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sábado, 4 de dezembro de 2021

ARAS QUESTIONA COMPETÊNCIA DA CPI, MORAES NEGA

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou abertura de inquérito para investigar as condutas do presidente Jair Bolsonaro, quando propagou notícias fraudulentas sobre a vacinação contra o Covid-19; o ministro atende a pedido da CPI da Covid, O presidente da Comissão, senador Oziz, esclarece que Bolsonaro vinculou a vacinação contra a Vocid-19 com a contaminação pelo vírus da Aids; disse que há conexão entre as condutas do presidente e os fatos investigados no inquérito das fake news. Escreveu o ministro na decisão, contrariando alegação da Procuradoria-geral da República sobre a ilegitimidade da CPI para formular pedidos de instauração de inquérito: "Inconfundível, portanto, a titularidade da ação penal com os mecanismos investigatórios, pois o hibridismo de nosso sistema persecutório permanece no ordenamento jurídico constitucional, garantindo a possibilidade da Polícia Judiciária, com autorização judicial, quando presente a cláusula de reserva jurisdicional, se utilizar de todos os meios de obtenção de provas necessárias para a comprovação de materialidade e autoria dos delitos, inclusive a colaboração premiada".   




MANCHETES DE ALGUNS JORNAIS DE HOJE, 4/12/2021

CORREIO BRAZILIENSE - BRASÍLIA/DF 

ELEIÇÕES
PRÉ-CANDIDATURA DE MORO ESTÁ MEXENDO COM BOLSONARO

JORNAL DO BRASIL - RIO DE JANEIRO/RJ

PROMULGAÇÃO DA PEC DOS PRECATÓRIOS SERÁ FATIADA, DIZ ARTHUR LIRA

FOLHA DE SÃO PAULO  - SÃO PAULO/SP 

ELEIÇÕES 2022
ELEIÇÃO GANHA FORMA COM LULA E BOLSONARO EM ALERTA E 3ª VIA EM GUERRA POR ESPAÇO

TRIBUNA DA BAHIA - SALVADOR/BA

GOVERNO E PREFEITURA INICIAM TESTAGEM E VACINAÇÃO NO AEROPORTO

CORREIO DO POVO

MORAES ABRE INQUÉRITO CONTRA BOLSONARO POR ASSOCIAR VACINAS À AIDS

CLARIN - BUENOS AIRES/ARG

OTRA POSIBLE MARCHA ATRÁS
UN DÍA DESPUÉS DE NEGARLO, EL GOBIERNO DICE QUE ANALIZA PAGARLE UN BONO A LOS JUBILADOS 

DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LISBOA/PT  

BÉLGICA IMPÕE USO DE MÁSCARA A CRIANÇAS A PARTIR DOS SEIS ANOS
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

CORONAVÍRUS NO BRASIL,EM 3/12/2021

Segundo informações do Ministério da Saúde foram registradas, nas últimas 24 horas 221 óbitos, ontem 215 e 10.627 novas contaminações, ontem 12.910; o número de mortes desde o início da pandemia foi de 615.400 e de contaminados 22.129.409. Recuperados 21.357.412 e 156.597 permanecem em acompanhamento. Total de doses aplicadas 314.158.730, sendo 159.539.701 com a primeira dose e 140.217.221, com segunda ou dose única. 

Segundo dados da Secretaria de Saúde, na Bahia, de ontem para hoje, foram registrados 07 óbitos, ontem 09 e 553 novas contaminações, ontem 582; recuperadas 603 pessoas, ontem 540. Desde o início da pandemia foram anotados 27.336 mortes e 1.262.066 de casos confirmados, sendo considerados recuperados 1.231.493 e 3.237 encontram-se ativos, ontem 3.294. Foram descartados 1.640.152 e em investigação 257.821; continua a informação de falta de envio de dados da vacinação no interior, daí porque tem-se o número de vacinados na Bahia com a primeira dose ou única 10.952.306, no domingo, 21/11, na população acima de 12 anos, no percentual de 86,02%. Mesma informação anterior.


 

JUÍZA É PROCESSADA POR PERSEGUIÇÃO A ADVOGADOS

O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região aplicou à juíza Adriana Maria dos Remédios Branco de Moraes, de Barra Mansa/RJ, a pena de censura por quebra ilegal de sigilo de empresário. Os advogados João Victor Arantes Silva e o empresário Paulo Afonso de Paiva Arantes recorreram ao CNJ das distribuições irregulares de processos administrativos disciplinares contra a magistrada e alegam que o Tribunal foi omisso e perdeu isenção para julgá-la; afirmam que os processos arrastam por mais de dois anos sem solução. O relator, conselheiro Sidney Madruga, pediu informações à relatora dos processos contra a juíza no TRT e à desembargadora Edith Maria Corrêa Tourinho, presidente do Tribunal, porque a situação está confusa, pois advogados acusam a juíza de persegui-los, quebrar ilegalmente seus sigilos e de parcial em julgamentos, enquanto a magistrada afirma que é vítima de represálias.    

O TRT-1 puniram a juíza, afastando-a da Vara de Barra Mansa, em dezembro/2019, por outra investigação, determinando sua remoção para a 25ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, ontem a juíza está atualmente. Em sessão plenária de novembro, o Tribunal aplicou a pena de censura. A juíza responde a outros processos, a exemplo de usurpação de função pública, perseguição contra advogados.   



STF NEGA AUXÍLIO-MORADIA PARA JUÍZES

A Associação dos Magistrados da Bahia, AMAB, e a Associação dos Magistrados Aposentados da Bahia, AMAP, requereram ao STF pagamentos retroativos do auxílio-moradia para os magistrados, mas o ministro Nunes Marques, aquele que representa 10% de Bolsonaro na Corte, negou o pedido; assegura que o benefício foi suspenso em 26/11/2018. Essa mesma reivindicação foi dirigida, anteriormente, ao Tribunal local e ao CNJ, que também negaram. As entidades alegaram que os juízes que não tinha direito ao auxílio-moradia antes da lei "foram penalizados com a demora na regulamentação da percepção da verba...". A Procuradoria-geral da República manifestou contra denegação do Mandado de Segurança impetrado.


 

 


 


TRIBUNAL APOSENTA JUIZ DA FAROESTE

O Tribunal de Justiça da Bahia aposentou compulsoriamente o juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, em processo administrativo disciplinar, relatado pela desembargadora Nágila Brito, julgado, em sessão sigilosa, ontem, 2/12, seguindo orientação do CNJ, que cobra da Bahia a conclusão de processos administrativos disciplinares que tramitam na Corte. O Tribunal não publicou os termos da decisão, mas a unanimidade dos desembargadores presentes à sessão, votaram com a relatora. Sérgio Humberto continua preso na Operação Faroeste, de conformidade com ordem do ministro Og Fernandes do STJ. Os outros magistrados presos nesta Operação foram liberados. A AMAB pediu ao Tribunal julgamento de processos contra juízes em sessões sigilosas. 



 

FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLAM O JUDICIÁRIO, FEBEAJU (CCXXX)

Ciro Nogueira e Jair Bolsonaro
Depois de desbaratar a Operação Lava Jato e destronar o principal líder, Sergio Moro, os políticos, empresários e alguns ministros de tribunais superiores direcionam o alvo para perseguir o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, e responsável pela Operação que sucedeu a Lava Jato, no Rio. Tramita processo para afastar o magistrado, tal como fizeram com Moro, maior responsável pelas condenações e prisões de políticos e empresários corruptos, que nunca iam presos.

O presidente nacional do PP e principal líder do Centrão é, atualmente, chefe da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro, senador Ciro Nogueira; ele é investigado pela Polícia Federal, em vários inquéritos, no âmbito da Operação Lava Jato, pela prática dos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, corrupção passiva e outros delitos. Há quatro inquéritos, dois dos quais tramitam sob sigilo; em um desses, o senador é suspeito de ter recebido, em 2014, R$ 1 milhão, através de doações oficiais e, como retorno, deu apoio a uma medida provisória, no Senado, para favorecer a OAS; essa medida alterou a legislação tributária acerca de cobranças nas empresas; esta tramóia foi articulada entre Ciro e Léo Pinheiro, então presidente da empreiteira; em delação premiada, homologada pelo STF, Léo confirmou que o ex-deputado Eduardo Cunha intermediou as tratativas para a negociação da medida provisória.    

Em outro inquérito, também sigiloso, a Polícia Federal iniciou os trabalhos em 2019, sustentada na delação do proprietário da Engevix, José Antunes Sobrinho que declarou sobre financiamento de R$ 270 milhões que a empresa tinha para receber na Caixa Econômica Federal, em obras do aeroporto de Brasília, mas o valor não foi pago, mesmo depois da inauguração do empreendimento; logo depois apareceram pessoas, ligadas a Ciro, que prometeram liberar a verba, mediante propina de R$ 500 mil e tudo deu certo. Gilberto Occhi, na época dirigia a Caixa e era aliado de Ciro. Em outro inquérito, o senador é investigado por recebimento de propina da J&F para apoiar a reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff. 

O chefe da Casa Civil foi denunciado pela Procuradoria-geral da República por duas vezes, sendo um caso por receber propina de R$ 7,3 milhões da Odebrecht, em troca de apoio a vantagens indevidas e ilícitas, no Congresso e a outra por obstruir investigações para mudar depoimento de um ex-assessor do PP que colaborava com a Justiça. As duas denúncias, apesar de protocoladas, ainda não foram recebidas pelo STF. A Procuradoria já insistiu no STF para pautar sobre o recebimento da denúncia oferecida, sobre o caso da Odebrecht, desde o mês de fevereiro/2020. O pronunciamento da Procuradoria deve-se ao fato de os implicados ingressaram com petição, requerendo à Corte o não recebimento da peça inicial do processo.

A 2ª Turma do STF, a do ministro Gilmar Mendes, em 2018, rejeitou uma denúncia contra Ciro Nogueira pela prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. A Procuradoria-geral da República acusou o ministro de que, em 2016, recebeu R$ 2 milhões de propina da UTC Engenharia, uma das empreiteiras investigadas pela Lava Jato, em obras do Ministério das Cidades e no estado do Piauí. Como sempre os votos pela rejeição da denúncia foram de Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, quando este pertencia à Turma. Em outro processo, o ministro e mais 11 parlamentares são acusados da obtenção de cargos públicos para desviar recursos de contratos públicos; o ministro Edson Fachin, Celso de Mello e Cármen Lúcia votaram pelo recebimento de denúncia contra Ciro Nogueira e mais quatro dos inicialmente processados, porque os outros perderam o foro especial. 

Ciro Nogueira, do Centrão, busca sempre a proximidade com o presidente atual; já foi aliado de Lula, Dilma Roussef, Michel Temer e agora serve a Jair Bolsonaro. 

São esses os políticos que governam o país e conseguem enobrecer as besteiras, enumeradas no FEBEAJU.

Salvador, 3 de dezembro de 2021.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.



OAB EXPULSA ADVOGADO

A OAB/SP excluiu do seu quadro um advogado acusado de injúria racial; é a primeira vez que punição desta natureza acontece na entidade. A diretoria entende que o posicionamento adotado pela seccional é o sinal de desaprovação a atos de racismo e instala precedentes para novas expulsões de advogados que procederam da mesma forma. A maioria do conselho acompanhou o voto divergente do presidente da comissão permanente, bel. Robson de Oliveira, que votos pela expulsão do colega; todavia, a medida comporta recurso para a OAB nacional que, certamente, reformará a decisão.   




BOLSONARO DESESTRUTURA A PF

Desde que Moro deixou o Ministério da Justiça, o governo Bolsonaro já trocou pelo menos 20 delegados de cargos de chefia na Polícia Federal. É cenário sem precedente na história da corporação e o pior é que os integrantes da Polícia Federal permanecem silentes, aceitando as interferências indevidas do presidente Jair Bolsonaro, fundamentadas somente em divergências políticas ou decisões que contrariam o Planalto. Enquanto isso, o STF permanece "sentado" no processo que apura a interferência do presidente na Polícia Federal. A última penalizada foi a delegada Dominique de Castro Oliveira, recambiada da Interpol para a Superintendência do Distrito Federal; também foram transferidos sete delegados, através da caneta do bolsonarista Maiurino, comandante da corporação.   



DELTAN CLASSIFICA DE "GRAVE E ABUSURDA" ANULAÇÃO

O ex-Procurador Deltan Dallagnol classificou de "grave e absurda" a anulação das decisões que condenou o ex-tesoureiro do PT Vaccari. O desembargador Jesuíno Rissato, após o ato de invalidação das provas, determinou a transferência do processo para a Justiça Eleitoral, ou seja, indicou o caminho da prescrição, porque, como já dissemos aqui inúmeras vezes, esse segmento de Justiça não possui juízes permanentes, mas temporários, que permanecem apenas por dois anos, quando são substituídos por outros. O julgador considerou incompetente a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba como incompetente para julgamento do caso, daí ter remetido para o "arquivo", na Justiça Eleitoral.