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domingo, 14 de setembro de 2025

MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 14/9/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Por que caso Epstein é um dos maiores golpes a Trump

Embora não haja qualquer sugestão de irregularidade criminal por parte de Trump, as consequências políticas da saga de Epstein sobre o presidente dos EUA são muito reais, analisa o correspondente da BBC Anthony Zurcher

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Decisão da Suprema Corte sobre tarifaço pode enterrar plano de Trump para reduzir déficit fiscal

Arrecadação com tarifas já somam US$ 165 bi. Se a Corte decidir contra Casa Branca, governo pode ser obrigado a devolver grandes somas em dinheiro

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

JULGAMENTO DE BOLSONARO

  • SALVAR ARTIGOS

Datafolha: Anistia a Bolsonaro é rejeitada por 54% e aprovada por 39%

Maioria reprova proposta articulada no Congresso para tentar 
livrar condenados do 8/1 e ex-presidente

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

Maduro convoca civis e militares aos quarteis em meio à tensão com EUA

Presidente da Venezuela movimenta tropas após reforço da presença militar norte-americana no Caribe

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Exército israelense afirma que mais de 250 mil palestinos deixaram a Cidade de Gaza

Nações Unidas estimam que cerca de um milhão de palestinos vivem 
na Cidade de Gaza e arredores.

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT  

A mão 'negra' de Trump: maquilhagem mal aplicada acelera vaga de especulação

Especialista em maquilhagem que trabalhou no filme "The Apprentice" critica a "pobre" tentativa de cobertura do negrão. A Casa Branca reitera explicação oficial e o próprio brinca com a situação.

sábado, 13 de setembro de 2025

RADAR JUDICIAL

BRASIL: 8 MILHÕES DE EMPRESAS INADIMPLENTES. 

O Brasil registrou em julho recorde de 8 milhões de empresas inadimplentes, segundo a Serasa Experian. O indicador acumula sete meses de alta, com avanço de 16% em relação a julho de 2024. Do total, 7,6 milhões são pequenas e médias empresas. A dívida média chegou a R$ 3.302,30, com 7,3 pendências por CNPJ. O valor total das dívidas soma R$ 193,4 bilhões, sendo R$ 174 bilhões de pequenas e médias. Segundo a Serasa, juros altos e crédito restrito dificultam renegociações. A economista Camila Abdelmalack alertou que o segundo semestre pode ser ainda mais crítico. A desaceleração econômica deve pressionar lucros, sobretudo de empresas menores. O setor de serviços concentrou 54,1% das empresas negativadas. Em seguida vêm comércio (33,7%), indústria (8%), outros (3,2%) e setor primário (1%). 

PIX É PREMIADO

No momento em que o Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, virou alvo de investigações nos EUA por ordem de Donald Trump, foi reconhecido pelo World Summit Award (WSA). O prêmio valoriza inovações digitais de relevância global, com foco em inclusão e acessibilidade. O Pix foi o vencedor geral do WSA e também ganhou na categoria “Negócios e Comércio”. Essa categoria destaca soluções tecnológicas com impacto social em finanças, pagamentos e consultoria. Com o resultado, o Pix representará o Brasil na premiação global em Viena, no próximo ano. O WSA foi criado em 2003, em Genebra, durante a cúpula da ONU sobre Sociedade da Informação. O prêmio ocorre a cada dois anos e é coordenado pelo ICNM, sediado em Salzburg, Áustria.

PRORROGAÇÃO DA DÍVIDA DE CRÉDITO RURAL

A prorrogação da dívida de crédito rural é direito do devedor, conforme a Súmula 298 do STJ. Com base nisso, a juíza Leila Aparecida Montilha, da Vara Cível de Castro (PR), concedeu liminar para impedir que um banco cobre um agricultor. O produtor firmou contratos de crédito rural, mas teve prejuízo de R$ 3,9 milhões em 2023 devido a estiagens e variações climáticas. Com isso, atrasou duas parcelas do empréstimo. Ele solicitou ao banco a prorrogação, mas o pedido foi negado. Na Justiça, alegou direito ao alongamento da dívida com base na jurisprudência e na teoria da imprevisão. Também contestou juros acima do limite da Lei da Usura. O agricultor pediu parcelamento em cinco prestações anuais e proibição de negativação. A juíza verificou que os juros contratuais ultrapassavam 12% ao ano. Reconheceu ainda que as perdas foram extraordinárias, comprovadas por laudo agronômico. Determinou a suspensão das cobranças e a vedação de inscrição em cadastros restritivos. A magistrada destacou risco de execução das garantias e prejuízo à atividade produtiva.

ADVOGADA É DENUNCIADA

Conhecida como “protetora de mulheres fortes”, a advogada Aline Sousa, de Jequié (BA), é acusada por ao menos sete mulheres de aplicar golpes que somam cerca de R$ 20 mil. As vítimas relatam que, após pagamentos por serviços jurídicos, ela desaparecia por meses sem atender ligações. Com 76 mil seguidores no Instagram, Aline apresentava-se como aliada de mães em situação de vulnerabilidade. Vítimas da advogada relatam pagamentos por trabalhos não realizados e sem contrato assinado; a OAB-Jequié, segundo uma das vítimas não tomou providência alguma diante inclusive de os boletins de ocorrências por estelionato não tiveram resultado. 

PEDIDO DE SUSPENSÃO DA REMUNERAÇÃO DE BOLSONARO

O subprocurador-geral junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado, apresentou ontem, 12, representação pedindo a suspensão imediata da remuneração de Jair Bolsonaro e de militares condenados pelo STF pela tentativa de golpe. Ele argumenta que os pagamentos — que chegam a R$ 38 mil mensais, segundo o Portal da Transparência — violam os princípios da moralidade e da eficiência administrativa. Na quinta (11), a 1ª Turma do STF condenou Bolsonaro e outros sete réus, incluindo os generais Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira, por organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e dano ao patrimônio da União. Apesar disso, os militares seguem recebendo salários, já que a perda de patente e soldo só pode ser definida pelo STM. Para Furtado, trata-se de um “paradoxo jurídico e ético”, pois o Estado financia quem atentou contra sua própria existência. Ele pede que o TCU suspenda, cautelarmente, qualquer pagamento aos condenados, inclusive os que recebem verbas partidárias, até decisão final.

Santana/Ba, 13 de setembro de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.

ISRAEL MATOU OU FERIU MAIS DE 200 MIL PALESTINOS

O ex-comandante do Exército de Israel, Herzi Halevi, afirmou que mais de 200 mil palestinos foram mortos ou feridos desde outubro de 2023, o que corresponde a 10% da população de Gaza. 
Ele liderou as forças israelenses nos primeiros 17 meses do conflito e disse que jamais sofreu restrições jurídicas em suas ordens militares. Segundo ele, nem a advogada-geral militar tinha autoridade para limitar suas decisões. Os números relatados por Halevi aproximam-se dos do Ministério da Saúde de Gaza: 64.718 mortos e 163.859 feridos. Relatórios de inteligência israelense indicam que mais de 80% das vítimas fatais seriam civis. Halevi afirmou que a guerra foi dura desde o início e que Israel deveria ter reagido com mais força antes do ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou 1.200 pessoas. O encontro em que falou ocorreu em Ein HaBesor, no sul de Israel, e teve áudio divulgado pelo site Ynet. Segundo ele, o Exército atua dentro dos limites do direito humanitário, mas sem interferência jurídica. Halevi disse que os pareceres legais servem mais como respaldo externo para defesa internacional de Israel. O jornal Haaretz revelou que Eyal Zamir, seu sucessor, também teria ignorado alertas jurídicos.

A advogada-geral recomendou adiar a evacuação de 1 milhão de habitantes de Gaza, mas a ordem prosseguiu. Muitos palestinos mortos estavam entre os que não conseguiram sair do norte ou se recusaram a deixar suas casas. As falas de Halevi geraram críticas internas. O advogado de direitos humanos Michael Sfard afirmou ao Guardian que os pareceres jurídicos viraram “carimbo de borracha”. Segundo ele, generais os tratam como conselhos opcionais, e não como limites legais obrigatórios. A posição oficial de Israel é que suas ações seguem o direito internacional. Questionado, o Exército israelense não respondeu às declarações de Halevi. 

RESTRIÇÕES PARA ACESSO A SALÁRIOS DE JUÍZES

Associações de juízes fazem nova ofensiva contra a transparência dos supersalários. 
Inspiradas no retrocesso do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), querem impor exigência de identificação de cidadãos para acesso a folhas de pagamento. Pesquisa do Movimento Pessoas à Frente mostra que 83% dos brasileiros rejeitam supersalários. Embora a Constituição fixe o teto no salário de ministro do STF (R$ 46,3 mil), 93% dos magistrados e 91,5% dos procuradores recebem acima desse limite. Em alguns municípios, vencimentos de juízes superaram o orçamento anual de secretarias inteiras. O teto, na prática, tornou-se imaginário. Em vez de combater a prática, CNJ e CNMP dificultam a fiscalização. Desde 2023, o MP passou a exigir identificação de usuários para acessar remunerações de procuradores. O CNMP também determinou exclusão dos dados após cinco anos, alegando a LGPD.

Agora, associações de magistrados pressionam o CNJ para adotar medidas semelhantes. O pedido, sob relatoria do corregedor Mauro Campbell Marques, inclui exigir nome completo, CPF, e-mail e até foto dos interessados. A medida lembra restrições do Senado, que antes impunha identificação para consulta de salários. Na época, jornalistas receberam assédios e ameaças após requisitarem dados. Defensores da transparência alertam que a regra abriria espaço para coerção de cidadãos. A proteção da segurança de magistrados é legítima, mas não pode justificar opacidade. Prestação de contas é essencial em qualquer carreira pública. Na magistratura, é ainda mais vital para garantir confiança e legitimidade. 

SAIU NO NEW YORK TIMES

‘Brasil acertou onde os EUA falharam’, escrevem professores no New York Times

Especialistas de Harvard e da Johns Hopkins elogiam julgamento de Bolsonaro e dos demais réus no STF e consideram que 'os americanos deveriam aprender' com o país

O artigo é assinado pelo professor de Economia na Universidade Johns Hopkins Filipe Campante e pelo professor de Governo na Universidade de Harvard e autor do livro “Como as democracias morrem” (Editora Zahar), Steven Levitsky. Ontem, o STF concluiu o julgamento que, por 4 votos contra 1, declarou Bolsonaro e outros sete réus culpados por tentativa de golpe de Estado e mais quatro crimes. 

No texto do NYT, os especialistas elogiam a condução do julgamento pelos magistrados brasileiros e fazem uma comparação com o cenário americano. Nos EUA, o atual presidente, Donald Trump, também questionou os resultados das eleições em que perdeu para Joe Biden, em 2020, levando à invasão do Capitólio por seus apoiadores em janeiro de 2021. 

“Os paralelos são impressionantes. Ambos elegeram presidentes com instintos autoritários que, após perderem a reeleição, atacaram instituições democráticas”, escrevem os professores. Eles, porém, destacam que o republicano “não foi enviado para a prisão, mas de volta à Casa Branca”. Trump saiu vitorioso da disputa pela Presidência dos EUA do ano passado, quando enfrentou a a ex-vice-presidente Kamala Harris. 

O artigo afirma que Bolsonaro “copiou amplamente a cartilha de Trump” ao, em 2022, questionar a integridade do processo eleitoral e atacar as autoridades brasileiras, e lembra que o ex-presidente disse que a única forma de perder seria por meio de fraude. Além disso, considera que a invasão de 8 de janeiro de 2023 foi mais grave que o paralelo americano pelo envolvimento de aliados militares de Bolsonaro. 

Os professores citam ainda a descoberta do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que planejava assassinar Lula, Alckmin e Moraes. “Assim, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, presidentes eleitos atacaram instituições democráticas na tentativa de se manter no poder após perderem a reeleição. Ambas as tentativas de tomada de poder fracassaram — inicialmente. Mas é aí que as duas histórias divergem”, escrevem. 

Segundo os especialistas, os americanos “fizeram surpreendentemente pouco para proteger sua democracia do líder que a atacou”. “Os tão celebrados freios e contrapesos constitucionais do país falharam em responsabilizar Trump por sua tentativa de reverter a eleição de 2020”, dizem. 

O Departamento de Justiça dos EUA teria demorado a processar Trump, e o atual presidente foi indiciado somente em agosto de 2023. A Suprema Corte americana, porém, permitiu que o caso fosse adiado e, em julho de 2024, decidiu que os mandatários têm ampla imunidade, comprometendo o processo. Após ter vencido a eleição no ano passado, os processos federais contra Trump foram arquivados. 

“O Brasil seguiu um caminho diferente. Tendo vivido sob uma ditadura militar, autoridades públicas brasileiras perceberam a ameaça à democracia desde o início do governo Bolsonaro. Muitos juízes e líderes do Congresso viram a necessidade de defender energicamente as instituições democráticas do país. Como disse o ministro Moraes a um de nós: ‘Percebemos que poderíamos ser Churchill ou Chamberlain. Eu não queria ser Chamberlain’”, diz o artigo. 

Os professores mencionam ainda os esforços do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir a integridade do pleito de 2022, como pelo inquérito das Fake News, pelo desmonte de barreiras policiais ilegais e pela divulgação imediata dos resultados. Reforçam que, de modo diferente dos EUA, mesmo políticos da oposição a Lula reconheceram rapidamente a vitória do petista. 

“Diferentemente dos Estados Unidos, portanto, as instituições brasileiras agiram de forma vigorosa e, até agora, eficaz, para responsabilizar um ex-presidente por tentar reverter uma eleição. É precisamente a eficácia dessas instituições que colocou o país na mira do governo Trump”, escrevem. 

Os especialistas americanos terminam enfatizando que, apesar de suas falhas, a democracia brasileira “está hoje mais saudável do que a americana”. "Cientes de seu passado autoritário, as autoridades judiciais e políticas do Brasil não tomaram a democracia como garantida. Seus equivalentes norte-americanos, ao contrário, falharam. Em vez de minar o esforço do Brasil para defender sua democracia, os americanos deveriam aprender com ele”, recomendam. 

PARLAMENTO APOIA SUSPENSÃO DE ACORDO COMERCIAL COM ISRAEL

O Parlamento Europeu aprovou na quinta-feira, 11, uma resolução que apoia a proposta da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de suspender o acordo comercial com Israel e aplicar sanções a ministros extremistas do governo Netanyahu. A votação terminou com 305 votos a favor, 151 contra e 122 abstenções. A medida tem caráter simbólico, pois ainda depende da formalização da proposta pela Comissão Europeia. O texto menciona o termo “genocídio”, mas apenas em referência ao processo movido pela África do Sul no Tribunal Penal Internacional, sem afirmar que Israel pratica tal crime. A resolução conjunta foi apresentada na quarta-feira (10) para unir os sete grupos do Parlamento Europeu. Apenas o grupo Europa das Nações Soberanas, que inclui a extrema direita alemã AfD, rejeitou a iniciativa. Na terça-feira (9), von der Leyen havia defendido suspender o comércio com Israel, criticando a incapacidade da Europa de encerrar a guerra em Gaza. 

Em seu discurso anual sobre o Estado da União, condenou o avanço dos assentamentos israelenses e a incitação de violência por ministros de extrema direita, apontando ameaça à solução de dois Estados. Ela também propôs congelar o apoio bilateral a Israel, mantendo apenas recursos para a sociedade civil e para o memorial do Holocausto Yad Vashem. O Parlamento debateu a suspensão do Acordo de Associação com Israel, principal marco das relações comerciais. A decisão surge em meio a crescentes críticas à UE por não agir diante da crise humanitária em Gaza. Mais de 64 mil palestinos já morreram desde outubro de 2023, incluindo 361 vítimas de fome e desnutrição, entre elas 130 crianças. 

FBI POLITIZADO NA ERA TRUMP

Três ex-agentes do FBI moveram processo na quarta, 10, acusando a Casa Branca de exercer “enorme influência” sobre a agência para promover “campanha de vingança” contra opositores.
Segundo o New York Times, o governo Trump exige testes de lealdade política desde janeiro. Os autores são Brian Driscoll Jr, Steven Jensen e Spencer Evans, demitidos em agosto pelo novo diretor do FBI, Kash Patel. Eles afirmam que a saída ocorreu por “falta de lealdade política suficiente”. Patel, empossado em fevereiro, é descrito como intermediário de ordens do alto escalão do governo. O processo de 68 páginas acusa-o de priorizar a politização do FBI em vez da segurança pública. Também aponta que Patel e seu vice, Dan Bongino, estariam mais focados em redes sociais do que na gestão da agência. O conselheiro Stephen Miller e o ex-funcionário do DOJ Emil Bove III são acusados de ordenar demissões de veteranos. Driscoll, ex-diretor interino, disse ter sido pressionado a afastar agentes sem processo legal. Segundo ele, Bove pediu lista de envolvidos nas investigações do ataque ao Capitólio de 6/1/2021. Driscoll relatou ainda que só teria chance de ascensão se não tivesse apoiado democratas em 2024. Jensen, que chefiava operações de terrorismo doméstico, foi designado a Washington, mas logo demitido.

A carta de dispensa citava falha em executar ordens, causando atrasos no FBI. Ele desconfiava do foco de Bongino em engajamento online, em detrimento de investigações. Já Evans, de Las Vegas, foi punido após negar isenções religiosas contra vacina da covid-19. O caso ganhou repercussão quando divulgado por ex-agente em redes sociais. O trio pede reintegração e anulação das demissões, consideradas ilegais e inconstitucionais. O NYT lembra que Trump ataca o FBI desde investigações sobre conluio com a Rússia em 2016. Também critica o papel da agência nos processos do procurador Jack Smith sobre 2020. A ofensiva amplia o temor de perseguição a servidores públicos durante seu governo. 

DESCOBERTA HISTÓRICA SOBRE MARTE

Rocha apresentada pela Nasa com indícios de vida antiga em Marte -  (crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS)
Amostra analisada pela Nasa
A Nasa anunciou na quarta-feira, 10, descoberta histórica sobre Marte. O rover Perseverance encontrou uma rocha inédita, apelidada de "Leopard". O fragmento apresenta sinais de possível bioassinatura microbiana. Segundo Sean Duffy, é a evidência mais promissora de vida marciana já registrada. A amostra foi coletada em julho de 2024 e estudada por um ano.
Pesquisadores identificaram estruturas que lembram fósseis microscópicos. Esses vestígios podem ter sido deixados por microrganismos de bilhões de anos atrás. A textura da rocha, semelhante a manchas de leopardo, chamou a atenção. “É algo animador e sem precedentes em Marte”, disse a cientista Nicky Fox.

A Nasa reforçou que não se trata de vida atual, mas de sinais antigos. A descoberta aponta que Marte já teve condições favoráveis à vida microbiana. O achado reforça a importância das missões robóticas da agência. E também orienta futuras explorações tripuladas ao planeta vermelho. Fox destacou que é um marco estratégico da missão Perseverance. Na coletiva, a Nasa também falou sobre o programa Artemis. O retorno à Lua é visto como preparação para chegar a Marte. Duffy afirmou que os EUA querem manter a liderança espacial. Ele disse que não permitirão que a China os ultrapasse na corrida lunar. Fox concluiu que a descoberta é um passo em direção ao objetivo maior: Marte. As análises continuam e podem revelar mais sobre a vida antiga fora da Terra. 



MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 13/09/2025

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF

Comissão aprova projeto que institui Tarifa Zero no transporte público do DF

O projeto prevê a gratuidade integral no transporte público em até quatro anos, financiada por um fundo específico

O GLOBO - RIO DE JANEIRO/RJ

Condenado por trama golpista, Bolsonaro é alvo de outras sete investigações no STF; saiba quais

Ex-presidente é alvo de inquéritos sobre atuação nos Estados Unidos, 
Abin paralela e outras frentes

FOLHA DE SÃO PAULO - SÃO PAULO/SP

Brasil pune golpe de Estado por menos tempo que outros países e anistia tentativas fracassadas

Legislação e história nacional são complacentes com golpismo, 
dizem especialistas

TRIBUNA DA BAHIIA - SALVADOR/BA

Placar de votação no STF reduz chances de recurso da defesa de Bolsonaro

O único a divergir foi Luiz Fux, que absolveu Bolsonaro

CORREIO DO POVO - PORTO ALEGRE/RS

Maduro convoca venezuelanos alistados aos quartéis para aprender a atirar

Presidente em Caracas responde ao que chama de assédio dos EUA, com mobilização naval no Caribe

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT 

Ventura recandidata-se… ao Chega. E coloca-se à disposição dos militantes para Belém

Ventura assumiu que errou quando admitiu apoiar Gouveia e Melo e diz que sairá do Chega se este decidir manifestar apoio a Marques Mendes ou António José Seguro.

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

RADAR JUDICIAL

DEMOCRATAS ACUSAM TRUMP

Deputados democratas divulgaram carta na noite de ontem, 11, após a condenação de Jair Bolsonaro pelo STF, acusando Donald Trump de abrir guerra comercial para “defender seu colega líder da tentativa de golpe”. Eles pedem que Trump encerre “imediatamente seus esforços para minar a democracia brasileira” e suspenda tarifas ilegais que afetam a economia americana. Após a condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses, Marco Rubio disse que a decisão foi injusta e que os EUA “responderão adequadamente”. Os democratas ressaltam que o STF considerou Bolsonaro culpado de conspirar contra as eleições de 2022 e defendem apoio ao povo brasileiro. Afirmam que Trump interferiu nas instituições brasileiras impondo tarifa de 50% para manipular o processo judicial. Segundo eles, a medida prejudicou famílias americanas, na prática com novos impostos. Também afetou a segurança nacional dos EUA, já que o Brasil ampliou exportações para a China. O documento é assinado por Gregory Meeks, Joaquin Castro e Sydney Kamlager-Dove, líderes de comissões ligadas ao Brasil. Novas adesões ao texto são esperadas. Na carta, os parlamentares pedem que Trump encerre imediatamente as tarifas. Dizem que só assim será possível reconstruir a parceria entre EUA e Brasil. Defendem que os EUA apoiem a democracia brasileira contra ameaças golpistas.

ADVOGADO É MORTO A FACADAS

Um advogado de 34 anos foi morto a facadas na tarde da quarta-feira, 10, em um apartamento na Rua Major Diogo, Bela Vista, centro de SP. O suspeito, de 29 anos, foi preso em flagrante por homicídio. A PM foi acionada às 13h36 e encontrou André Luís Vedovato Amato sem vida e com vários ferimentos. O agressor, Cleverson Willians Souza Lima, foi localizado no 3º andar e detido. A faca usada no crime foi apreendida. Testemunhas disseram que vítima e suspeito passaram a madrugada consumindo álcool e cocaína. Uma jovem relatou ter sido assediada por Cleverson pela manhã. André tentou defendê-la e houve briga; ele chegou a usar um cabo de vassoura, mas foi esfaqueado. O caso foi registrado no 78º DP, com perícia requisitada e pedido de prisão preventiva. Nas redes, o professor Rubens Becak lamentou a morte do ex-orientando.

ANISTIA PARA BOLSONARO

Mal o pai foi condenado, o senador Flávio Bolsonaro declarou que vai conseguir anistia para Jair Bolsonaro. Virou brincadeira a tentativa de uso da anistia para condenados políticos no Brasil. É bom que se saiba que o ex-presidente não será beneficiado com a anistia, porque os crimes cometidos não estão sujeitos ao instituto. Ademais, Bolsonaro é condenado pela segunda vez, pois já foi penalizado na Justiça Eleitoral e ainda tramita outro processo contra o ex-presidente. O filho de Bolsonaro teceu duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes e classificou o julgamento como uma "farsa", além de parcialidade dos ministros e perseguição política. O senador diz que "Alexandre de Moraes, no meu ponto de vista, não está mais nas suas faculdades mentais normais". Afirmou que Moraes "é um psicopata. Essas acusações voltam-se mais contra Flávio, encabulado com a pena aplicada ao pai.   

"RISCO SERÍSSIMO DE SANÇÃO"

É não ter o que fazer. O filho de Jair Bolsonaro trabalha nos Estados Unidos somente buscando alguma "sanção" contra ministros. Agora mesmo, ele ameaça que "os ministros que acompanharem Moraes em julgamento correm risco seríssimo de sanção". O "garoto" imagina que essas ameaças são capazes de modificar voto de todos os ministros; conseguiram um, de Fux, e querem mais, cenário totalmente impossível. O destino de Jair Bolsonaro, não tem outra opção, é cadeia e o de Eduardo Bolsonaro é permanecer nos Estados Unidos, correndo risco de ser preso se desembarcar no Brasil. Interessante é que Eduardo Bolsonaro diz que "Fux trouxe a fundamentação jurídica interna que atesta exatamente o que o Governo Americano afirmou ao sancionar Alexandre de Moraes. Foi um voto técnico, minucioso e muito bem fundamentado". Quanta inocência! Será que nossos magistrados consultar Donald Trump sobre a conduta a adotar em seus julgamentos!?   

DIAS TOFFOLI ANULA MAIS UM DA LAVA JATO

O ministro Dias Toffoli, do STF, determinou a retirada das provas da Odebrecht na ação de improbidade contra o senador Jaques Wagner (PT). O caso tramita na Justiça Federal da Bahia e já havia sido suspenso em agosto. Sem os elementos da empreiteira, caberá ao juiz decidir se o processo prossegue. A investigação envolve prejuízos em empréstimo do BNDES para a Arena Fonte Nova. As obras foram realizadas por Odebrecht e OAS para a Copa de 2014, quando Wagner era governador. Toffoli aplicou decisão do STF que anulou o valor probatório dos sistemas Drousys e MyWebDay. A defesa argumentou que a ação baseava-se nesses sistemas e pediu o encerramento do processo. Toffoli reconheceu a ilicitude das provas e dos documentos derivados do material da Odebrecht. O juiz Igor Matos Araújo avaliará se outras provas foram contaminadas. Ele já havia destacado não estar comprovado que todas derivavam dos sistemas anulados. 

Santana/Ba, 12 de setembro de 2025.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.