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domingo, 9 de janeiro de 2022

COLUNA DA SEMANA

O presidente Jair Bolsonaro, dois anos depois de empossado, em março/2021, destituiu toda a cúpula militar, substituindo os ministros das três forças, após a troca do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, no dia anterior; Azevedo e Silva mostrava-se inconformado com a tentativa de Bolsonaro em politizar as Forças Armadas através de suas pregações políticas, rebelando contra as instituições do país. Edson Pujol, demitido do Ministério do Exército, em certa oportunidade, disse que "os militares não querem fazer parte da política". Os três comandantes mostraram-se descontentes com o afastamento de Azevedo e Silva e com a busca das Forças Armadas para integrar o cenário político. Essa conjuntura de um presidente anarquizando o STF, o TSE, o Congresso Nacional jamais foi visto na história da República. 

Com novos comandantes das Forças Armadas surge novo ingrediente para descontentamento de Bolsonaro, consistente em portaria do general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, do Exército, exigindo vacinação para todos os militares que retornarem ao trabalho, como uso de máscaras, distanciamento social, além de proibir fake news sobre a pandemia. Essas recomendações do Exército não possuem anormalidade alguma, mas, demonstra preocupação do chefe com seus comandados; todavia, o desassossego reside no fato de Bolsonaro ter-se destacado pelas constantes ofensivas contra as pessoas que guerreiam contra o vírus, responsável pela morte de mais de 600 mil pessoas no Brasil. O mundo político teme pela reação do presidente contra mais um comandante do Exército, simplesmente por prevenir aos seus comandados sobre os perigos da covid-19 e da fake news.  

A última abjeta ladainha do presidente é prejudicial às crianças do país; ele reclama contra a imunização de crianças, prática adotada pela grande maioria dos países. Além da lengalenga sobre o assunto, o presidente bordeja e trava verdadeira guerra de palavras contra o chefe da Anvisa, visando impedir a imunização de crianças, recomendada pelos órgãos técnicos de todo o mundo. O presidente, em entrevista, classifica as recomendações da Anvisa pela vacinação de crianças como pessoas "taradas por vacina". O general Antonio Barros Torres, atual chefe da Anvisa, que o presidente não demite porque não pode, desafiou o Planalto a provar eventual corrupção no órgão e reclamou sua condição de chefe do Poder Executivo para não se omitir e denunciar para evitar o cometimento do crime de prevaricação. 

Enfim, o Brasil tem na saúde, um ministro, que advinha o que Bolsonaro quer, e viola seu julgamento de médico para atender às maluquices do presidente; na educação, incialmente, foi comandada por um maluco, que goza agora de emprego arrumado nos Estados Unidos para fugir da prisão, no Brasil; no meio ambiente, um ministro que saiu para responder a processos por violação ao meio ambiente e pelo crime de corrupção. 

As escaramuças registradas nos últimos anos deixa o brasileiro com o sentimento de culpa pelo governo da corrupção, implantada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo governo da incompetência e da loucura, chefiada pelo atual presidente. 

Guarajuba/Camaçari, 9 de janeiro de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.


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