecia através de recurso, já não se fala mais em sentença, mas em acórdão. Acontece que esta decisão, a da suspeição, demorou anos para ser prolatada, porque escolhia-se o momento certo do golpe.

Essa matéria faz-nos lembrar do filósofo Diógenes, da Grécia antiga. Conta-se que Diógenes andava pelas ruas de Atenas, na Grécia, com sol escaldante, mas portando uma lamparina acesa nas mãos. De vez em quando era indagado por pessoas que circulavam no mesmo trajeto, acerca de sua conduta, com aquela lâmpada em plena luz do dia.

Diógenes respondia: "Procuro um homem!". 

Se Diógenes circulasse pela praça dos Três Poderes, em Brasília, a resposta seria outra: "procuro um juiz". 

Salvador, 14 de janeiro de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

 

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