CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
ALEMANHA PASSA PELA PRIMEIRA VEZ BARREIRA DOS MIL MORTOS DIÁRIOS
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ALEMANHA PASSA PELA PRIMEIRA VEZ BARREIRA DOS MIL MORTOS DIÁRIOS
A juíza eleitoral Catucha Moreira Gidi cassou a diplomação do prefeito, Diamerson Costa Cardoso Dourado e da vice, Rita de Cássia Amorim Amaral, do município de João Dourado. O cargo deverá ser ocupado pelo presidente da Câmara a ser eleito em 1º de fevereiro e até lá o atual prefeito continuará no comando do município. A decisão comporta recurso e os eleitos poderão retornar ou haverá designação de nova data para outra eleição.
A carteirada não é monopólio de magistrado, mas de quem se deixa dominar pelo poder para exibir seu status de ser diferente diante de seus semelhantes. Além de desembargadores, ministros, policiais, celebridades, políticos buscam privilégios em função do cargo que ocupam para mostrar vantagem sobre o outro. Pois, em 2018, pouco tempo depois de tornar-se um dos "deuses" da nação brasileira, o ministro Alexandre de Moraes, embarcando de Brasília para São Paulo, simplesmente recusou-se em passar pelo detector de metais, exigência para todo e qualquer passageiro. O ministro não permitiu que o funcionário passasse no seu corpo a "raquete" e rumou direto para o avião, mas a Polícia Federal foi convocada e dirigiu-se até a aeronave, para explicar ao magistrado que aquele procedimento destina-se à segurança de todo cidadão, no que ele aceitou e submeteu-se à medida reclamada para todos.
Neste mês de dezembro, aparece uma carteirada, não de um ministro, mas da própria Corte, que, através de sua diretoria administrativa, "requisitou" 7 mil doses de vacinas contra a Covid-19 para imunizar os onze "deuses" do STF, extensiva aos funcionários. Evidente que este procedimento é endossado pela diretoria do Tribunal, apesar de o presidente Fux ter tomado providência contra o servidor que fez a requisição. Logo Fux, grande corporativista, e que reclama privilégios para os magistrados! Não se pode deixar de lembrar a decisão do atual presidente, concedendo auxílio-moradia para todos os juízes, inclusive aqueles que tinham imóvel no local de trabalho e segurou em seu gabinete o processo até conseguir lei que aumentou os vencimentos em percentual comparável àquela vantagem. Os ministros, entretanto, apesar da evolução, continuam acreditando que, em todos os segmentos da sociedade, persistem seu "direito" à carteirada. Mas, a sociedade "transfigurou", senhores ministros! A resposta da Fiocruz é demonstração da igualdade em direitos de todos nós; informou ao Tribunal que só fornece imunizante para o Ministério da Saúde. Não bateram na porta do Ministério da Saúde, porque sabem que ali tudo depende do presidente e temeram um não, diante das sucessivas decisões dos ministros contra o capitão.
Salvador, 28 de dezembro de 2020.
Na sua coluna, na Tribuna da Bahia, o celebrado e admirável jornalista, Paulo Roberto Sampaio, transcreveu mensagem de um leitor com o seguinte teor:
"O inesperado e surpreendente episódio ocorrido no domingo, 20.12, no Maracanã, que a imprensa classifica como um ato racial ou propositadamente insistem dizer que houve acirrada demonstração de racismo, não deveria receber este tratamento ou diverge de qualquer entendimento racional sobre este polêmico assunto. O jogador supostamente ofendido, pertencente à etnia negra, ficou injuriado pelo fato de ser chamado de negro, num momento de acalorada discussão, na forma dele se posicionar. Então, se ele se orgulha de ser negro, porque tanta demonstração de revolta por ser chamado justamente de negro, raça sobre a qual deriva importantes acontecimentos da humanidade? Tal fato, a meu ver, clarifica uma rejeição absoluta pela própria cor ou uma não aceitação explicita pelo fato dele ser negro ou, quando nada, demonstra que os próprios negros não se sentem confortáveis ou seguros em ostentar a sua cor de nascença. Ou seja, eles não aceitam, seja qual for o pretexto, que sejam chamados de negros ou se sentem ofendidos se alguém os tratar desta forma, o que me parece bastante estranho. Por tudo que os seus ancestrais e outros valorosos e dignificantes negros fizeram pelo nosso país e pela nossa história, a exemplo de Luís Gama, André Rebouças, Nilo Peçanha, Machado de Assis, José do Patrocínio, Pixinguinha, Grande Otelo, Agnaldo Timóteo, Adhemar Ferreira, Pelé, Ruth de Souza, Mãe Meninha do Gantois, Clementina de Jesus, Zezé Mota, Elza Soares, Ângela Maria, Chica Xavir e tantos outros exemplos de honradez da raça negra, os negros não deveriam sentir vergonha da sua cor. Os negros não têm o direito de repelir a sua própria cor, nem as suas origens! Há algo que precisa sem bem elucidado nesta nebulosa e enfadonha história que envolve o tema que aborda o racismo em nosso país e no mundo."
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AÇORES INICIAM VACINAÇÃO NA QUINTA-FEIRA EM SÃO MIGUEL E NA TERCEIRA
O ministro Gilmar Mendes faz mistério com processo de suspeição do ex-juiz Sergio Moro, no caso do tríplex de Guarujá; diz que vai pautar para fevereiro/2021. Inconcebível, mas este processo teve início em dezembro/2018 e, depois de dois anos não foi concluído, porque Mendes pediu vista, depois dos votos dos ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia, contra a alegada suspeição. Mendes segurou o processo até encontrar as condições ideais para conseguir a procedência da suspeição de Moro: o voto dele, de Lewandowski e o do ministro de Bolsonaro, Nunes Marques. Gilmar Mendes não pautou para antes, porque tinha dúvida sobre o voto do ministro Celso de Mello e arrumou a indicação de Marques, exatamente para fazer um "julgamento justo de Lula", como ele faz questão de frisar.
E qual o fundamento para a supeição: condução coercitiva de Lula, atuação contra liberdade para o ex-presidente, no caso do desembargador Favreto, divulgação de trechos de delação premiada de Antonio Palocci. Tudo sem o menor sentido para interferir e anular julgamento, mas Mendes preparou o terreno e tudo indica que conseguirá, por Lewandowski e Nunes Marques estão aí para ajudá-lo.
O médico Marco Polo Dias Freitas foi exonerado do cargo de secretário de Serviços Integrados de Saúde do STF, pelo presidente Luiz Fux. O fundamento foi de ter solicitado à Fiocruz 7 mil doses de vacinas contra a covid-19 para ministros e servidores da corte. Interessante é que Fux defendeu a reserva de vacinas, em entrevistas à TV Justiça e agora exonera o servidor, que não decide com autonomia, mas segundo interesse dos ministros. Essa providência do ministro seria mais adequada para um político, porque eminentemente "jogando para a platéia".
O STF, em Ação Direta de Inconstitucionalidade, iniciada em 2002, julgou, à unanimidade, inconstitucional a Lei n. 11.611/01 do Rio Grande do Sul, que mudou o limite territorial dos municípios de Relvado e Putinga. A corte entendeu que a mudança da dimensão territorial de municípios exige plebiscito. A Assembleia Legislativa alegou que foi feito plebiscito anos antes, motivo pelo qual entendeu desnecessário "novo plebiscito para simples correção de divisas".