O ex-ministro da Casa Civil no governo anterior de Lula, José Dirceu teve o mesmo destino que seu chefe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: foi absolvido da prática do crime de lavagem de dinheiro, através de contatos com empreiteiras UTC e Engevix. A sentença, publicada ontem, 7, foi do juiz Fábio Nunes de Martino, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Essa foi mais uma denúncia da força-tarefa da Operação Lava Jato de 2017; aliás, tudo o que tem sido originado por essa Operação, responsável pela descoberta da maior corrupção do mundo, tudo tem sido levado por água abaixo, a começar pelo STF que livrou o atual presidente de todos os processos condenatórios com sentenças e acórdãos nas três instâncias. Dirceu foi preso por sentença do ex-juiz Sergio Moro, que também tornou-se mau visto por alguns ministros da Corte.
A denúncia contra Dirceu comprovou que ele recebeu R$ 2,4 milhões da UTC e da Engevix em troca de contatos com a Petrobras, entre os anos de 2011 e 2014; a operação envolvia lavagem de dinheiro e foram denunciados o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro petista, além de outros. A absolvição abrangeu todos os denunciados, com exceção de Vaccari que não foi citado réu no processo. O juiz escreveu que os contratos tinham "claro objetivo de encobrir o pagamento de propina em favor do grupo político encabeçado por José Dirceu, mas não a intenção de dissimular ou ocultar a origem dos recursos utilizados".
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