Através de Decreto Judiciário, publicado hoje, no DJE, o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia suspende o expediente forense e a fluência dos prazos processuais na Comarca de Gentio do Ouro, no período de 31 de janeiro a 04 de fevereiro de 2022.
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quarta-feira, 19 de janeiro de 2022
MINISTRO: ABUSO DE AUTORIDADE
O senador AlessandroVieira apresentou representação ao Tribunal de Contas da União, contra o ministro Bruno Dantas, por abuso de autoridade. O parlamentar alega que Dantas, vinculado ao senador Renan Calheiros, faz "dobradinha" com o procurador Lucas Furtado para perseguir Sergio Moro. O ministro desrespeitou pareceres técnicos do próprio Tribunal, visando atacar o candidato à presidência da República, com alegações indevidas acerca de contrato particular celebrado entre Sergio Moro e a empresa americana Alvarez & Marsal. Escreveu o senador na representação: "Não é razoável aceitar este roteiro que passa pano para corruptos e corruptores, ao mesmo tempo em que ataca investigadores e juízes. A lei vale para todos".
A empresa respondeu ao Tribunal de Contas da União que a remuneração de Sergio Moro, como consultor de Disputas e Investigações, nos Estados Unidos, está protegida por cláusula de confidencialidade. O ministro Dantas não tem jurisdição sobre contratos entre contratantes privados, sem envolver recursos públicos.
terça-feira, 18 de janeiro de 2022
CORONAVÍRUS NO BRASIL, EM 18/1/2022
FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLAM O JUDICIÁRIO, FEBEAJU (CCLIV)
PRESCRIÇÃO ACABA COM PROCESSO DE CONSELHEIRO
O conselheiro Robson Marinho do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo retorna ao cargo depois de 7 anos afastado, por decisão da Justiça paulista em agosto/2014. O Ministério Público acusa Marinho de ter recebido US$ 50 milhões para ajudar a Alstom a usar um contrato de 1990 com a Eletropaulo para vender subestações de energia em 1998. A alegação era de que o contrato nada valia, vez que tais documentos caducam em cinco anos, segundo a Lei das Licitações. A Suiça, que investigou a Alstom, bloqueou conta que se assegurou pertencer a Marinho com saldo de US$ 3 milhões em 2013.
ADVOGADO PRESO
Jéssica Vilas Boas de Paula e outros ingressaram no STJ com Habeas Corpus a favor do advogado Marcus Vinicius Santos Rocha, tendo como impetrado o Tribunal de Justiça de Rondônia; o paciente foi preso preventivamente em julho/2021, pela prática dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, além de investigado por vínculo com indivíduos do Comando Vermelho. O Tribunal de Rondônia manteve a conversão da prisão em flagrante para preventiva e considerou o fato de o advogado está recolhido em sala de estado maior.
A 6ª Turma do STJ entendeu que a vaga especial na unidade prisional, em área separada dos presos comuns, com "instalações e comodidades condignas", supre a sala de estado maior; com esta motivação a Turma negou o Habeas Corpus, que alegava está o advogado preso em cela comum.
LIMITE PARA FIXAR COMPETÊNCIA
A 1ª Seção do STJ, através de teses aprovadas, em sessão realizadas no dia 21/10/2021, acórdão publicado em 9/12/2021, proibiu os tribunais de fixar competência exclusiva em varas especializadas. O entendimento é de que, mesmo tendo permissão do Código de Processo Civil para designar varas e câmaras especializadas, não podem os tribunais alterar ou restringir normas de competência fixadas na lei e na Constituição. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso, através da Resolução 9/2019, assentou competência exclusiva para Vara Especializada de Várzea Grande em todas as ações sobre saúde pública, civis públicas, ações individuais, cartas precatórias, ações alusivas à Infância e Juventude e de competência dos Juizados Especializados da Fazenda Pública afetos à saúde.
Se aceitos os termos da Resolução, os jurisdicionados de qualquer município só poderão ingressar com ação contra o estado de Mato Grosso, em Várzea Grande, município vizinho à capital, violando desta forma o acesso à Justiça.
ELIANA: "QUINTO É ELITISTA"
Bem apropriada a declaração da ex-corregedora, quando se constata o desembarque, pelo quinto constitucional, de filhos de ministros, nos tribunais no Rio de Janeiro, Brasília e muitos outros. No Rio de Janeiro, as filhas dos ministros Luiz Fux, Mariana Fux, e do ministro aposentado Celso de Melo, Letícia de Santis Mendes de Farias Mello, e no CNJ, o advogado Maria Nunes Maria, filho do ministro Napoleão Nunes Maia. Todos incompetentes, sem nenhuma experiência e recém formado. Agora, aparece o filho do ministro João Otávio, advogado Otávio Henrique Menezes de Noronha, que está sendo "trabalhado" para "descer de paraquedas", no novo Tribunal Regional Federal de Minas Gerais.
MAIS UM CASO ARQUIVADO: LULINHA
Depois do desmonte da Lava Jato, das anulações das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros criminosos, os processos contra os corruptos estão indo para o lixo. Deste vez, a juíza Fabiana Alves Rodrigues, da 10ª Vara Criminal Federal de São Paulo, atendeu a parecer ministerial e determinou arquivamento de inquérito que investigava Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, por repasses ilegais da Oi às empresas do grupo Gamecorp. A magistrada cita quebras de sigilo fiscal, bancário, de dados e telemático originados da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Conclui para deferir o arquivamento, assegurando que as provas não são válidas. Interessante é que começaram a descobrir incompetência de Vara, suspeição, inversão de depoimentos e provas sem valor depois do passe inicial dado pelo STF no processo de Lula.
O caso de Lulinha foi deflagrado, em dezembro/2019, com a Operação Mapa da Mina que constatou pagamento de despesas da família do ex-presidente com recursos das empresas Oi e Vivo. A Polícia Federal descobriu que os repasses aconteciam através das empresas de Jonas Suassuna, do grupo Gol, que era sócio de Fábio Luís, em várias empresas. O montante das transferências alcançaram o valor de R$ 132 milhões da Oi e R$ 40 milhões da Vivo para as empresas do filho de Lula e de Suassuna. A força-tarefa anotou que parte do dinheiro foi usado para comprar o sítio de Atibaia.
MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 18/1/2022
CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF