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terça-feira, 15 de dezembro de 2020

MINISTRO QUER VAGA NO STF

O ministro da Justiça, André Mendonça, sai de seu gabinete para defender o indefensável, afirmando que "o fato de ser réu não significa que foi condenado". Ora, que expressão mais atrevida e esclarecedora para o meio jurídico. Chega a ser irônica a manifestação, pois quem vai entender diferente. O fato é que há provas e o candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, está envolvido em investigações e até processo. Se eleito poderá sentar na cadeira do presidente da República, no afastamento deste e do vice-presidente.       

Para ganhar a simpatia do presidente da República, o ministro "julgou" a interferência de seu chefe na Polícia Federal e já lhe isentou de qualquer culpa, intitulando a representação de Moro de "denúncia vazia". Assegura "total independência na gestão", quando se sabe de sucessivas interferências do presidente em vários ministérios inclusive na Saúde. Certamente, Mendonça tenta emplacar a próxima vaga no STF. 



JUÍZO 100% DIGITAL NA BAHIA

Através de Ato Normativo, publicado hoje, no DJE, a direção do Tribunal de Justiça da Bahia dispõe sobre a adesão ao Juízo 100% Digital, na forma da Resolução 345/202 do CNJ. Nos dispositivos, esclarece que a adesão é opção pela parte  demandante, no protocola da petição inicial, e pela demandada até a contestação; todavia, as partes, até a prolação da sentença, poderão retratar-se da escolha do Juízo 100% Digital. Inicialmente, o Ato possibilita a nova sistemática, Juízo 100% Digital, nas 5ª, 6ª, 7ª e 8ª Varas da Fazenda Pública e nas Varas de Relações de Consumo e todos os atos serão realizados por meio eletrônico e remoto. As audiências serão por meio telepresencial e os demais protocolos encontram-se no documento que permite o Juízo 100% Digital.  



DECRETOS SUBSTITUEM NOMEAÇÕES E CONCEDE APOSENTADORIA

O presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, através de Decretos Judiciários, publicados hoje, torna sem efeito Decreto que nomeou a bacharela Stephanie Okuma para o cargo de juiz substituto; em outro Decreto nomeia para substitui-la, no cargo de juiz substituto, o bacharel Murillo David Brito.

Em outro Decreto concede aposentadoria voluntária a MARIA DE LOURDES MORBECK SPÍNOLA, Escrivã da Comarca de Maracás. Fica a gratidão dos jurisdicionados da Comarca e o voto de nova vida com saúde. 




NOVOS JUÍZES SUBSTITUEM DESEMBARGADORES AFASTADOS

O presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, através de Decretos Judiciários, diante do afastamento dos desembargadores Ivanilton Santos da Silva, Lígia Ramos e Ilona Reis, nomeou juízes substitutos para ocuparem as vagas deixadas: juíza substituta de 2º grau Marielza Maues Pinheiro Lima, substitui o desembargador Ivanilton Santos Silva; juíza Maria do Rosário Passos da Silva, substitui a desembargadora Lígia Ramos e juiz José Luis Pessoa Cardoso substitui a desembargadora Ilona Reis.  



MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

JUSTIÇA SUSPENDE, POR LIMINAR, INVESTIGAÇÕES CONTRA PADRE ROBSON

JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO/RJ

IMUNIZAÇÃO EM LARGA ESCALA SÓ SERÁ POSSÍVEL COM VACINA DE OSFORD, DIZ VICE-PRESIDENTE DA FIOCRUZ 

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

PROCURADORIA DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL ANALISA DENÚNCIA CONTRA BOLSONARO
Representação afirma que o presidente incita o genocídio de povos indígenas no Brasil

TRIBUNA DA BAHIA   - SALVADOR/BA

MAIORIA ISENTA BOLSONARO POR MORTES NA  PANDEMIA, DIZ PESQUISA DATAFOLHA

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

PROCURADOR-GERAL DOS EUA DEIXAO CARGO, ANUNCIA TRUMP
Destina de Barr estava em questão desde que ele disse não ter encontrado sinal de fraude nas eleições de novembro

CLARIN - BUENOS AIRES/ARG

EL AVANCE DE LA PANDEMIA
CORONAVIRUS: CON 1,5 MILLÓN DE CASOS, ARGENTINA ES EL SEGUNDO PAÍS MÁS AFECTADO DE LA REGIÓN  

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT  

UNICEF DEFENDE QUE PROFESSORES TENHAM ACESSO PRIORITÁRIO ÀS VACINAS


 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

BIDEN É PROCLAMADO PRESIDENTE

No calendário eleitoral americano, hoje, 14/12 é o dia no qual os 538 delegados nas capitais de seus estados confirmam o resultado da votação de novembro; até 23 de dezembro os resultados devem chegar a Washington. No dia 6 de janeiro, o Senado e a Câmara dos Representantes, presidido pela atual vice-presidente, em cerimônia, no Capitólio, proclama o resultado. No dia 20 de janeiro, os novos dirigentes tomam posse e isso acontece desde 1937.

Agora é definitivo, Joe Biden assumirá a presidência dos Estados Unidos no próximo dia 20 de janeiro, depois que o Colégio Eleitoral confirmou hoje o resultado do pleito de novembro. O novo presidente fará seu discurso ainda hoje e dirá que "nesta batalha pela alma da América, a democracia prevaleceu". Em outro trecho do discurso, segundo a CNN, o novo presidente dirá: "Nós, o povo, votamos. A fé em nossas instituições se manteve. A integridade de nossas eleições permanece intacta. Então, agora é hora de virar a página. De unir. De curar".  



CORONAVÍRUS NO BRASIL

Segundo informações do Ministério da Saúde, nas últimas 24 horas, foram registradas 433 mortes e 25.193 diagnosticados com a doença. O total de óbitos é de 181.835 e de contaminados, 6.927.145, desde o início da pandemia. O total de  6.016.085 pessoas recuperaram e 729.225 estão sendo acompanhadas.    

Segundo dados da Secretaria da Saúde, nas últimas 24 horas, na Bahia, foram registradas 25 mortes e 2.465 casos da Covid-19. O número de óbitos é 8.635 e 447.126 de infectados, desde o início da pandemia. Os casos ativos são 11.357.     



FÉRIAS DE 60 DIAS, RECESSO, FERIADOS E "ENFORCAMENTO" NÃO BASTAM

O ministro Marco Aurélio e o Procurador-geral da República, Augusto Aras, em sessão virtual, no lançamento do Anuário do Ministério Público/2020,  continuam na defesa da manutenção das férias em  60 dias para juízes e procuradores. Alegam que não haveria impacto positivo algum com a diminuição das férias para 30 dias. Se verdadeiro este argumento, o ministro e o Procurador querem dizer que magistrados e procuradores nada produziriam nesses 30 dias que seriam retirados das férias. O ministro Marco Aurélio ainda diz que os operadores do direito destinam dias de férias para tarefas que não desenvolvem nas Cortes, porque não sobra tempo. É argumento que não convence, pois as férias destinam-se ao afastamento do trabalho e os magistrados viajam e, efetivamente, não desenvolvem atividades da função durante as férias. O Procurador Aras entende que os magistrados e procuradores deveriam ter  limitado o tempo de trabalho e não dedicar à magistratura e à procuradoria durante os fins de semana; isto pode até acontecer, mas não é a regra geral e ocorre em uma ou outra  ocasião. Afinal, as  férias de 60 dias, o recesso, os feriados, e o "enforcamento", ou seja, feriado na terça e na quinta feira, "enforcamento" na segunda e na sexta feira já não bastam? O ministro e o Procurador estão completamente equivocados.



GILMAR E TOFFOLI MUDARAM VOTO

Já tratamos desta matéria em outros comentários, mas o arquivamento, consistente na demora em pautar a decisão, do Projeto pela Câmara dos Deputados, que visa punir o criminoso, quando condenado por um colegiado, merece destaque. É que o Congresso nada decide, apesar de alguns deputados já terem requerido a pauta para definir a situação dos condenados. E agora o mais surpreendente vem do ministro Luis Roberto Barroso no livro recentemente lançado: "Sem data venia: um olhar sobre o Brasil e o Mundo". Pois Barroso declara que dois ministros da mais alta Corte do país mudaram seus votos após pressão "dos que pretendem que tudo permaneça como sempre foi." O ministro diz que "a corrupção contra-atacou com todas as suas forças e  aliados, até conseguir desfazer a medida". Ademais, o ministro Barroso, nos debates, explanou que "nenhum país" procede como o Brasil para admitir a execução da pena somente depois de ultrapassados todos os recursos para vários tribunais". 

O atual presidente do TSE não diz os nomes dos dois colegas, mas pelas informações é fácil de descobrir quais os ministros que tinham uma posição em 2016 e mudaram em 2019. O ministro Gilmar Mendes votou em 2016 pela prisão após condenação em 2ª instância, mas sem explicações convincentes, mudou de posição e votou pela condenação somente depois do trânsito em julgado. Como já dissemos em muitos momentos, a prisão somente depois do trânsito em julgado importa em negar cumprimento do que foi definido na 1ª e na 2ª instância, pois a decisão do STJ e, principalmente do STF não acontece. Quando o STF aprecia todos os recursos dessa condenação já se foram 10 ou mais anos e o criminoso pode merecer a "absolvição", pelo decurso do tempo, no que se chama de prescrição.  

O outro ministro que também pulou de galho foi o ex-presidente do STF, Dias Toffoli, quando no final de sua administração, em 2019, pautou três Ações Declaratórias sobre a prisão após condenação de um colegiado. Em 2016 votou de uma forma, mas três anos depois seguiu outro caminho. O posicionamento desses dois ministros mudou tudo e permitiu a saída de Lula da cadeia. Aliás, este era o objetivo tanto de Mendes quanto de Toffoli. Afinal, Toffoli saiu da assessoria direta de Lula para ser ministro e deu o troco com as benesses da interpretação. O relator das declaratórias era o ministro Marco Aurélio que já tinha antecipado seu voto pela prisão somente após o trânsito em julgado. Esses processos não foram pautados pela ministra Carmen Lúcia, durante  seu período na chefia do Judiciário, sob o argumento de que já tinha decisão da Corte, mas, logo depois, Toffoli assumiu a presidência e manifestou interesse em pautar os processos, que já tinha decisão três anos antes. Os ministros, atendendo à pretensão do então presidente  da Corte, forçaram a pauta das declaratórias seja com Marco Aurélio, seja com Lewandoski insurgindo contra o próprio Tribunal e concedendo liminares para soltar todos os presos condenados em 2ª instância. O primeiro favorecido com a decisão de mudança de entendimento foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O certo é que a matéria continua favorecendo os corruptos, que possuem recursos para perenizar a decisão do STF.   

Salvador, 14 de dezembro de 2020.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.
   


BOLSONARO QUER GUERRA, FACHIN QUER PAZ

O PSB requereu a suspensão de medida tomada pelo presidente Jair Bolsonaro, quando isentou de impostos a importação de revólveres e pistolas, sob fundamento de que a alíquota 0 para importação de armas implica em aumento dos crimes violentos. O ministro Edson Fachin, do STF, atendeu às ponderações do partido e concedeu liminar para suspender a resolução; desta forma a importação de armas volta a pagar 20%. Escreveu o ministro na decisão: "A segurança dos cidadãos deve primeiramente ser garantida pelo Estado e não pelos indivíduos. Incumbe ao Estado diminuir a necessidade de se ter armas de fogo por meio de políticas de segurança pública que sejam promovidas por policiais comprometidos e treinados para proteger a vida e o Estado de Direito. A segurança pública é direito do cidadão e dever do Estado."    




MAIS DESEMBARGADORES AFASTADOS

O juiz federal Evandro Reimão dos Reis, da 10ª Vara Cível da  Seção Judiciária da Bahia, afastou cinco desembargadores dos cargos no Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, pelo prazo de 180 dias. Eles são acusados de venda de decisões judiciais e tráfico de influência. São atingidos a desembargadora Maria Adna Aguiar e os desembargadores Esequias Oliveira, Norberto Frerichs, Graça Boness e Pires Ribeiro. Os magistrados já tinham sido afastados em setembro/2019 pelo CNJ. A presidente do TRT-5, desembargadora Dalila Andrade, já determinou a suspensão do direito do uso de veículos, acesso ao setor de Recursos Humanos, ao gabinete virtual e à rede de computadores do Tribunal.  




PARIDADE NA OAB

A OAB aprovou hoje a paridade de gênero nas eleições da entidade. A proposta foi aprovada por aclamação. Desta forma, as chapas deverão ser registradas com 50% de mulheres para os cargos titulares e suplentes. Também foi aprovada a cota racial de 30% nas  eleições da OAB, incluindo as subseções. A proposta inicial foi apresentada pela conselheiro Valentina Juggmann, de Goiás. A OAB tem 603mil advogadas e 605 advogados.