Pesquisar este blog

terça-feira, 5 de abril de 2022

RÚSSIA X UCRÂNIA E O MUNDO (LVIII)

NINGUÉM ACREDITA NA RÚSSIA

A Rússia atreve-se a dizer que os mortos espalhados pela cidade de Butcha, é encenação da Ucrânia! O embaixador russo nas Nações Unidas declarou hoje que "nem um único residente de Butcha sofreu qualquer violência às mãos dos russos". Na verdade, as imagens não deixam outra versão que não sejam as atrocidades cometidas pelos enfurecidos soldados russos, certamente descontentes com o encargo assumido. A porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, Elizabeth Throssell, assegurou que "todos os sinais apontam para o fato de as vítimas terem sido deliberadamente atingidas e mortas diretamente. E esta evidência é muito perturbadora". As providências para punição dos crimes de guerra praticados pelo presidente Vladimir Putin deverão ser tomadas pelo Tribunal Internacional, diante da manifestação de vários países sobre os abusos das tropas russas. 

PAÍSES EUROPEUS EXPULSAM DIPLOMATAS RUSSOS

Depois que Alemanha e França anunciaram a expulsão de 40 diplomatas de Berlim e 35 da França, a Itália anunciou hoje a expulsão de 30 diplomatas russos; o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares também declarou a expulsão de 25 diplomatas russos em Madrid, sob fundamento de que representam "ameaça aos interesses e à segurança" do país. Na Dinamarca, 15 representantes de Moscou forma expulsos e o chanceler Jeppe Kofod diz que é "um sinal claro para a Rússia de que espionagem em solo dinamarquês é inaceitável". Por sua vez, a Suécia, expulsou três diplomatas russos, porque, segundo a chanceler Ann Linde, eles "não estavam seguindo a Convenção de Viena e estavam conduzindo operações ilegais de inteligência". As expulsões promovidas por esses países europeus destinam-se a "garantir a segurança" dos habitantes dos seus países, principalmente depois das cenas pavorosas, na cidade de Butcha. 

CADÁVERES NAS RUAS POR 3 SEMANAS

Imagens de satélite feitas pelo jornal The New York Times, desmentem a defesa dos russos sobre as cenas de mortos espalhados pela cidade de Butcha; o Kremlin afirma que as imagens são falsas e dizem que os corpos foram colocados nas ruas pelos ucranianos após a saída das tropas de Putin. A conclusão dos registros fornecidos pela Maxar Technologies é que ao menos 11 cadáveres estavam na rua Iablonska desde 11 de março, quando os carniceiros ainda mantinham o domínio sobre a cidade. Assim, as vítimas estavam expostas nas ruas por mais de três semanas. 

MARIUPOL DESTRUÍDA

O prefeito de Mariupol, Vadim Boitchenko, na Ucrânia, declarou que 90% da cidade está destruída pelos ataques desferidos pelos carniceiros russos. Declarou o prefeito: "O Exército russo destrói Mariupol brutalmente. Os bombardeios não param" e há 130 moradores, tentando deixar a cidade. A cidade é estratégica para os russos, vez que liga por terra a Crimeia e os territórios separatistas na região de Donbass. Um comunicado divulgado pelo Conselho Municipal de Mariupol diz que Moscou está apoiando um homem que se autoproclamou prefeito da cidade. 

ODESSA PREPARA PARA ATAQUES RUSSOS

A província militar de Odessa diz esperar ataques russos na busca de bloquear acesso ao Mar Negro. O porta-voz do comando militar, Serhii Bratchuk, declarou: "Nunca deixamos de está em guerra com a Rússia desde 2014 e sabemos que eles querem o Mar Negro só para si". Diz que a conquista de Odessa permitiria aos russos retirar o acesso ao mar e ao maior porto do país. Ele afirma que os carniceiros mudaram de tática e agora atacam o leste e as zonas marítimas. Ademais, Odessa é principal destino turístico de muitos russos e considerada como capital marítima do país. 

NINGUÉM NEGOCIOU COM HITLER

O premiê da Polônia, Mateusz Morawiecki, censurou as seguidas conversas bilaterais do presidente francês, Emmanuel Macron, com Vladimir Putin, sem trazer resultado algum; assegura que eles já conversaram por 16 vezes desde o início do ano e não houve mudança no curso da guerra. Afirmou o premiê: "Não se deve negociar com criminosos, mas sim lutar contra eles. Ninguém negociou com Hitler, por exemplo". O gabinete de Macron respondeu: "O presidente usa todos os meios disponíveis para fazer Putin parar a guerra - sanções maciças, apoio a Kiev, exigências diretas".

Salvador, 5 de abril de 2022.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.




Nenhum comentário:

Postar um comentário