As duas filhas do presidente Vladimir Putin, Ekaterina Tikhonova e Maria Vorontsova, serão incluídas no novo pacote de sanções da União Europeia. Segundo o jornal Financial Times também estarão integrados nas punições amigos de Putin: Herman Gref, chefe do Sberbank, Oleg Deripaska, oligarca do alumínio e Said Kerimov, controlador da maior mina de ouro da Rússia.
ESTADOS UNIDOS ENVIAM AJUDA MILITAR PARA UCRÂNIA
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinker, anunciou no Twitter, envio de mais de US$ 100 milhões em ajuda militar para a Ucrânia. Escreveu: "Como as forças ucranianas continuam a combater corajosamente a invasão da Rússia, autorizei (o envio de) US$ 100 milhões para atender a uma necessidade urgente de sistemas anti-tanque adicionais para as forças da Ucrânia".
ISRAEL CRITICA RÚSSIA
O chanceler de Israel, Yair Lapid, acusou Moscou de cometer crimes de guerra: "As imagens e os testemunhos são horríveis." Israel mantinha-se alheio à guerra, mas as cenas de Butcha, que correu o mundo, mostrando cadáveres espalhados pela cidade, mudou o posicionamento do país. Antes dessa manifestação, o premiê, Naftali Bennett, declarou: "O sofrimento dos cidadãos ucranianos é imenso e estamos fazendo tudo o que podemos para ajudar".
RÚSSIA VOLTA A ATACAR
A Rússia, que deixou a região de Kiev, voltou a atacar nas cidades de Mariupol e Kharkiv. As tropas russas desviou seus soldados do norte para concentrar no leste do país, onde estão localizadas as duas cidades. A situação em Mariupol é desoladora, porque os 160 mil moradores estão com dificuldades de energia, aquecimento e água. Os russos estão praticando as mesmas atrocidades cometidas nas guerras da Chechênia e na Síria, consistentes em bombardeios em massa e uso de todo tipo de armamento, com execuções de civis, visando acabar com a resistência dos agredidos. A chegada de Vladimir Putin ao poder, em 1999, marca a segunda guerra da Rússia contra a Chechênia, na qual tornaram-se comuns os assassinatos, os incêndios criminosos e os estupros. A guerra terminou com a anexação da Chechênia e a instauração de um governo pró Rússia, mas que foi assassinado em 2004, substituído pelo filho que governa a República separatista até hoje.
BRASILEIROS QUE IAM PARA GUERRA ESTÃO DESAPARECIDOS
Dois brasileiros que deixaram o Brasil para alistar como voluntários na guerra contra os russos estão desaparecidos há cinco dias. Um é o ex-fuzileiro naval, de 26 anos, Vinicius de Andrade, que desembarcou em Varsóvia, na Polônia na sexta-feira e seguiria para a fronteira com a Ucrânia. O Itamaraty trabalha com a hipótese de "possível desaparecimento". Vinícius enviou mensagem, quando estava em Varsóvia e disse que buscava chegar a Lviv, onde voluntários são recrutados pela Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia. Na segunda mensagem, o brasileiro diz sentir-se muito casado e noticiou que tomaria "ônibus para Lviv e trem para Kiev".
O papa Francisco condenou hoje o "massacre de Butcha" e beijou uma bandeira da Ucrânia que lhe foi enviada. Disse o Sumo Pontífice no final de sua audiência semanal no auditório do Vaticano: "Noticias recentes da guerra na Ucrânia, ao invés de trazerem alívio e esperança, trouxeram novas atrocidades, como o massacre de Bucha". Disse mais o papa: "Parem com esta guerra! Que as armas fiquem em silêncio! Parem de semear morte e destruição". O papa está analisando a possibilidade de visitar Ucrânia, atendendo convite do presidente Volodymyr Zelensky.
Salvador, 6 de abril de 2022.
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