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quarta-feira, 15 de julho de 2020

JURISTAS DEFENDEM GILMAR MENDES

Advogados e juristas integrantes do denominado grupo Prerrogativas defendem o ministro Gilmar Mendes, do STF, diante das Forças Armadas, que não aceitaram a afirmação de Mendes de que “o Exército está se associando a um “genocídio", diante da crise sanitária com o coronavírus e o “entupimento” de militares no Ministério da Saúde. O grupo, em Nota, assegura que o ministro “botou o dedo na ferida do governo”; todavia, as Forças Armadas decidiram "atacar os mensageiros, “brigar com os fatos” e desviar o foco das mortes causadas pela “ausência de políticas públicas, “delegação das funções do Ministério da Saúde a militares sem expertise e negação científica da própria pandemia". 

Alegam na Nota que “a palavra genocídio é uma clara hipérbole para mostrar o tamanho da crise e do descaso do governo para com dezenas de milhares de mortes, que logo chegarão à casa de uma centena de milhar”. Os militares saíram em defesa do indefensável; o vice-presidente reclama pedido de desculpas de Mendes, enquanto o ministro da Defesa encaminhou representação contra o ministro à Procuradoria-geral da República.

Entendemos que o erro do ministro Gilmar Mendes não reside no que ele falou, mas no fato de ser um magistrado e, portanto, não lhe compete fazer declarações políticas com mensagens que não são de sua alçada. As mesmas palavras ditas por um político refletiriam a verdade, porquanto não se acusa as Forças Armadas de causar genocídio, mas previne o Exército do caminho que segue, emprestando o trabalho de inúmeros militares a um governo que não tem demonstrado cuidado com a doença que já matou mais de 70 mil brasileiros.

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