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domingo, 5 de setembro de 2021

COLUNA DA SEMANA

O PRESIDENTE É MISÓGENO, HOMOFÓBICO E RANCOROSO!

Se forem rastreadas, através dos anos, as condutas de todos os presidentes da República do Brasil, não se encontrará nenhum com a índole perversa e antidemocrática, ostentada pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele achincalha com as instituições do país, com os governadores, com a imprensa, com a religião, professando todas, visando apenas apoio político para seu projeto perigoso de continuar no comando do país; um dia está comungando na Igreja católica, outro dia está recebendo a bênção de Edir Macedo; para ser seu inimigo e perseguido basta não comungar com suas ideias; ele se move guiado pelo ódio, explicado pelos teóricos como trauma psicológico, consistente no recalque. Esse cenário origina-se dos seus quase 30 anos no exercício de mandato na Câmara Federal, sem ter merecido destaque algum na atividade; ali, ninguém lhe levava a sério e ele não conseguia nada de relevante, daí acarretando os gritos e os posicionamentos reprováveis, a exemplo, da arremetida a uma colega na Câmara dos Deputados, dizendo que ela merecia ser estuprada, resultando em condenação por danos morais. Bolsonaro, segundo os entendidos, tem a mente doentia, é misógeno, homofóbico e rancoroso. A eleição, por acaso, para o comando da República conferiu-lhe o poder que exerce com hostilidade, ao ponto de convocar o povo para preferir o rifle ao invés do feijão, além das várias insurgências contra as medidas sanitárias para evitar o contágio da pandemia do coronavírus. São sintomas patológicos da personalidade do presidente. 

O exemplo grotesco é o uso de máscara ou das aglomerações; o presidente não respeita as recomendações médicas, promovendo aglomerações e não usa a máscara nas reuniões com seus ministros, nos passeios políticos de moto em várias regiões do país; assim procedem seus ministros, seus assessores e muitas pessoas no seu entorno, porque temem reprimendas do capitão; aliás, já aconteceu de ele retirar a máscara de uma criança em palanque e com muitas pessoas ao redor ou de receber o cumprimento da mão oferecida com o cotovelo do militar, em Porto Alegre. Ademais, o presidente faz propaganda de remédios não aprovados pelos órgãos de saúde, atrasou na aquisição das vacinas, motivo maior do grande número de mortos.  

Para Bolsonaro, a Presidência, as Forças Armadas constituem patrimônios pessoais que lhe são conferidos no exercício do mandato. Frequentemente, fala que o presidente da República é o "comandante em chefe" das Forças Armadas e chama-a de "meu Exército"; insurge-se contra os governadores a quem culpa pela repercussão negativa na economia com o isolamento social e não expõe sentimento de pesar algum pelas mais de 500 mil mortes por covid-19. Bolsonaro foi ríspido na demissão, em março, dos três comandantes militares e busca nomear homens que seguem cegamente suas ordens e determinações, a exemplo do general Eduardo Pazuello, que aceitou o Ministério da Saúde, apesar de não ter formação especializada na área; sem nenhum constrangimento, o general declarou que "é simples assim: um manda e outro obedece"; pelos males que praticou no Ministério responde a investigações, acusado de responsabilidade pela maior crise na saúde pública, com milhares de mortes por negligência; assim, o general satisfez ao ego de Bolsonaro. O presidente, em manifestação pública, sem o menor embaraço diz publicamente que não pode deixar de atender a um pedido da primeira dama, sem refletir no que iria acolher e nas consequências; aliás, assim também procedeu quando insistiu em colocar um dos filhos, sem o menor preparo, para representar o Brasil na Embaixada nos Estados Unidos, desistindo somente pela dificuldade que enfrentou no Senado Federal.  

Salvador, 05 de setembro de 2021.

Antonio Pessoa Cardoso
Pessoa Cardoso Advogados.   




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