O caminhoneiro Marco Antonio Pereira Comes, Zé Trovão, continuará preso de conformidade com decisão da maioria da 1ª Turma do STF, negando agravo apresentado pela defesa, em Plenário Virtual. A Turma seguiu o voto do relator, ministro Roberto Barroso; o ministro Barroso declarou-se impedido e o ministro Toffoli ainda não apresentou voto. O caminhoneiro, que tinha fugido para o México, retornou e entregou-se à Polícia; ele foi um dos principais líderes nas manifestação antidemocráticas do 7 de setembro. Nesse ato, o presidente Jair Bolsonaro ameaçou as instituição e insultou os ministros, mas nada lhe aconteceu pelo menos até o momento.
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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021
FRANÇA PRENDE HOMÔNIMO DE ACUSADO E LIBERA
Apenas 24 horas depois, a França liberou o saudita Khaled Aedh Al-Otaibi, preso no aeroporto Roissy-Charles-de-Gaulle, em Paris, porque não é o membro da Guarda Real Saudita, acusado de participação no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018, na Turquia. É que o preso e liberado é homônimo do acusado e que não foi preso. O erro cometido foi divulgado pelo procurador francês, Rémy Heitz; declarou: "Verificações aprofundadas relativas à sua identidade permitiram estabelecer que o mandado não se aplicava a esse homem. É um homônimo quase perfeito".
PRIMEIRA CONDENAÇÃO DE CABRAL ANULADA
Está chegando a vez do ex-governador Sergio Cabral; depois do desmantelo da Lava Jato, anulando ou arquivando processos contra políticos, comprovadamente corruptos, a 2ª Turma do STF, a de Gilmar Mendes, acaba de anular condenação proferida pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que condenou Cabral a 14 anos e 7 meses de prisão. Neste caso, Operação Fatura Expressa, o ex-governador é acusado de desviar recursos da Secretaria de Saúde. O desmonte das penas do ex-governador é muito grande, porque ele é condenado a 399 anos, 11 meses em 21 condenações, mas os advogados de Cabral entusiasmam-se com o primeiro desmonte.
O ministro Gilmar Mendes terá muito trabalho pela frente!
IMPEACHMENTs NAS ASSEMBLEIAS TRAMITAM, EM BRASÍLIA, NENHUMA DECISÃO
A Assembleia Legislativa de Tocantins abriu ontem processo de impeachment contra o governador Mauro Carlesse, afastado do cargo há seis meses por decisão do STJ. A Polícia Federal iniciou duas investigações contra o governador: organização criminosa dentro da Secretaria de Segurança Pública e a segunda operação focou em esquema de propina no Plano de Saúde dos Servidores do Estado. O presidente da Casa legislativa, deputado Antonio Andrade aceitou o requerimento protocolado pelo advogado Evandro de Araújo Melo Júnior; outros pedidos de impeachment contra Carlesse foram rejeitados por falta de requisitos formais. Já foram escolhidos os parlamentares que participarão da Comissão Especial Processante, para investigar os fatos alegados pela acusação e pela defesa.
Enquanto, os pedidos de impeachment contra governadores processam-se normalmente, nos estados, em Brasília, o presidente da Câmara dos Deputados nada decide sobre os mais de 100 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. Ainda hoje, o jurista Miguel Reale Júnior e outros juristas protocolarão mais um pedido contra o presidente. Em 2020, houve o afastamento definitivo do governador Wilson Witzel, do Rio de Janeiro; em Santa Catarina, foi rejeitado o impeachment do governador Carlos Moisés; rejeitado impeachment contra o governador do Amazonas, Wilson Lima; três pedidos de impeachment contra o governador João Doria, foram recusados.
NOVO PEDIDO DE IMPEACHMENT CONTRA BOLSONARO
O ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, juntamente com o ex-ministro José Carlos Dias, o professor da PUC José Rogério Cruz e Tucci, o ex-presidente da OAB, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira e o jurista Walter Maeierovitch, ingressarão hoje com novo Pedido de Impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, pela prática de crime de responsabilidade, sustentado no relatório das investigações da CPI da Covid. A petição assegura que o presidente "afrontou o direito à vida ao ignorar as medidas sanitárias para enfrentar a pandemia de Covid"; diz que Bolsonaro adotou a "imunidade de rebanho por contaminação", como política de enfrentamento ao coronavírus; esclarece que o chefe do governo "sabotou as políticas impostas por ex-ministros da Saúde como Luiz Henrique Mandetta" e que promoveu medicamentos sem comprovação científica, além de "boicotar a vacinação em massa".
PROSSEGUE O DESMANTELO DA LAVA JATO
O desmantelo da Lava Jato prossegue. A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região anulou a maior condenação que foi imposta ao ex-deputado Eduardo Cunha; em 2108, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Criminal condenou Cunha a 24 anos de prisão pela prática dos crimes de corrupção passiva, violação do sigilo funcional e lavagem de dinheiro. A Operação Sépsis, desdobramento da Lava Jato, e apontava pagamento de propinas ao grupo Cunha, por empresários em troca de desvios de aportes do Fundo de Investimentos do FGTS, gerido pela Caixa. Neste mesmo sentido foi anulada a condenação por lavagem de dinheiro do ex-deputado Henrique Eduardo Alves; anteriormente, os dois já tinha sido presos.
O fundamento para anulação é de que a Justiça Federal era incompetente para julgar o caso e deveria tramitar na Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte; assim, o processo terá de iniciar da estaca zero. É mais um caso, como o do tríplex de Lula, que será atingido pela prescrição, pois como já enfatizamos, esse foi o meio encontrado pelo STF para livrar os corruptos da cadeia. A Justiça Eleitoral não dispõe de mínima condição para processar e julgar tais processos e os ministros sabem dessa assertiva.
BOLSONARO DIZ QUE PASSAPORTE É COLEIRA NO POVO
O governo Jair Bolsonaro decidiu, ontem, impor quarentena de cinco dias para viajantes não vacinados entrarem no Brasil; é aceito também o certificado de imunização negativo. A publicação deu-se pelos ministros Ciro Nogueira, da Casa Civil, Marcelo Queiroga, da Saúde e Bruno Bianco, da Advocacia-geral da União. Enquanto isso, Bolsonaro, em discurso, no Palácio do Planalto, fez a comparação do passaporte da vacina a uma coleira; disse o chefe do governo: "Essa coleira que querem colocar no povo brasileiro. Cadê a nossa liberdade? Prefiro morrer do que perder a minha liberdade".
Por outro lado, a ANVISA sugeriu a cobrança da vacinação ou a imposição de quarentena de quem entra no Brasil. Todavia, os sanitaristas asseguram que a quarentena de cinco dias, como propõe o governo não traz efeito algum e informam que o mínimo para resultado da quarentena será de 10 dias.
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 8/12/2021
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
terça-feira, 7 de dezembro de 2021
CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 7/12/2021
DESEMBARGADORES E ADVOGADOS PRESOS SÃO LIBERADOS
A 2ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro revogou as prisões preventivas dos advogados Pedro D'Alcântara Miranda Neto, Manoel Messias Peixinho e Suzani Andrade Ferraro. O fundamento foi de que o afastamento de quatro desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, acusado de venda de sentença, afasta os riscos à ordem pública e à instrução criminal, causadas pelos advogados e familiares, cúmplices do esquema da venda de sentenças. O juiz Vitor Barbos Valpuesta revogou também as prisões preventivas dos advogados Eduarda Pinto da Cruz, irmão do desembargador Marcos Pinto da Cruz, Sônia Regina Dias Martins, mulher do desembargador José Fonseca Martins Júnior, Marcello Cavanellas Zorzenon da Silva, filho do desembargador Fernando Zorzenon e Leila Maria Gregory Cavalcanti de Albuquerque, mulher do desembargador Antônio Carlos de Azevedo Rodrigues.
Os advogados Pedro D'Alcantara Miranda Neto, Manoel Messias Peixinho e Suzani Andrade Ferraro são ligados a consórcio de transporte e organizações sociais, que ofereciam serviços ao grupo da organização criminosa. Os magistrados, que proferiam decisões favoráveis aos criminosos, recebiam falsos pagamentos de honorários. Os desembargadores e os advogados foram presos por decisão do STJ, mas o ministro Dias Toffoli converteu as prisões em domiciliares.