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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

GILMAR ABUSA E SALVA GLENN GREENWALD

O juiz Ricardo Leite rejeitou a denúncia contra o americano/brasileiro Glenn Greenwald, apesar de reconhecer que o “jornalista” motivou Luiz Molição a apagar mensagens que os hackers haviam roubado dos procuradores e autoridades da Lava Jato. O magistrado assegura que diante da dúvida de Molição em apagar as mensagens roubadas Glenn “exara um parecer favorável a esta predisposição, mesmo, conforme mencionado, havendo uma indiferença prévia a esta questão". 

Escreveu o magistrado: "Há clara tentativa de obstar o trabalho de apuração do ilícito, não sendo possível utilizar a prerrogativa de sigilo da fonte para criar uma excludente de ilicitude”. Adiante: “A instigação de desfazimento de mensagens afronta o trabalho investigativo e desborda da proteção de sigilo a fonte, que é limitado apenas para a necessidade do exercício da função jornalística, conforme consta do texto constitucional". 

O juiz conclui pela materialidade do crime e indícios de autoria, mas respeita a escabrosa decisão do ministro Gilmar Mendes que anteriormente concedeu um salvo conduto “eterno” para Glenn. Escreve Leite: “A decisão da lavra do ministro Gilmar Mendes adotou um sentido amplo e extensivo, e comporta a interpretação de obstar a deflagração de qualquer ato persecutório estatal, tanto na fase investigativa quanto judicial".

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