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domingo, 5 de janeiro de 2020

A SELVAGERIA NO MUNDO!

O início do ano é marcado por mais um ato traiçoeiro e mentiroso dos Estados Unidos. A revolta e o sentimento de impotência invadem nossas mentes, quando se depara com os frágeis argumentos usados para violar a dignidade de uma nação e para matar, seja um inocente, seja um terrorista. Como se pode admitir que um cidadão ou uma nação possa penetrar na casa do inimigo ou no território de um país desafeto para frear ímpetos cruéis dessa vítima? Como justificar tamanha prepotência e brutalidade! 

O presidente da maior e mais poderosa nação do mundo mostrou que o mundo está dominado pela barbaridade e pela ignorância, sem o mínimo de responsabilidade, prevalecendo apenas o argumento da força. A operação americana em Bagdá, serviu-se de fontes, recrutadas pela CIA, no Iraque, para revelar o exato momento da chegada e da saída do aeroporto de Bagdá, do líder iraniano. Nada justifica a ação do "mentiroso” Donald Trump; e o pior é que a agressão foi seguida de ironia, quando exibiu em seu Twitter a bandeira americana, ou quando assegurou que o “Irã nunca venceu uma guerra", em demonstração de busca de votos para a eleição de novembro. 

Após o assassinato de sete pessoas, o presidente Donald Trump usa fundamentos mais apropriados para induzir crianças, tentando justificar a precipitada e criminosa diligência: "Atuamos ontem à noite para parar uma guerra, não tomamos medidas para iniciar uma guerra". Não se sabia que para impedir uma guerra, faz-se uma guerra! Foi o que fez o governo americano. Imaginem até onde chega o tirocínio do presidente dos Estados Unidos: “Recentemente, Soleimani liderou a brutal repressão de manifestantes no Irã, onde mais de mil civis inocentes foram torturados e mortos por seu próprio governo", afirmou o dono do mundo. 

Com essa afirmativa, Trump intitula-se o corregedor do mundo com poderes para sempre que encontrar algo de errado em qualquer país, usará seu armamento mortífero para punir eventuais culpados por desalinhos cometidos por amigos ou inimigos na direção de qualquer nação livre e independente. 

Tal como a invasão do Iraque, para matar Sadam Hussein, o governo americano invade um país, alega que o general morto estava planejando ataques contra alvos americanos em diversos locais, e fria e calculadamente, assassina um general, sob grotesco e mentiroso pretexto. É sempre assim, quando os Estados Unidos se dispõem a praticar uma ação dessa envergadura contra um país inimigo. 

O presidente do Irã, Hassan Rohani, logo após o atentado declarou: “Não há dúvida de que a grande nação do Irã e as outras nações livres da região se vingarão da América criminosa por esse assassinato horrível". Afinal, se os governos dos países resolvem acertar contas contra seus inimigos, estaremos num mundo selvagem, onde dita as normas o mais forte. O ato do imprevisível Trump foi, induvidosamente, violação flagrante da soberania do país. 

Quem não se lembra da flagrante mentira do presidente George Bush para invadir o Iraque e matar Saddam Hussein? Em março/2003, o governo americano alegou que o Iraque dispunha de armas químicas e outras de destruição em massa, daí porque entendeu necessária a invasão e o assassinato do então presidente; sob intenso bombardeio sobre o Iraque, derrubou e matou Sadam, além de instituir um governo provisório no país. Com a maior cara de pau, um ano depois da invasão, Bush assume o erro cometido e afirma que “se não tivéssemos agido, os programas de destruição em massa do ditador teriam continuado até hoje”. Não havia perigo, de conformidade com relatório do próprio governo dos Estados Unidos; todavia, foi o motivo encontrado para justificar o abuso. Oito anos da guerra do Iraque, promovida pelos americanos, contabilizou-se a morte de mais de 115 mil civis iraquianos e quase 5 mil militares americanos, sem melhora alguma no país destroçado pelos americanos. 

Agora, o que espera o presidente Donald Trump? Será que sua ambição desmedida de continuar no governo do país está selada com as mãos ensanguentadas, não pelo assassinato de um "terrorista", mas pela violação de uma nação livre e independente? Como acreditar nos líderes do mundo! 

Salvador, 4 de janeiro de 2020. 

Antonio Pessoa Cardoso 
Pessoa Cardoso Advogados. 




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