O Supremo Tribunal Federal decidiu, por unanimidade, que são inconstitucionais os trechos da lei do Ceará que previam a cobrança de IPVA sobre aeronaves e embarcações. O julgamento ocorreu na ADI 5.654, relatada pelo ministro Nunes Marques. A Corte reafirmou o entendimento de que o IPVA incide apenas sobre veículos automotores terrestres. A ação foi proposta pela Procuradoria-Geral da República contra dispositivos da Lei Estadual 12.023/1992. Segundo a PGR, a norma violava o artigo 155 da Constituição Federal, em sua redação original. Esse dispositivo limitava o imposto a veículos terrestres e permitia diferenciação de alíquotas apenas por tipo e uso. A PGR também contestou critérios como potência e cilindradas para ampliar a incidência do tributo.Pesquisar este blog
sexta-feira, 26 de dezembro de 2025
IPVA SOBRE AERONAVES E EMBARCAÇÕES
O Supremo Tribunal Federal decidiu, por unanimidade, que são inconstitucionais os trechos da lei do Ceará que previam a cobrança de IPVA sobre aeronaves e embarcações. O julgamento ocorreu na ADI 5.654, relatada pelo ministro Nunes Marques. A Corte reafirmou o entendimento de que o IPVA incide apenas sobre veículos automotores terrestres. A ação foi proposta pela Procuradoria-Geral da República contra dispositivos da Lei Estadual 12.023/1992. Segundo a PGR, a norma violava o artigo 155 da Constituição Federal, em sua redação original. Esse dispositivo limitava o imposto a veículos terrestres e permitia diferenciação de alíquotas apenas por tipo e uso. A PGR também contestou critérios como potência e cilindradas para ampliar a incidência do tributo.MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 26/12/2025
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
Greve de pilotos pode frustrar as viagens no réveillon
A categoria, que inclui comissários de bordo, ameaça iniciar a paralisação na próxima segunda-feira, prejudicando as viagens aéreas
O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ
Mais grãos
Brasil expande agroindústria com novas culturas para segunda safra
Demandados na fabricação de biocombustíveis ganham espaço como alternativas para produtores rurais do país
FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP
Congresso derruba metade dos vetos de Lula e muda dinâmica de governabilidade
Legislativo pressiona Planalto com índice superior a Bolsonaro; para especialistas, há nova lógica no presidencialismo de coalizão
TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA
Jerônimo reage a candidatura de ACM Neto: "Esteve do lado do Bolsonaro"
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) participou na véspera natalina da ação Natal Mais Social, realizada no Restaurante Popular Alaíde do Feijão
CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS
Irrigação impulsiona fruticultura gaúcha
Recurso permite que as frutas se desenvolvam e tenham boa aparência
DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT
Luís Montenegro usa "mentalidade de Cristiano Ronaldo" para vincar reformismo
quinta-feira, 25 de dezembro de 2025
RADAR JUDICIAL
MAIS DE 1 MILHÃO DE DOCUMENTOS SOBRE EPSTEIN
Pelo menos 60 pessoas detidas após as eleições presidenciais de 2024 na Venezuela foram libertadas neste Natal, informou uma ONG de direitos humanos. As prisões ocorreram durante a crise política provocada pela reeleição de Nicolás Maduro em julho de 2024. A oposição denunciou fraude na votação que garantiu a Maduro um terceiro mandato. Protestos contra o resultado levaram à prisão de cerca de 2.400 pessoas. Maduro classificou os detidos como “terroristas”. Segundo dados oficiais, mais de 2.000 já foram libertados. Antes das solturas de Natal, a ONG Justicia Encuentro y Perdón estimava 1.085 presos políticos. Mais de mil pessoas ainda seguem presas por criticar o governo. As libertações começaram na madrugada de 25 de dezembro. A informação foi divulgada pelo Comitê para a Liberdade dos Presos Políticos (Clippve). A entidade celebrou as solturas, mas afirmou que os libertados não estão plenamente livres. As condições das libertações ainda não foram esclarecidas pelas autoridades.
Salvador, 25 de dezembro de 2025.
TARIFAS ABALARAM VENDAS DE BRINQUEDOS
Para os fabricantes de brinquedos, o Natal começa cedo, com produção e contratos fechados meses antes das vendas. Em 2025, esse planejamento foi abalado pelas tarifas impostas por Donald Trump. Grande parte dos brinquedos vendidos nos EUA é fabricada na China. As novas tarifas chegaram a 145% sobre importações chinesas. Empresários alertaram que os custos inviabilizariam o Natal. Com margens apertadas, muitos pararam de enviar mercadorias. Alguns tiveram de escolher entre se endividar ou cancelar pedidos. Trump afirmou que estrangeiros pagariam as tarifas, depois admitiu impacto às crianças. Fabricantes como a Mattel foram ameaçados diretamente pelo presidente. Após queda dos mercados, houve uma pausa temporária nas tarifas. Parte das empresas manteve a produção e evitou falência. Ainda assim, cerca de 60% dos fabricantes demitiram funcionários. Pequenas empresas ficaram à beira do colapso. Algumas marcaram produtos como esgotados por causa das tarifas. Empresários questionaram a legalidade das medidas.ÁGUA DO MAR DESSALINIZADA
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 25/12/2025
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF
Retrospectiva 2025 do STF: as decisões que pautaram o país
Entre tensões políticas, disputas institucionais e a defesa de direitos fundamentais, o STF protagonizou decisões que redefiniram limites do poder público, do ambiente digital e da democracia
O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ
Tensão com Congresso e colegas de Corte insatisfeitos: Fachin tenta contornar crises em quatro meses à frente do STF
Presidente do Supremo vem encontrando dificuldades para estabilizar o conturbado ambiente político que envolve magistrados
FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP
Governo Lula turbina fim de ano com ações de apelo popular e prepara pacote para eleição
Meses finais de 2025 concentraram esforços em temas populares, em contraponto a um início de ano conturbado Planalto destacou isenção do IR e nova carteira de motorista, além de debate sobre orçamento participativo e escala 6x1
TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA
Brasil registrou 10,8 milhões de tentativas de fraudes até setembro, diz Serasa
Faixa etária economicamente ativa, de 26 a 50 anos, lidera com 58,9% das ocorrências.
CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS
Natal será abafado e com chuva forte em parte do RS; veja a previsão
Segundo a MetSul, apesar disso, algumas áreas devem ter períodos de melhoria com aberturas
DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT
Português atingido a tiro por agentes dos serviços de imigração dos Estados Unidos
O NATAL NO MUNDO
De Donald Trump a Vladimir Putin, líderes de diferentes ideologias usam o Natal como ferramenta política para projetar valores, reforçar narrativas e atacar adversários, muitas vezes esvaziando o sentido religioso da data. Segundo a professora Natália Fingermann (ESPM), o período é oportuno por reduzir a atenção do público à política e estimular apelos simbólicos, servindo tanto a medidas populares quanto impopulares. Em contextos de conflito, o Natal pode simbolizar trégua, mas também ações de força e golpes, comuns no fim do ano.
China
Embora não seja feriado, o Natal é visto pelo Partido Comunista como possível “infiltração cultural”, com apelos à “sinicização” do cristianismo.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2025
RADAR JUDICIAL
DETENTOS FRAUDAM ORDENS DE SOLTURA
SUSPEITOS VIA APLICATIVO
FORNECIMETNO DE SACOLAS PLÁSTICASA ação foi proposta pela Associação Baiana de Supermercados. A entidade pediu a suspensão da norma até julgamento do TJ-BA. Gilmar Mendes entendeu estarem presentes os requisitos para medida cautelar. Destacou o risco de prejuízo financeiro contínuo ao comércio. As multas previstas variam de R$ 900 a R$ 9 milhões. Também apontou risco de inscrição em dívida ativa e perda de alvarás. O ministro citou precedente do STF que declarou lei semelhante inconstitucional.
SUPREMA CORTE BLOQUEIA DECISÃO DE TRUMP
A Suprema Corte dos Estados Unidos bloqueou ontem, 23, a tentativa do governo Donald Trump de enviar tropas da Guarda Nacional para a região de Chicago, enquanto o presidente amplia o uso de militares em cidades governadas por democratas. Por enquanto, os juízes mantiveram a ordem de um magistrado federal que barrou o envio de centenas de soldados. O Departamento de Justiça queria autorizar a mobilização durante o andamento do processo. Segundo a maioria da Corte, o governo não demonstrou base legal que permita aos militares executar leis em Illinois nesta fase inicial do caso. Os juízes conservadores Samuel Alito, Clarence Thomas e Neil Gorsuch divergiram da decisão. A Casa Branca não comentou. A decisão representa um revés raro para Trump na Suprema Corte, que tem maioria conservadora e costuma apoiar medidas do governo. Trump determinou o envio de tropas para Chicago e Portland, após ações semelhantes em Los Angeles, Memphis e Washington.
O governo afirma que cidades democratas enfrentam crime e protestos violentos, justificando a presença militar para proteger bens e agentes federais. Prefeitos e governadores democratas contestam essa versão e acusam Trump de abuso de poder e repressão política. Illinois e Chicago acionaram a Justiça após a federalização de tropas locais e o envio de militares de outros estados, alegando ilegalidade. A juíza April Perry bloqueou a medida ao concluir que não havia rebelião nem falha na aplicação da lei, afirmando que o envio de tropas só agravaria a situação. Um tribunal de apelações manteve a decisão, avaliando que os fatos não justificam a ação presidencial. O caso segue em análise, enquanto outros estados também contestam judicialmente o uso da Guarda Nacional pelo governo Trump.
MUDANÇAS NO STF GERAM INSTABILIDADE
O julgamento da trama golpista pela Primeira Turma do STF, em 2025, ampliou a lista de ações penais de grande repercussão analisadas pela corte, em meio a mudanças recorrentes nas regras de competência, segundo especialistas. O Supremo, além de corte constitucional e recursal, julga ações penais apenas quando há réus com foro por prerrogativa de função. No caso envolvendo Jair Bolsonaro, a defesa questionou a competência da Primeira Turma, composta por cinco ministros, em vez do plenário com 11. Desde o mensalão, em 2007, até 2025, o STF promoveu diversas alterações sobre foro especial, órgãos julgadores e uso do plenário virtual. Especialistas divergem sobre a necessidade dessas mudanças, mas concordam que a frequência gera instabilidade. Para o professor Antônio José Teixeira Martins, o vaivém pode transmitir a impressão de casuísmo, embora ações complexas também gerem aprendizado institucional.
O mensalão foi julgado pelo plenário e durou mais de seis anos. Em 2014, ações penais passaram às turmas para dar mais agilidade, regra revertida em 2020 pelo então presidente Luiz Fux. Em 2018, o STF restringiu o foro especial, reduzindo o número de processos, e em 2025 decidiu mantê-lo mesmo após a saída do cargo. O tempo de julgamento diminuiu: a trama golpista levou oito meses. Para José Duarte Neto, o problema não é a mudança, mas sua frequência. Já Guilherme Carnelós critica o caráter casuístico e o avanço dos julgamentos virtuais, vistos por ele como um afastamento da defesa, enquanto defensores apontam maior celeridade e menor espetacularização.
TRUMP VOOU NO JATO PARTICULAR DE EPSTEIN PELO MENOS OITO VEZES
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria voado no jato particular de Jeffrey Epstein mais vezes do que se sabia, segundo email de um promotor de Nova York incluído em novos documentos divulgados hoje pelo Departamento de Justiça dos EUA. O email, datado de 7 de janeiro de 2020, afirma que registros de voo indicam que Trump viajou oito vezes no avião de Epstein nos anos 1990. Em pelo menos quatro dessas viagens, Ghislaine Maxwell também estava a bordo. Maxwell cumpre pena de 20 anos de prisão por ajudar Epstein a abusar sexualmente de menores. Em 2024, Trump afirmou nas redes sociais que nunca esteve no avião de Epstein nem em sua ilha. O email não faz qualquer acusação criminal contra Trump. A Casa Branca não comentou o conteúdo. Em um dos voos, os únicos passageiros registrados eram Epstein, Trump e uma mulher de 20 anos, com o nome ocultado. Outros dois voos incluíam mulheres citadas como possíveis testemunhas no caso Maxwell.
Trump e Epstein mantiveram contato social nos anos 1990 e início dos 2000. Trump diz que rompeu relações em meados dessa década e que desconhecia os crimes do financista. O Departamento de Justiça afirmou que os documentos trazem alegações falsas e sensacionalistas, mas foram divulgados em nome da transparência, com proteção às vítimas. A divulgação inclui cerca de 30 mil páginas de documentos e vídeos. Epstein morreu em 2019 em uma prisão de Nova York, em morte considerada suicídio. Entre os arquivos há emails citando uma imagem de Trump com Maxwell e uma foto granulada dos dois em um desfile de moda em 2000.
OAB/BA CONSEGUE MUDANÇAS NO REGIMENTO DAS TURMAS RECURSAIS
O Pleno do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acatou parcialmente pedidos da OAB-BA e determinou mudanças no Regimento Interno das Turmas Recursais do TJ-BA, ampliando a publicidade dos julgamentos e garantindo prazos mais adequados à atuação da advocacia nos Juizados Especiais. Os Procedimentos de Controle Administrativo foram ajuizados há mais de três anos, sob o argumento de que normas regimentais violavam o CPC, a Lei dos Juizados Especiais e o Estatuto da Advocacia. O CNJ determinou a adequação do regimento às garantias processuais. Entre as mudanças, o prazo para requerer sustentação oral passa a seguir a Resolução CNJ nº 591/2024, permitindo pedido de destaque até 48 horas antes da sessão. O CNJ também determinou a inclusão obrigatória em pauta dos agravos internos, vedando julgamentos sem prévia publicidade, em conformidade com o artigo 1.021 do CPC.
Quanto aos embargos de declaração, só poderão ser julgados sem pauta se apreciados na primeira sessão subsequente; nos demais casos, a publicação será obrigatória. Durante a tramitação, o TJ-BA já havia restringido decisões monocráticas às hipóteses do artigo 932 do CPC, garantido agravo interno em 15 dias e ajustado regras de quórum. A partir de fevereiro, o tribunal deverá observar integralmente a Resolução CNJ nº 591/2024, vedando normas locais que limitem a atuação da advocacia no meio eletrônico. A OAB-BA comemorou a decisão. A presidenta Daniela Borges afirmou que a medida fortalece a segurança jurídica e o devido processo legal. Para a entidade, as mudanças asseguram transparência, contraditório efetivo e equilíbrio entre celeridade e direitos da advocacia.